Fala Produtor - Mensagem

  • Ana Freitas Fartura - SP 15/04/2011 00:00

    Sr. Valter Edemar! Não sou grande e nem tão pequena ao ponto de me perder na cegueira sem me indignar. Como o sr. vê, também vejo. A resposta está na luta da razão contra a irracionalidade. É conveniente ser irracional, pois para invadir uma propriedade privada e ditar ordens sobre o alheio só mesmo estando livre da sensatez. Isto parece um circo armado, e os supostos fracos que sustentam os fortes, se aqueles caírem será como a lona do circo que cairá sobre todos. Exige-se da zona rural o que não se exige das cidades. Estas, com meios de transportes facilitados, conforto, escolas, áreas de lazer, shoppings, meios de comunicação, próximos dos cidadãos, favorece a uma vida menos caótica enquanto que os da zona rural, muitas vezes para se chegar à propriedade é uma batalha, por falta de boas estradas, algumas com pinguelas perigosas, sendo um suplício até para o manejo da produção. Isto o leva ,muitas vezes, a adquirir dívidas ao ter que comprar uma condução mais resistente e portanto mais cara, a chamada caminhonete tal, despertando a cobiça e indagações de alguns que imaginam que pela condução mede-se o progresso do proprietário, sem compreender que carros sociais não são feitos para zona rural que pede condução resistente à estradas esburacadas, lamaçal e mato, pois na era da velocidade não será com carroça e burro que se chegará a algum lugar. Nesta era em que os comandantes do país são dispensados do ponto, se o agricultor não marcar o ponto com sua presença debaixo de sol e chuva nenhuma semente germinará e nenhum prato será diversificado com proteínas, vitaminas, cálcio e ferro. Papéis burocráticos na zona rural interferem no trabalho do produtor, trazendo prejuízos ao proprietário que se distancia do trabalho para aguardar sentado a assinatura do chefe que nem sempre está presente ou mesmo pela lentidão das filas, enquanto o ciclo da produção não pode esperar. Como se não bastassem problemas de toda ordem, ainda paira no ar a insegurança jurídica e a política atual que deveria se para o cidadão e pelo cidadão vira-se contra, quando em seus projetos cogitam tirar parte de sua propriedade que é dele por direto, em nome de uma ideologia falsa. Como diz Reinaldo Azevedo, é o fundo do poço, é o caos, é o lixo. Somente os baderneiros têm voz, e a irracionalidade escuta demais.

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