O Brasil paga 500 milhões de reais de juros por dia, sábado,domingo etc... e ninguém questiona! <br />Os juros são altos pela simples razão de que se forem menores o povo não emprestará dinheiro suficiente para rolar a dívida... é elementar isto!<br /> <br />Como resolver? Só dando um calote geral. Como? Por exemplo, anunciar que de um determinado dia em diante o Governo resgatará os Títulos Públicos apenas no V E N C I M E N T O!!! Muito fácil.<br /> <br />Quando a gente faz uma aplicação de 30 dias, compra-se por exemplo um título que vence no ano de 2015. 30 dias depois, no resgate, se o Banco não encontrar outro candidato a este título para 2015... o próprio Tesouro o recompra. Que tal chegar o dia em que o Tesouro respondesse: só vou comprá-lo no vencimento...<br />Já pensou o deságio que ia dar neste títulos públicos?<br /> <br />É impressionante como tem pessoas que ocupam altos postos no Governo, na Economia e na Imprensa, com pensamento equivocado. <br />Por quê equivocado?<br />Porque desenvolvem todo raciocínio em cima do pensamento de que é verdadeira a premissa segundo a qual o "preço" do dólar está caindo porquanto o fluxo de "entrada" de dólares no país é muito maior do que o fluxo de "saída".<br /> <br />Quem tem este entendimento retrógrado, não entende o funcionamento do Mercado Futuro e muito menos da alavancagem proporcionada neste Mercado.<br /> <br />Solução?<br />A solução como sempre é mais simples do que fácil. Basta estabelecer uma espécie de "quarentena" para estas aplicações. É inadmissível que neste ramo sejam permitidos aos estrangeiros os negócios "day trade" (Compra pela manhã e venda pela tarde ou vice versa) e com nenhuma preocupação de fazer hedge.<br /> <br />Pense nisto.Consulte Especialistas. Discuta de outra forma. Às vezes eu penso para mim que nem o Mantega entende a alavancagem do Mercado Futuro... Qual é a profissão dele? Professor ? Ah! então está explicado.<br /> <br />Na prática a gramática sempre é outra...<br /> <br />Quanto a CPMF, por quê ser "contra" o único imposto que temos, insonegável, e que ao mesmo tempo permite conclusões de cunho fiscal ? <br />Por quê ninguém quer discutir as verdadeiras causas da necessidade de tanto recolhimento de impostos ?<br /> <br />Ora, é por causa da dívida.<br /> <br /><br />DOIS FALSOS DILEMAS <br /><br /> Ubiratan Iorio<br /> Há dois supostos dilemas circulando na praça: o de que o governo não pode abrir mão da CPMF sem que seja forçado a aumentar a carga tributária e o de que o real estaria “sobrevalorizado”. Conversa fiada, que não faz dormir nem os etéreos bois de Renan.<br /><br /> O primeiro soa a chantagem e só podemos lamentar que o inexpressivo ministro Mantega tenha pronunciado tamanho despautério. É evidente que o governo pode prescindir dos R$ 39 bi por ano do maldito imposto, desde que elimine despesas de pessoal! Propostas de redução gradual da CPMF, embora exteriormente bem intencionadas, não vão ao âmago da questão, que é o inchaço do setor público. Devem ser rechaçadas.<br /><br /> Quanto à taxa de câmbio, cabe a pergunta: comprar é melhor do que vender ou vender é melhor do que comprar? Para a Macroeconomia – cada vez mais distanciada do mundo real – a resposta parece ser a segunda opção. Há uma pilha de artigos de economistas, jornalistas e exportadores reclamando da “sobrevalorização” do real frente ao dólar e espinafrando o regime de metas de inflação com câmbio flutuante que o Banco Central vem adotando desde a gestão de Armínio Fraga, o que pode nos levar a julgar erradamente que o câmbio flutuante é uma bobagem teórica e o regime de metas outro devaneio acadêmico. No mundo do faz-de-conta da Macroeconomia, um certo senhor batizado como “Brasil” negocia com outros homens e mulheres, chamados “Estados Unidos”, “Itália”, “Japão”, “Espanha”, etc. No mundo real quem compra e vende não são “países”, são pessoas e empresas, privadas e públicas. Em transações livremente negociadas entre as partes, é óbvio que vender é bom para quem vende e comprar é melhor para quem compra! Mas os economistas, via de regra, costumam achar que, para o “país”, vender (exportar) é melhor do que comprar (importar). É um dos reflexos da crença que aprenderam nos livros de Macroeconomia e que transmitem a seus alunos, a de que os economistas do governo não só são capazes de realizar mágicas, como devem encená-las... <br /><br /> Assim, o real precisaria ser desvalorizado, seja em doses bruscas, seja ressuscitando-se o sistema de freqüentes minidesvalorizações implantado por Delfim em 1968 (crowling peg), pois o diferencial entre a taxa de juros brasileira e a internacional, na ausência de risco cambial, estaria atraindo dólares em demasia para o país, aumentando fortemente as importações e forçando o Banco Central a comprar dólares para adicioná-los às reservas internacionais, com os custos fiscais daí decorrentes. A avaliação parece lógica, mas padece de dois problemas: o primeiro é de formação da maioria dos economistas, habituados desde a mais tenra infância acadêmica a raciocinarem em termos macroeconômicos e o segundo é que, sendo economistas brasileiros, possuem gens brasileiros, que os induzem a confundir causas com efeitos, como dizia Roberto Campos... <br /><br /> O problema não está no regime de metas de inflação, que é bom (ou pelo menos, é o menos pior que até agora se descobriu); tampouco é o câmbio flutuante, já que a taxa de câmbio - como, ademais, todo e qualquer preço -, deve flutuar, até mesmo para que seja de fato um preço e não um pseudo-preço (como Mises os denominava quando controlados pelo governo). A questão – claríssima, mamma mia! - são as necessidades de financiamento do setor público, que tendem a aumentar com o furor empregatício deste governo e que impossibilitam nossa taxa de juros de cair a ponto de refrear o ingresso de capitais no país. Controlar a entrada destes não resolve, porque equivaleria a esnobar os dólares de que precisamos. Não podemos contemporizar com quem nos extorque: o Estado deve ajustar-se à Nação e não esta a ele! Quando praticarmos isto, os juros cairão, o dólar subirá (se tiver que subir), a CPMF desaparecerá e o Brasil será outro. Melhor, bem melhor!
O Brasil paga 500 milhões de reais de juros por dia, sábado,domingo etc... e ninguém questiona! <br />Os juros são altos pela simples razão de que se forem menores o povo não emprestará dinheiro suficiente para rolar a dívida... é elementar isto!<br /> <br />Como resolver? Só dando um calote geral. Como? Por exemplo, anunciar que de um determinado dia em diante o Governo resgatará os Títulos Públicos apenas no V E N C I M E N T O!!! Muito fácil.<br /> <br />Quando a gente faz uma aplicação de 30 dias, compra-se por exemplo um título que vence no ano de 2015. 30 dias depois, no resgate, se o Banco não encontrar outro candidato a este título para 2015... o próprio Tesouro o recompra. Que tal chegar o dia em que o Tesouro respondesse: só vou comprá-lo no vencimento...<br />Já pensou o deságio que ia dar neste títulos públicos?<br /> <br />É impressionante como tem pessoas que ocupam altos postos no Governo, na Economia e na Imprensa, com pensamento equivocado. <br />Por quê equivocado?<br />Porque desenvolvem todo raciocínio em cima do pensamento de que é verdadeira a premissa segundo a qual o "preço" do dólar está caindo porquanto o fluxo de "entrada" de dólares no país é muito maior do que o fluxo de "saída".<br /> <br />Quem tem este entendimento retrógrado, não entende o funcionamento do Mercado Futuro e muito menos da alavancagem proporcionada neste Mercado.<br /> <br />Solução?<br />A solução como sempre é mais simples do que fácil. Basta estabelecer uma espécie de "quarentena" para estas aplicações. É inadmissível que neste ramo sejam permitidos aos estrangeiros os negócios "day trade" (Compra pela manhã e venda pela tarde ou vice versa) e com nenhuma preocupação de fazer hedge.<br /> <br />Pense nisto.Consulte Especialistas. Discuta de outra forma. Às vezes eu penso para mim que nem o Mantega entende a alavancagem do Mercado Futuro... Qual é a profissão dele? Professor ? Ah! então está explicado.<br /> <br />Na prática a gramática sempre é outra...<br /> <br />Quanto a CPMF, por quê ser "contra" o único imposto que temos, insonegável, e que ao mesmo tempo permite conclusões de cunho fiscal ? <br />Por quê ninguém quer discutir as verdadeiras causas da necessidade de tanto recolhimento de impostos ?<br /> <br />Ora, é por causa da dívida.<br /> <br /><br />DOIS FALSOS DILEMAS <br /><br /> Ubiratan Iorio<br /> Há dois supostos dilemas circulando na praça: o de que o governo não pode abrir mão da CPMF sem que seja forçado a aumentar a carga tributária e o de que o real estaria “sobrevalorizado”. Conversa fiada, que não faz dormir nem os etéreos bois de Renan.<br /><br /> O primeiro soa a chantagem e só podemos lamentar que o inexpressivo ministro Mantega tenha pronunciado tamanho despautério. É evidente que o governo pode prescindir dos R$ 39 bi por ano do maldito imposto, desde que elimine despesas de pessoal! Propostas de redução gradual da CPMF, embora exteriormente bem intencionadas, não vão ao âmago da questão, que é o inchaço do setor público. Devem ser rechaçadas.<br /><br /> Quanto à taxa de câmbio, cabe a pergunta: comprar é melhor do que vender ou vender é melhor do que comprar? Para a Macroeconomia – cada vez mais distanciada do mundo real – a resposta parece ser a segunda opção. Há uma pilha de artigos de economistas, jornalistas e exportadores reclamando da “sobrevalorização” do real frente ao dólar e espinafrando o regime de metas de inflação com câmbio flutuante que o Banco Central vem adotando desde a gestão de Armínio Fraga, o que pode nos levar a julgar erradamente que o câmbio flutuante é uma bobagem teórica e o regime de metas outro devaneio acadêmico. No mundo do faz-de-conta da Macroeconomia, um certo senhor batizado como “Brasil” negocia com outros homens e mulheres, chamados “Estados Unidos”, “Itália”, “Japão”, “Espanha”, etc. No mundo real quem compra e vende não são “países”, são pessoas e empresas, privadas e públicas. Em transações livremente negociadas entre as partes, é óbvio que vender é bom para quem vende e comprar é melhor para quem compra! Mas os economistas, via de regra, costumam achar que, para o “país”, vender (exportar) é melhor do que comprar (importar). É um dos reflexos da crença que aprenderam nos livros de Macroeconomia e que transmitem a seus alunos, a de que os economistas do governo não só são capazes de realizar mágicas, como devem encená-las... <br /><br /> Assim, o real precisaria ser desvalorizado, seja em doses bruscas, seja ressuscitando-se o sistema de freqüentes minidesvalorizações implantado por Delfim em 1968 (crowling peg), pois o diferencial entre a taxa de juros brasileira e a internacional, na ausência de risco cambial, estaria atraindo dólares em demasia para o país, aumentando fortemente as importações e forçando o Banco Central a comprar dólares para adicioná-los às reservas internacionais, com os custos fiscais daí decorrentes. A avaliação parece lógica, mas padece de dois problemas: o primeiro é de formação da maioria dos economistas, habituados desde a mais tenra infância acadêmica a raciocinarem em termos macroeconômicos e o segundo é que, sendo economistas brasileiros, possuem gens brasileiros, que os induzem a confundir causas com efeitos, como dizia Roberto Campos... <br /><br /> O problema não está no regime de metas de inflação, que é bom (ou pelo menos, é o menos pior que até agora se descobriu); tampouco é o câmbio flutuante, já que a taxa de câmbio - como, ademais, todo e qualquer preço -, deve flutuar, até mesmo para que seja de fato um preço e não um pseudo-preço (como Mises os denominava quando controlados pelo governo). A questão – claríssima, mamma mia! - são as necessidades de financiamento do setor público, que tendem a aumentar com o furor empregatício deste governo e que impossibilitam nossa taxa de juros de cair a ponto de refrear o ingresso de capitais no país. Controlar a entrada destes não resolve, porque equivaleria a esnobar os dólares de que precisamos. Não podemos contemporizar com quem nos extorque: o Estado deve ajustar-se à Nação e não esta a ele! Quando praticarmos isto, os juros cairão, o dólar subirá (se tiver que subir), a CPMF desaparecerá e o Brasil será outro. Melhor, bem melhor!