Fala Produtor - Mensagem

  • Ana Freitas Fartura - SP 06/06/2011 00:00

    O sr. Renato Nalini foi um dos desembargadores que negaram provimento ao processo ambiental intimando a demolir casa de avós e da neta por estas estarem em APP, não se importando o quão prejudicial seria o feito para a vida das pessoas, considerando o prejuízo, transtornos financeiros, emocionais e morais da família. Dentro da ética ambiental deve-se resguardar também a ética humana para uma vida mais decente, equilibrada, saudável e respeitosa, considerando a lei como marco regulatório para tomadas de decisões e de justiça igualitária para todos. Antiético é mostrar-se justo a ferro e fogo dentro de um panorama minoritário e pobre, quando a maioria se vale das mesmas ações para estampar suas mansões em solos considerados irregulares por decretos e medidas provisórias, sem efeitos para os detentores do poder. Antiético é o lago das Furnas em Capítólio cuja matéria rendeu páginas de ostentação, luxo e riqueza no jornal Estadão, cujos proprietários empresários chegam ao local em helicópteros e desfilam suas caríssimas lanchas. Não há nenhum mal contra a natureza e nenhuma lei que diga que eles não podem. Antiético é condenar senhores de oitenta e poucos anos a tarefas subumanas muito além do que seu físico e sanidade mental podem agüentar, assim como antiético é ter coragem para demolir casa de criança que não tendo a sorte de ter um futuro promissor poderia ser a casa sua única guarida. Diante do fraco a justiça faz-se forte, diante do forte, faz-se cega. Das discrepâncias e divergências nascidas na casa da Lei nascem as injustiças sociais que geram abandono, desconfiança e lágrimas de revolta. Quando a lei for única tanto para ricos quanto para pobres, então haverá justiça, assim como para o caso em questão, necessário seria demolir grande parte do Brasil.

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