Pela importância para o agronegócio, segue artigo de autoria de minha sócia - especializada em responsabilidade social e Governança Corporativa de Empresas e também aposentada do BB. Nossos produtores rurais vêm sendo premidos por falta de uma politica de governança corporativa, real, em algumas grandes empresas, grandes bancos, pequenas e médias agroindustrias, cooperativas e a maioria das trading que ainda não conseguiram separar a ganância da parceria efetiva e transparente. Com isto, mais a nossa histórica dificuldade de associarmo-nos, somos cada vez mais fracos e tomadores de preços e nunca seus formadores.
Prof. Clímaco Cézar
www.agrovision.com.br
--------------------------
GOVERNANÇA CORPORATIVA: O HOMEM E A ATITUDE
A crise tão propalada está aí para quem quiser ver. Muitos ainda não
a admitem por influencia de discursos otimistas, ou simplesmente por não ter chegado em seus bolsos.
As indagações sobre como aconteceu este efeito dominó intriga até as cabeças mais iluminadas. Não que desconhecessem a grande
probabilidade deste risco se materializar, mas pela rapidez com que aconteceu e sua abrangência.
Especialistas em Análise de Mercado e Riscos examinaram e reviram suas
planilhas e ainda não chegaram a grande conclusão de que está faltando um Vetor de peso, essencial para compor seus cálculos: o Ser Humano.
O Ser Humano e sua relação com o Dinheiro.
Este é o responsável por tudo. É ele quem decide se vai ou não cumprir
as regras, normas, leis; é de onde saem Atitudes de deliberações sobre
qual estratégia será adotada; é quem diz qual será o número a ser
digitado para compor os resultados, qual relatório será utilizado, se
os riscos devem ou não ser publicados.
Cabe ao Ser humano, o homem,o centro do Universo, a decisão de ser
ético ou não. É nele que se encontra o presente e o futuro da
humanidade.
Hoje é inconcebível pensarmos em Gestão sem Tecnologia. É ela que nos fornece relatórios e complexos cálculos, resultados de inusitadas
matrizes, combinações e simulações fantásticas, em que nos embasamos
para tomar decisões. Mas junto com a tão importante Tecnologia está quem a faz funcionar com informações, dados e programas, e,
principalmente Atitudes.
Muitas vezes por ganância (ter mais só para si), o Homem não exita em
violar suas convicções, manipulando o poder que possui para modificar
resultados.
Quando analisamos as Melhores Práticas da Governança Corporativa
encontramos os melhores dos mundos em Gestão.
Se realmente for praticada, isto é, se o(s) responsável(eis) humano decidir ser totalmente sincero (Ética é Sinceridade), e tomar a ATITUDE de construir todas as estratégias e desempenho das companhias com total honestidade e transparência, simplesmente não existirá Crise por
ausência de credibilidade.
A Governança precisa de lideres que tenham e transmitam respeito pela sua estória de vida e profissional. Onde a integridade e as suas ações sejam reconhecidas simplesmente pela sua presença.
O Conselho de Administração é parte essencial neste processo.
Este é o motivo para que os membros realmente sejam independentes, com
políticas claras, de diversas áreas, comprometidos com a empresa,
dedicados, com rotinas, fluxos de informações objetivas, úteis e
imediatas.
Por exemplo, como os bancos explicarão as perdas com o esquema
fraudulento do investidor Bernard Madoff?. Antes de sair algemado,
pelo FBI, freqüentava regularmente as festas do jet set e era sempre
fotografado com os chefões do mercado financeiro.
Agora vem a conta dos prejuízos provocados aos investidores de grandes bancos. O HSBC
perdeu US$ 1 bilhão, o Royal Bank of Scotland US$ 400 milhões, o BBVA
e o Nomura (Japão) cerca de US$ 300 milhões cada um. O BNP-Paribas
perdeu US$ 408 milhões. Tais prejuízos foram provocados junto a
clientes ou diretamente aos bancos. Geralmente, os bancos afirmam que
analisam cuidadosamente as operações de fundos de terceiros vendidos nas redes de agências/clientes.
É surpreendente que essa fraude tenha acontecido por tanto tempo, talvez durante décadas, enquanto os investidores continuavam investindo mais dinheiro nos fundos de Madoff.
Não existe milagre. Se a rentabilidade das aplicações de Madoff era tão superior a qualquer outra do mercado é lógico que havia algo errado; mas os investidores queriam ganhar mais e mais, e mesmo sabendo bem lá no fundo, com seus cérebros alertando para o perigo, o incontrolável TER mais para si, dominava. Aqui cabe uma citação de Sólon: "Quanto mais se tem mais se quer".
E a pirâmide desabou porque um Homem, cidadão ético, observou a
informação de que a matemática não batia e tomou a Atitude de
denunciá-lo a SEC durante anos e anos (quase dez), pois mesmo com
muitas informações palpáveis, o órgão fiscalizador não considerava
várias provas como concretas.
Também assistimos a mídia publicar desde 2000 que havia a probabilidade de uma Crise desproporcional mundial porque havia algo distorcido no mercado de subprime, mas os responsáveis pela
classificação de riscos continuavam a publicar (mesmo sendo sabedores
da verdade) indicadores otimistas, sem mencionar que utilizavam estes
indicadores para uso próprio em claro conflito de interesse. E
contavam ao mundo que as suas eram as melhores práticas de Governança.
E todos compartilharam na farsa, fingindo que tudo era verdade.
Porque a verdade é que todos ganhavam muito dinheiro com todo este teatro. E no epicentro estava o Homem egoísta conduzindo a vida de outros milhões, que para o ter, ser socialmente aceito e assimilado, aceita perder sua autenticidade, individualidade e saúde.
Acostumamos a viver em um mundo em que o que vale é ganhar a qualquer custo, numa passividade intensa, vivida em submissão ao poder exclusivo do capital
e do poder. Afinal já dizia Russel que nossa inteligência é medida por
quanto ganhamos (infelizmente).
Conforme conceitos de Michael Jensen e William Meckeling - Teoria de Agência, que é base da governança corporativa, é necessário controlar todos os mecanismos de controles recíprocos entre executivos,
conselheiros, auditores, acionistas e reguladores.
Os investidores precisam não confundir meios com fins e a empresa valorizar e acompanhar as estruturas de Governança. Já é comum nas empresas o cargo de Diretor de Governança Corporativa para organizar todo o processo.
Quem só fazia teatro de Governança, no momento que a verdade apareceu, perdeu a credibilidade e valor, e esperamos que seja penalizado pelos
órgãos fiscalizadores competentes,
Com a crise, a Governança Corporativa se expôs e mostrou que só é válida para quem faz o dever de casa e que continua sendo um
excelente sistema de gestão para aqueles que têm a coragem de ter
ATITUDE ética e transparente na direção executiva de suas empresas.
O momento agora pertence aos executivos que respeitem leis e ao próximo, e produzam resultados confiáveis sem ser a qualquer custo.
Sueli Berselli
Diretora de Governança Corporativa e Novos Negócios -
SBM Consultoria & Associados
Matemática com especialização em Economia - Politica Industrial,
Governança Corporativa. Foi membro do Conselho Deliberativo da PREVI –Fundo de Pensão dos Funcis do Banco do Brasil, membro do Conselho de Administração de diversas empresas de Energia como Bandeirante, CPFL, Serra da Mesa, Celesc, HSM; atualmente vice-presidente do Conselho Fiscal das Aldeias Infantis,membro do Conselho Fiscal da Odontroprev, do Grupo de excelência em Estudos de Governança
Corportiva do CRA-Conselho Regional de Administração de São Paulo.
Amigos --
Pela importância para o agronegócio, segue artigo de autoria de minha sócia - especializada em responsabilidade social e Governança Corporativa de Empresas e também aposentada do BB. Nossos produtores rurais vêm sendo premidos por falta de uma politica de governança corporativa, real, em algumas grandes empresas, grandes bancos, pequenas e médias agroindustrias, cooperativas e a maioria das trading que ainda não conseguiram separar a ganância da parceria efetiva e transparente. Com isto, mais a nossa histórica dificuldade de associarmo-nos, somos cada vez mais fracos e tomadores de preços e nunca seus formadores.
Prof. Clímaco Cézar
www.agrovision.com.br
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GOVERNANÇA CORPORATIVA: O HOMEM E A ATITUDE
A crise tão propalada está aí para quem quiser ver. Muitos ainda não
a admitem por influencia de discursos otimistas, ou simplesmente por não ter chegado em seus bolsos.
As indagações sobre como aconteceu este efeito dominó intriga até as cabeças mais iluminadas. Não que desconhecessem a grande
probabilidade deste risco se materializar, mas pela rapidez com que aconteceu e sua abrangência.
Especialistas em Análise de Mercado e Riscos examinaram e reviram suas
planilhas e ainda não chegaram a grande conclusão de que está faltando um Vetor de peso, essencial para compor seus cálculos: o Ser Humano.
O Ser Humano e sua relação com o Dinheiro.
Este é o responsável por tudo. É ele quem decide se vai ou não cumprir
as regras, normas, leis; é de onde saem Atitudes de deliberações sobre
qual estratégia será adotada; é quem diz qual será o número a ser
digitado para compor os resultados, qual relatório será utilizado, se
os riscos devem ou não ser publicados.
Cabe ao Ser humano, o homem,o centro do Universo, a decisão de ser
ético ou não. É nele que se encontra o presente e o futuro da
humanidade.
Hoje é inconcebível pensarmos em Gestão sem Tecnologia. É ela que nos fornece relatórios e complexos cálculos, resultados de inusitadas
matrizes, combinações e simulações fantásticas, em que nos embasamos
para tomar decisões. Mas junto com a tão importante Tecnologia está quem a faz funcionar com informações, dados e programas, e,
principalmente Atitudes.
Muitas vezes por ganância (ter mais só para si), o Homem não exita em
violar suas convicções, manipulando o poder que possui para modificar
resultados.
Quando analisamos as Melhores Práticas da Governança Corporativa
encontramos os melhores dos mundos em Gestão.
Se realmente for praticada, isto é, se o(s) responsável(eis) humano decidir ser totalmente sincero (Ética é Sinceridade), e tomar a ATITUDE de construir todas as estratégias e desempenho das companhias com total honestidade e transparência, simplesmente não existirá Crise por
ausência de credibilidade.
A Governança precisa de lideres que tenham e transmitam respeito pela sua estória de vida e profissional. Onde a integridade e as suas ações sejam reconhecidas simplesmente pela sua presença.
O Conselho de Administração é parte essencial neste processo.
Este é o motivo para que os membros realmente sejam independentes, com
políticas claras, de diversas áreas, comprometidos com a empresa,
dedicados, com rotinas, fluxos de informações objetivas, úteis e
imediatas.
Por exemplo, como os bancos explicarão as perdas com o esquema
fraudulento do investidor Bernard Madoff?. Antes de sair algemado,
pelo FBI, freqüentava regularmente as festas do jet set e era sempre
fotografado com os chefões do mercado financeiro.
Agora vem a conta dos prejuízos provocados aos investidores de grandes bancos. O HSBC
perdeu US$ 1 bilhão, o Royal Bank of Scotland US$ 400 milhões, o BBVA
e o Nomura (Japão) cerca de US$ 300 milhões cada um. O BNP-Paribas
perdeu US$ 408 milhões. Tais prejuízos foram provocados junto a
clientes ou diretamente aos bancos. Geralmente, os bancos afirmam que
analisam cuidadosamente as operações de fundos de terceiros vendidos nas redes de agências/clientes.
É surpreendente que essa fraude tenha acontecido por tanto tempo, talvez durante décadas, enquanto os investidores continuavam investindo mais dinheiro nos fundos de Madoff.
Não existe milagre. Se a rentabilidade das aplicações de Madoff era tão superior a qualquer outra do mercado é lógico que havia algo errado; mas os investidores queriam ganhar mais e mais, e mesmo sabendo bem lá no fundo, com seus cérebros alertando para o perigo, o incontrolável TER mais para si, dominava. Aqui cabe uma citação de Sólon: "Quanto mais se tem mais se quer".
E a pirâmide desabou porque um Homem, cidadão ético, observou a
informação de que a matemática não batia e tomou a Atitude de
denunciá-lo a SEC durante anos e anos (quase dez), pois mesmo com
muitas informações palpáveis, o órgão fiscalizador não considerava
várias provas como concretas.
Também assistimos a mídia publicar desde 2000 que havia a probabilidade de uma Crise desproporcional mundial porque havia algo distorcido no mercado de subprime, mas os responsáveis pela
classificação de riscos continuavam a publicar (mesmo sendo sabedores
da verdade) indicadores otimistas, sem mencionar que utilizavam estes
indicadores para uso próprio em claro conflito de interesse. E
contavam ao mundo que as suas eram as melhores práticas de Governança.
E todos compartilharam na farsa, fingindo que tudo era verdade.
Porque a verdade é que todos ganhavam muito dinheiro com todo este teatro. E no epicentro estava o Homem egoísta conduzindo a vida de outros milhões, que para o ter, ser socialmente aceito e assimilado, aceita perder sua autenticidade, individualidade e saúde.
Acostumamos a viver em um mundo em que o que vale é ganhar a qualquer custo, numa passividade intensa, vivida em submissão ao poder exclusivo do capital
e do poder. Afinal já dizia Russel que nossa inteligência é medida por
quanto ganhamos (infelizmente).
Conforme conceitos de Michael Jensen e William Meckeling - Teoria de Agência, que é base da governança corporativa, é necessário controlar todos os mecanismos de controles recíprocos entre executivos,
conselheiros, auditores, acionistas e reguladores.
Os investidores precisam não confundir meios com fins e a empresa valorizar e acompanhar as estruturas de Governança. Já é comum nas empresas o cargo de Diretor de Governança Corporativa para organizar todo o processo.
Quem só fazia teatro de Governança, no momento que a verdade apareceu, perdeu a credibilidade e valor, e esperamos que seja penalizado pelos
órgãos fiscalizadores competentes,
Com a crise, a Governança Corporativa se expôs e mostrou que só é válida para quem faz o dever de casa e que continua sendo um
excelente sistema de gestão para aqueles que têm a coragem de ter
ATITUDE ética e transparente na direção executiva de suas empresas.
O momento agora pertence aos executivos que respeitem leis e ao próximo, e produzam resultados confiáveis sem ser a qualquer custo.
Sueli Berselli
Diretora de Governança Corporativa e Novos Negócios -
SBM Consultoria & Associados
Matemática com especialização em Economia - Politica Industrial,
Governança Corporativa. Foi membro do Conselho Deliberativo da PREVI –Fundo de Pensão dos Funcis do Banco do Brasil, membro do Conselho de Administração de diversas empresas de Energia como Bandeirante, CPFL, Serra da Mesa, Celesc, HSM; atualmente vice-presidente do Conselho Fiscal das Aldeias Infantis,membro do Conselho Fiscal da Odontroprev, do Grupo de excelência em Estudos de Governança
Corportiva do CRA-Conselho Regional de Administração de São Paulo.
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(11) 3299-5998 / 7140-7420
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