SUGESTÕES PARA RESTABELECER A PAZ, A DIGNIDADE E A RENDA DO PRODUTOR RURAL. (PARA ALGUNS: CHOVER NO MOLHADO!) - No meu ponto-de-vista os três principais fatores que retiraram a renda do campo nos últimos anos e que provocaram o endividamento e o desânimo dos produtores foram:
1-Cobrança de índices ilegais do Plano Collor pelo BB, nas dívidas;
2-Política cambial do Plano Real, negativa e perversa para o setor;
3-Desacertos com a desinformação na comercialização das safras;
4-Ausência dos bancos públicos e privados no financiamento das safras.
Com o intuito de contribuir para o debate dos pontos a serem discutidos no fórum proposto pelo sr João Carlos Saad, presidente do Grupo Bandeirantes, resolvi dar também a minha contribuição, para somar com as sugestões do srs. Climaco Cesar,Telmo Heinen e outros.
Penso que o r João Batista, tornou-se, por merecimento, o porta-voz de todos os produtores brasileiros, tamanha a sua luta para levar ao conhecimento da sociedade os problemas do campo. Por isso seria a pessoal certa para sintetizar, aprimorar e reduzir as principais sugestões colocadas neste site, inclusive organizar a pauta para o fórum sugerido. Caso o Fórum não se realize, o trabalho poderá servir como sugestão e subsídio do site à Bancada Parlamentar da Agricultura, composta por alguns membros atuantes e combativos, que já demonstraram através de entrevistas aqui publicadas, as suas lutas na defesa dos interesses da Agropecuária.
SÃO ESTES OS PONTOS QUE PENSO DEVEM SER DISCUTIDOS:
1º. TOLERÃNCIA ZERO / VALOR DO DÓLAR - Diante do sumiço da renda agrícola, com a não-reposição da inflação integral na cotação do dólar (provocada deliberadamente pelo BC mediante a explosão da DPF e os juros reais malucos que praticou), a minha opinião é que, DAQUI PARA FRENTE, a agropecuária terá que recusar o papel de "boi de canga" ou de "piranha", tomando atitudes mais drásticas. Quando houver qualquer plano econômico ou qualquer medida que retire a renda do campo, a classe terá que se mobilizar, DURANTE e não depois, fazendo o que Lula sempre fez com competência para conseguir seus objetivos: Decretar GREVE GERAL. Desde o Plano Real passaram-se 14 anos sem que os produtores e entidades reagissem à altura. Não poderemos mais deixar o tempo passar sem reação. Se tivesse acontecido alguma, mecanismos de reposição das perdas teriam sido criados e não foram (enquanto para o mercado financeiro fizeram o Proer). É tarde para lamentar as perdas do passado, mas não para a reação. A Lei não protege aquele que dorme.
2º. ESPANSÃO DO COOPERATIVISMO: Louve-se a iniciativa da Aprosoja em criar a sua cooperativa, pois em primeiríssimo lugar, se faz necessário expandir a implantação de Cooperativas centralizadas nos pólos de produção, a exemplo do que ocorreu no norte do Paraná, onde a Coamo, Cocamar, Corol e outras integraram milhares de produtores dos vários segmentos, com ganhos de escala na compra e venda dos produtos que comercializa, além de oferecer constantes palestras sobre o mercado, levando ao produtor informações que só lhes trazem benefícios. Ao incentivar a participação dos produtores nas reuniões, assembléias e dias-de-campo, ela promove uma troca de informações extremamente úteis para eles e para as Cooperativas, que são mais ágeis e indicadas para realizarem operações de hedge na BMF em favor dos produtores quando os preços estiverem bons.
3º. FINANCIAMENTO DOS PLANTIOS: O agricultor teria que financiar o plantio de sua safra somente em Bancos, na hora certa e não nas multinacionais, através de vendas antecipadas com CPRs. Deveria livrar-se das CPRs. Ela já provou que é prejudicial ao produtor até aqui. Só não vê quem não quer. Disse isso aos funcionários do BB, em Balsas, quando me convidaram para assistir a palestra de implantação da CPR. Não deu outra. Ela amarrou os produtores e nos dois primeiros anos já provocava prejuízos, pois a soja subiu de preço e os produtores não puderam aproveitar as altas significativas que aconteceram. Quem ganhou com isso foram as multinacionais, que tomaram adiantamentos cambiais a 6% aa (do BC) e o repassaram a 15% ao ano nos adiantamentos ou compraram a produção a preços baixos. (culpa do sistema financeiro nacional omisso – FINANCIAR BEM A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS É UMA QUESTÃO DE SEGURANÇA ALIMENTAR DA POPULAÇÃO E NÃO UMA OPÇÃO DO GOVERNO DE PLANTÃO)
4º. PRAZO DOS FINANCIAMENTOS: O vencimento mais indicado é 30/9, para que o produtor possa ter a oportunidade de aproveitar as altas que acontecem geralmente no começo do segundo semestre. No entanto, o produtor teria que se comprometer a vender no dia que o mercado estiver com o preço bom, para consolidar seu ganho e garantir a volta do dinheiro ao Banco, podendo ser, inclusive, no ato da colheita se o banco financiador assim o indicar, sabendo que a margem de lucro que o financiado está conseguindo já é boa, induzindo-o a vender. Exemplos: No início de 2.004 a cotação atingiu R$ 52,00 no centro-oeste e teve gente que não vendeu, esperando R$ 60,00. No início de março de 2.008, a soja chegou a US$ 36,00 nos portos, a maior cotação da história da soja no Brasil, e muita gente tb não vendeu.
5º. INFORMAÇÕES DO MERCADO, SAFRA E FUTURO- O produtor que optar por não se associar à Cooperativa mais próxima, para não ficar isolado deveria se filiar à Associação de Produtores e participar ativamente das reuniões a serem realizadas na sua região ou estado, buscando constantemente informações atualizadas sobre as perspectivas do mercado dos produtos que planta, para não perder as oportunidades de poder vender a produção, no preço e na hora certa, com mais certeza do que estará fazendo e com menos erros na hora de vender, ao contrário do que tem feito até aqui, com algumas ressalvas. Acho que também cabe ao banco financiador zelar pela liquidez do financiamento, repassando ao financiado as boas oportunidades que o mercado estiver oferecendo, inclusive promover, se indicada, a operação de hedge com a venda a futuro na BMF, através de sua corretora, administrando e financiando as oscilações negativas diárias ou no mercado de opções, que dispensa essas coberturas, mediante a fixação de um diferencial como prêmio.
6º. CUSTOS: O ideal é que o produtor consiga fazer seu custo de plantio em dólar, PORQUE É NESSA MOÉDA QUE AS COMMODITIES SÃO COMERCIALIZADAS NO MUNDO INTEIRO, comprando os insumos quando estes estiverem na menor relação de troca. Tem por isso a obrigação de conhecer a média histórica dos preços em dólar dos insumos, em relação ao produto que planta, não podendo repetir o exemplo deste ano, quando compraram adubo a R$ 1.800,00 antes da planta (quase o dobro da média histórica na relação de troca) e na hora da planta o adubo baixou 50%. Essa inversão era óbvia. Todo produtor teria que dispor de um limite de crédito adicional pré-aprovado no seu banco financiador para antecipar a compra dos insumos da próxima safra à vista, a exemplo do que faz o BB, de forma muito restrita para alguns de seus maiores e privilegiados clientes.
7º. RISCOS - O produtor não pode fazer fixações antecipadas de preços quando estes estão com a cotação no chão, no piso mínimo. Tem de saber que, nestes casos, só tem uma possibilidade pela frente: a alta dos preços, por isso não pode fixar antecipadamente para conseguir recursos, sob nenhum pretexto, a menos que seu produto esteja com a cotação nas alturas. Deve recorrer a adiantamentos cambiais, pois nessa forma a hipótese de prejuízos será menor. Ainda que ele tenha como única opção a venda através da fixação no físico, se o preço está baixo deveria conseguir que a empresa fizesse um hedge de opção de compra na bolsa, casando as operações para ganhar a possível valorização, caso o seu produto venha a subir de preço. Outra sugestão importante que fizeram neste site: Não plantem em terras que não estiverem 100% aptas e bem corrigidas, caso não tenham a certeza de obterem produtividade acima de 40 sacas por há, pois abaixo disso é prejuízo certo.
8º. SEGURO, SEGURINHO OU SEGURÃO : Aqui é preciso mudar tudo. O seguro que vem aí através de uma subvenção do governo divulgado pelo MAPA, é um arremedo de seguro agrícola. Pelo que li, dá para rir. Estudam limitar o valor segurado a R$ 32,000,00, apropriado apenas para a agricultura familiar. Temos que ter um seguro completo, INTEGRAL e eficiente. Aí o próprio seguro vai se negar a fazer a apólice em áreas de risco, onde já se sabe que dá seca num ano, no outro também, obrigando o produtor a diversificar para culturas mais resistentes ao seu clima. Além disso, o custo ficaria muito caro e sem o seguro o banco não financiaria as lavouras mais suscetíveis.
9º. PREÇOS MÍNIMOS COMPATIVEIS COM OS CUSTOS DE PRODUÇÃO, SEGUNDO AS REGIÕES DE PLANTIO: Embora eles já sejam diferenciados por estados, não são atualizados com base nos preços reais dos insumos no ano safra e da região. Também não são honrados por inteiro no tempo certo das colheitas, deixando o produtor à espera de cotas insignificantes. Isso tem que mudar ! A Bancada Parlamentar da Agricultura deve isso aos produtores.
10º. LEI 8.171 DE 1991 – RENDA COMPATÍVEL - REVISÃO PARA TORNÁ-LA GARANTIDORA DA RENDA AGRICOLA –
Os preços mínimos ao serem fixados terão que levar em conta, além da cobertura dos custos, uma margem mínima de lucro ao produtor, como já prevê a Lei 8.171, que necessita ser revisada o quanto antes para deixar clararamente definida a garantia dessa renda mínima por unidade de produto colhido, estimulando assim uma maior produtividade, ao contrário do que é hoje ao se referir à renda de forma genérica, apenas nas entre linhas.
Para finalizar, Economia de Mercado – Devemos reconhecer que ao governo não cabe arcar com os riscos de cada atividade econômica da iniciativa privada. Para evitar prejuízos é preciso uma boa gestão e seguro, o que não temos. No entanto, no mercado financeiro mundial, inclusive aqui, parece que não é bem assim, pois nele não parece haver riscos. Como se viu nos EUA e Europa, trocam as bolas à vontade, ou seja, deixam que privatizem os lucros e depois socializam os prejuízos com dinheiro público a rodo, como fizeram também aqui com o Proer. Quando o mercado financeiro quer aparece dinheiro à vontade para tudo.
Quem quiser os bônus de um regime capitalista deve suportar os ônus que ele também traz, ou seja, como os riscos da atividade agrícola são maiores e mundialmente conhecidos devido aos vários fatores que precisam ser bem conduzidos para se ter sucesso, é preciso PLANEJAR, DISCUTIR E REDOBRAR OS CUIDADOS, COM NOÇÃO, DIREÇÃO E SENTIDO.
SUGESTÕES PARA RESTABELECER A PAZ, A DIGNIDADE E A RENDA DO PRODUTOR RURAL. (PARA ALGUNS: CHOVER NO MOLHADO!) - No meu ponto-de-vista os três principais fatores que retiraram a renda do campo nos últimos anos e que provocaram o endividamento e o desânimo dos produtores foram:
1-Cobrança de índices ilegais do Plano Collor pelo BB, nas dívidas;
2-Política cambial do Plano Real, negativa e perversa para o setor;
3-Desacertos com a desinformação na comercialização das safras;
4-Ausência dos bancos públicos e privados no financiamento das safras.
Com o intuito de contribuir para o debate dos pontos a serem discutidos no fórum proposto pelo sr João Carlos Saad, presidente do Grupo Bandeirantes, resolvi dar também a minha contribuição, para somar com as sugestões do srs. Climaco Cesar,Telmo Heinen e outros.
Penso que o r João Batista, tornou-se, por merecimento, o porta-voz de todos os produtores brasileiros, tamanha a sua luta para levar ao conhecimento da sociedade os problemas do campo. Por isso seria a pessoal certa para sintetizar, aprimorar e reduzir as principais sugestões colocadas neste site, inclusive organizar a pauta para o fórum sugerido. Caso o Fórum não se realize, o trabalho poderá servir como sugestão e subsídio do site à Bancada Parlamentar da Agricultura, composta por alguns membros atuantes e combativos, que já demonstraram através de entrevistas aqui publicadas, as suas lutas na defesa dos interesses da Agropecuária.
SÃO ESTES OS PONTOS QUE PENSO DEVEM SER DISCUTIDOS:
1º. TOLERÃNCIA ZERO / VALOR DO DÓLAR - Diante do sumiço da renda agrícola, com a não-reposição da inflação integral na cotação do dólar (provocada deliberadamente pelo BC mediante a explosão da DPF e os juros reais malucos que praticou), a minha opinião é que, DAQUI PARA FRENTE, a agropecuária terá que recusar o papel de "boi de canga" ou de "piranha", tomando atitudes mais drásticas. Quando houver qualquer plano econômico ou qualquer medida que retire a renda do campo, a classe terá que se mobilizar, DURANTE e não depois, fazendo o que Lula sempre fez com competência para conseguir seus objetivos: Decretar GREVE GERAL. Desde o Plano Real passaram-se 14 anos sem que os produtores e entidades reagissem à altura. Não poderemos mais deixar o tempo passar sem reação. Se tivesse acontecido alguma, mecanismos de reposição das perdas teriam sido criados e não foram (enquanto para o mercado financeiro fizeram o Proer). É tarde para lamentar as perdas do passado, mas não para a reação. A Lei não protege aquele que dorme.
2º. ESPANSÃO DO COOPERATIVISMO: Louve-se a iniciativa da Aprosoja em criar a sua cooperativa, pois em primeiríssimo lugar, se faz necessário expandir a implantação de Cooperativas centralizadas nos pólos de produção, a exemplo do que ocorreu no norte do Paraná, onde a Coamo, Cocamar, Corol e outras integraram milhares de produtores dos vários segmentos, com ganhos de escala na compra e venda dos produtos que comercializa, além de oferecer constantes palestras sobre o mercado, levando ao produtor informações que só lhes trazem benefícios. Ao incentivar a participação dos produtores nas reuniões, assembléias e dias-de-campo, ela promove uma troca de informações extremamente úteis para eles e para as Cooperativas, que são mais ágeis e indicadas para realizarem operações de hedge na BMF em favor dos produtores quando os preços estiverem bons.
3º. FINANCIAMENTO DOS PLANTIOS: O agricultor teria que financiar o plantio de sua safra somente em Bancos, na hora certa e não nas multinacionais, através de vendas antecipadas com CPRs. Deveria livrar-se das CPRs. Ela já provou que é prejudicial ao produtor até aqui. Só não vê quem não quer. Disse isso aos funcionários do BB, em Balsas, quando me convidaram para assistir a palestra de implantação da CPR. Não deu outra. Ela amarrou os produtores e nos dois primeiros anos já provocava prejuízos, pois a soja subiu de preço e os produtores não puderam aproveitar as altas significativas que aconteceram. Quem ganhou com isso foram as multinacionais, que tomaram adiantamentos cambiais a 6% aa (do BC) e o repassaram a 15% ao ano nos adiantamentos ou compraram a produção a preços baixos. (culpa do sistema financeiro nacional omisso – FINANCIAR BEM A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS É UMA QUESTÃO DE SEGURANÇA ALIMENTAR DA POPULAÇÃO E NÃO UMA OPÇÃO DO GOVERNO DE PLANTÃO)
4º. PRAZO DOS FINANCIAMENTOS: O vencimento mais indicado é 30/9, para que o produtor possa ter a oportunidade de aproveitar as altas que acontecem geralmente no começo do segundo semestre. No entanto, o produtor teria que se comprometer a vender no dia que o mercado estiver com o preço bom, para consolidar seu ganho e garantir a volta do dinheiro ao Banco, podendo ser, inclusive, no ato da colheita se o banco financiador assim o indicar, sabendo que a margem de lucro que o financiado está conseguindo já é boa, induzindo-o a vender. Exemplos: No início de 2.004 a cotação atingiu R$ 52,00 no centro-oeste e teve gente que não vendeu, esperando R$ 60,00. No início de março de 2.008, a soja chegou a US$ 36,00 nos portos, a maior cotação da história da soja no Brasil, e muita gente tb não vendeu.
5º. INFORMAÇÕES DO MERCADO, SAFRA E FUTURO- O produtor que optar por não se associar à Cooperativa mais próxima, para não ficar isolado deveria se filiar à Associação de Produtores e participar ativamente das reuniões a serem realizadas na sua região ou estado, buscando constantemente informações atualizadas sobre as perspectivas do mercado dos produtos que planta, para não perder as oportunidades de poder vender a produção, no preço e na hora certa, com mais certeza do que estará fazendo e com menos erros na hora de vender, ao contrário do que tem feito até aqui, com algumas ressalvas. Acho que também cabe ao banco financiador zelar pela liquidez do financiamento, repassando ao financiado as boas oportunidades que o mercado estiver oferecendo, inclusive promover, se indicada, a operação de hedge com a venda a futuro na BMF, através de sua corretora, administrando e financiando as oscilações negativas diárias ou no mercado de opções, que dispensa essas coberturas, mediante a fixação de um diferencial como prêmio.
6º. CUSTOS: O ideal é que o produtor consiga fazer seu custo de plantio em dólar, PORQUE É NESSA MOÉDA QUE AS COMMODITIES SÃO COMERCIALIZADAS NO MUNDO INTEIRO, comprando os insumos quando estes estiverem na menor relação de troca. Tem por isso a obrigação de conhecer a média histórica dos preços em dólar dos insumos, em relação ao produto que planta, não podendo repetir o exemplo deste ano, quando compraram adubo a R$ 1.800,00 antes da planta (quase o dobro da média histórica na relação de troca) e na hora da planta o adubo baixou 50%. Essa inversão era óbvia. Todo produtor teria que dispor de um limite de crédito adicional pré-aprovado no seu banco financiador para antecipar a compra dos insumos da próxima safra à vista, a exemplo do que faz o BB, de forma muito restrita para alguns de seus maiores e privilegiados clientes.
7º. RISCOS - O produtor não pode fazer fixações antecipadas de preços quando estes estão com a cotação no chão, no piso mínimo. Tem de saber que, nestes casos, só tem uma possibilidade pela frente: a alta dos preços, por isso não pode fixar antecipadamente para conseguir recursos, sob nenhum pretexto, a menos que seu produto esteja com a cotação nas alturas. Deve recorrer a adiantamentos cambiais, pois nessa forma a hipótese de prejuízos será menor. Ainda que ele tenha como única opção a venda através da fixação no físico, se o preço está baixo deveria conseguir que a empresa fizesse um hedge de opção de compra na bolsa, casando as operações para ganhar a possível valorização, caso o seu produto venha a subir de preço. Outra sugestão importante que fizeram neste site: Não plantem em terras que não estiverem 100% aptas e bem corrigidas, caso não tenham a certeza de obterem produtividade acima de 40 sacas por há, pois abaixo disso é prejuízo certo.
8º. SEGURO, SEGURINHO OU SEGURÃO : Aqui é preciso mudar tudo. O seguro que vem aí através de uma subvenção do governo divulgado pelo MAPA, é um arremedo de seguro agrícola. Pelo que li, dá para rir. Estudam limitar o valor segurado a R$ 32,000,00, apropriado apenas para a agricultura familiar. Temos que ter um seguro completo, INTEGRAL e eficiente. Aí o próprio seguro vai se negar a fazer a apólice em áreas de risco, onde já se sabe que dá seca num ano, no outro também, obrigando o produtor a diversificar para culturas mais resistentes ao seu clima. Além disso, o custo ficaria muito caro e sem o seguro o banco não financiaria as lavouras mais suscetíveis.
9º. PREÇOS MÍNIMOS COMPATIVEIS COM OS CUSTOS DE PRODUÇÃO, SEGUNDO AS REGIÕES DE PLANTIO: Embora eles já sejam diferenciados por estados, não são atualizados com base nos preços reais dos insumos no ano safra e da região. Também não são honrados por inteiro no tempo certo das colheitas, deixando o produtor à espera de cotas insignificantes. Isso tem que mudar ! A Bancada Parlamentar da Agricultura deve isso aos produtores.
10º. LEI 8.171 DE 1991 – RENDA COMPATÍVEL - REVISÃO PARA TORNÁ-LA GARANTIDORA DA RENDA AGRICOLA –
Os preços mínimos ao serem fixados terão que levar em conta, além da cobertura dos custos, uma margem mínima de lucro ao produtor, como já prevê a Lei 8.171, que necessita ser revisada o quanto antes para deixar clararamente definida a garantia dessa renda mínima por unidade de produto colhido, estimulando assim uma maior produtividade, ao contrário do que é hoje ao se referir à renda de forma genérica, apenas nas entre linhas.
Para finalizar, Economia de Mercado – Devemos reconhecer que ao governo não cabe arcar com os riscos de cada atividade econômica da iniciativa privada. Para evitar prejuízos é preciso uma boa gestão e seguro, o que não temos. No entanto, no mercado financeiro mundial, inclusive aqui, parece que não é bem assim, pois nele não parece haver riscos. Como se viu nos EUA e Europa, trocam as bolas à vontade, ou seja, deixam que privatizem os lucros e depois socializam os prejuízos com dinheiro público a rodo, como fizeram também aqui com o Proer. Quando o mercado financeiro quer aparece dinheiro à vontade para tudo.
Quem quiser os bônus de um regime capitalista deve suportar os ônus que ele também traz, ou seja, como os riscos da atividade agrícola são maiores e mundialmente conhecidos devido aos vários fatores que precisam ser bem conduzidos para se ter sucesso, é preciso PLANEJAR, DISCUTIR E REDOBRAR OS CUIDADOS, COM NOÇÃO, DIREÇÃO E SENTIDO.
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