Prezados senhores; <br /><br />Já levantei anteriormente a bandeira de que o 4C, nada mais é que uma cortina de fumaça, lançada pelos grandes compradores internacionais e exportadores para não conseguirmos ver nitidamente um futuro muito próximo. <br />Vou compartilhar agora o que penso sobre o 4C, iniciando pela própria sigla - Código Comum para a Comunidade Cafeeira. <br />COMUM - Como poderemos fazer um Código Comum entre FORNECEDORES TÃO DIFERENTES em suas políticas internas, sejam elas sociais, econômicas ou ambientais? Basta citar nossos países concorrentes - México, Guatemala, Colômbia, Vietnã, Indonésia, Costa do Marfim, dentre muitos outros. Tão diferentes e com anseios muito diferentes. <br />Ou será que mais uma vez o cafeicultor brasileiro, arcará com o ônus e o bônus ficará com nossos concorrentes? <br />COMUNIDADE - Existe COMUNIDADE CAFEEIRA? Comunidade no sentido breve da palavra significa unidade em comum; como podemos falar em comunidade se do total da receita cafeeira no mundo, 80 % estão nas mãos de traders, exportadores e compradores internacionais, enquanto só 20% desta receita fica nas mãos da produção. <br />Comunidade significa paridade, equilíbrio nas proporcionalidades. <br />E isto está longe de existir. <br />SUSTENTABILIDADE - Pois bem, esta é uma palavra muito proferida pelos membros do 4C. Porém até agora não foi colocado como isto será feito; só sabemos das obrigações. Não sabemos quantos dólares se pagará à mais, por item cumprido dentro do código. <br />Hoje sustentabilidade para o cafeicultor é dinheiro no bolso (há tempos não se vê) para que possa dar dignidade e qualidade de vida para sua família. <br />O 4C foi formado inicialmente por 3 grandes compradores mundiais de café: Nestlé, Sara Lee e Melitta. Hoje fazem parte deste grupo no Brasil a ABIC, através de seu representante - Sr. Nathan Herszkowics (membro representante do conselho do 4C) e representado os exportadores, a COOXUPÉ de Guaxupé e a COCOPEC de Franca (Alta Mogiana), que apesar de serem cooperativas de produtores rurais, são exportadores de café. Sendo o presidente da junta executiva do 4C, o Sr. Joaquim Libânio Ferreira Leita, que também é o DIRETOR DE EXPORTAÇÃO da Cooxupé. <br />Portanto insisto que enquanto o cafeicultor não tiver participação efetiva no processo e este processo não estiver mais claro, definido e delineado, não devemos aceitar “GOELA ABAIXO”, a imposição de algo que diz ser bom para o cafeicultor, porém lhe acarreta mais ônus e obrigações. <br />
Prezados senhores; <br /><br />Já levantei anteriormente a bandeira de que o 4C, nada mais é que uma cortina de fumaça, lançada pelos grandes compradores internacionais e exportadores para não conseguirmos ver nitidamente um futuro muito próximo. <br />Vou compartilhar agora o que penso sobre o 4C, iniciando pela própria sigla - Código Comum para a Comunidade Cafeeira. <br />COMUM - Como poderemos fazer um Código Comum entre FORNECEDORES TÃO DIFERENTES em suas políticas internas, sejam elas sociais, econômicas ou ambientais? Basta citar nossos países concorrentes - México, Guatemala, Colômbia, Vietnã, Indonésia, Costa do Marfim, dentre muitos outros. Tão diferentes e com anseios muito diferentes. <br />Ou será que mais uma vez o cafeicultor brasileiro, arcará com o ônus e o bônus ficará com nossos concorrentes? <br />COMUNIDADE - Existe COMUNIDADE CAFEEIRA? Comunidade no sentido breve da palavra significa unidade em comum; como podemos falar em comunidade se do total da receita cafeeira no mundo, 80 % estão nas mãos de traders, exportadores e compradores internacionais, enquanto só 20% desta receita fica nas mãos da produção. <br />Comunidade significa paridade, equilíbrio nas proporcionalidades. <br />E isto está longe de existir. <br />SUSTENTABILIDADE - Pois bem, esta é uma palavra muito proferida pelos membros do 4C. Porém até agora não foi colocado como isto será feito; só sabemos das obrigações. Não sabemos quantos dólares se pagará à mais, por item cumprido dentro do código. <br />Hoje sustentabilidade para o cafeicultor é dinheiro no bolso (há tempos não se vê) para que possa dar dignidade e qualidade de vida para sua família. <br />O 4C foi formado inicialmente por 3 grandes compradores mundiais de café: Nestlé, Sara Lee e Melitta. Hoje fazem parte deste grupo no Brasil a ABIC, através de seu representante - Sr. Nathan Herszkowics (membro representante do conselho do 4C) e representado os exportadores, a COOXUPÉ de Guaxupé e a COCOPEC de Franca (Alta Mogiana), que apesar de serem cooperativas de produtores rurais, são exportadores de café. Sendo o presidente da junta executiva do 4C, o Sr. Joaquim Libânio Ferreira Leita, que também é o DIRETOR DE EXPORTAÇÃO da Cooxupé. <br />Portanto insisto que enquanto o cafeicultor não tiver participação efetiva no processo e este processo não estiver mais claro, definido e delineado, não devemos aceitar “GOELA ABAIXO”, a imposição de algo que diz ser bom para o cafeicultor, porém lhe acarreta mais ônus e obrigações. <br />