Fala Produtor - Mensagem

  • Rui Seiti Kamimura Jr Conceição das Alagoas - MG 30/05/2011 00:00

    Tudo nesse país tende à absurda necessidade de atender aos interesses de quem detêm o poder. Índios vão aos EUA e são treinados a lutar para dominar determinados territórios que possuem riquezas estratégicas como é o caso do nióbio (ou vocês ainda acreditam que querem preservar as florestas porque isso é correto? Só esse metal garantiria ao nosso País o posto de primeira potência mundial, mas é vendido a preço de "banana").

    Não devemos nos gabar por produzir tantos produtos agrícolas se não sabemos barganhá-los. Os donos do petróleo criaram a Opep, ou seja, "sentaram" em cima do monte de petróleo que produziam e disseram ou vocês pagam o que queremos ou ficam sem, não diretamente, pois isso seria estupidez e poderia gerar conflitos, criaram uma crise que nunca existiu, pois nunca faltou petróleo a ponto de justificar o aumento drástico dos preços daquela época.

    E nós produtores, o que fazemos? Produzimos e ainda contamos vantagem, alimentamos a grande mídia com elementos que degradam o nosso valor e o valor da nossa produção. Apoiamos órgãos de extensão que contribuem cada vez mais para que sejamos reféns de um contexto de competição perfeita, no qual qualquer mané pode ser produtor de qualquer coisa.

    Perdemos as vantagens do pioneirismo no uso de novas tecnologias. Veneramos à técnica e esquecemos da sustentabilidade financeira e econômica de nossos negócios. Valorizamos muito um monte de sucata que chamamos de trator, colhedora, um monte de insumos que muitas vezes mal utilizados penalizam financeira e tecnicamente nossa produção e achamos que nossos produtos valem o que valem, que não há o que fazer.

    Quantas empresas agrícolas possuem viabilidade econômica superior a de uma caderneta de poupança? Pouquíssimas fazendas ou roças. Assistimos a um golpe político que perdura até hoje com a morte do Tancredo e a ascenção eterna do Sarney. Não há muito o que fazer se pensarmos em tudo. Grande foi a nossa primeira vitória na primeira batalha contra aqueles que fantasiados de bons moços como é o caso de muitos pastores por aí defendem que percamos a hegemonia sobre o nosso território por meio de leis infundadas. Minha sugestão é que façamos pelo menos a nossa parte, não devemos bater de frente agora, primeiro nos organizemos a fim de juntar forças, pois a guerra apenas começou.

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