Fala Produtor - Mensagem

  • Ana Freitas Fartura - SP 12/03/2011 00:00

    A AGRICULTURA, SEGUNDO A VISÃO BÍBLICA - E foi na sua Última Ceia que Jesus foi traído... Ceia, lembra o que? E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne;

    E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos terão sonhos; E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão; E farei aparecer prodígios em cima, no céu, e sinais em baixo na terra, sangue, fogo e água.

    E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

    Homens, a este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; ......................................................................................

    Qualquer semelhança com os dias atuais é mera coincidência? E é em nome do camponês que Amós vai profetizar. Desde os tempos primitivos já havia esta preocupação com o homem da roça. Seus discursos giravam em torno das injustiças sociais, denúncias, falsas seguranças e hipocrisias. A opressão da época era sobre o justo, o fraco e o pobre. Amós aponta a pequena camponesa vítima do sistema com o mínimo para sobreviver e corre o risco de perder casa, propriedade e liberdade pela política expansionista. É em defesa dela que Amós vai profetizar. O apelo por justiça é o tema e evidencia a condenação de Deus aos que ficaram ricos pela corrupção. Os crimes denunciados eram: desprezo ao devedor porque trocavam os justos por propinas; escravização por dívidas ínfimas; humilhação e opressão dos pobres; desprezo pelos humildes e marginalização; opressão dos fracos; ao lado de qualquer altar, se estendem sobre vestes penhoradas pela falta de misericórdia nos empréstimos; bebem vinho daqueles que estão sujeitos a multas, na casa de seu Deus, como mau uso dos impostos e multas. Amós, profeta, vaqueiro e cultivador de frutos, via, certamente, coisas absolutamente comuns na região, como uma praga de gafanhotos, uma seca, um cesto de frutas maduras e coisas assim. Mas, como ele estava preocupado com o destino do país, "antenado" na situação do povo, estas coisas viravam símbolos do que estava acontecendo ou por acontecer com a nação.Amós conta que um dia viu uma praga de gafanhotos destruindo as plantações dos agricultores. E isto acontecia depois que o feno destinado ao pagamento do tributo ao palácio do rei já tinha sido cortado. Os gafanhotos, que têm alto poder de destruição, estavam piorando a situação dos agricultores, levando-os à fome. Pois estes já eram muito explorados pelo governo que, todo ano, tomava boa parte do que produziam. Amós, compadecido, apela a Deus argumentando que os agricultores eram frágeis demais para sofrer tal ameaça de fome. E Deus, segundo o profeta, revoga o castigo. Amós vê um incêndio terrível que, de tão forte, consome até as fontes subterrâneas de água depois de ter acabado com os campos. Novamente Amós apela a Deus para que suspenda a praga, porque a ameaça agora é de grande seca, penalizando os fracos agricultores de sua época. Esta visão se parece muito, no seu jeito, com a dos gafanhotos. Elas formam um par porque estas duas chamam atenção para a gravidade da situação cabendo observar que não trazem uma cena rural, pois estas duas visões trazem cenas urbanas: sofrem com os castigos a cidade, os santuários, o palácio. Para este grupo não há intercessão de Amós. É uma realidade corrupta que não tem conserto. Numa das visões, Amós conta que, desta vez, é o próprio Deus quem atua e de modo dramático. De pé sobre o altar dos holocaustos, portanto, diante do edifício do santuário, ele bate nos capitéis, provocando um terremoto que destrói o santuário e mata as pessoas que estão ali dentro. Não há possibilidade de fuga, garante o texto. Esta visão é o ponto máximo deste ciclo. O próprio Deus volta-se contra o local no qual se lhe presta culto. É porque, na visão de Amós, o santuário traiu seu papel de conduzir o povo a Deus e à vida. Tornou-se um lugar de culto sem sentido, amparando e ocultando as múltiplas opressões e injustiças que se cometem no país. Mostram a realidade da roça na época de Amós, quando os pequenos agricultores sofrem muitas ameaças, sejam naturais, sejam da exploração que vinha lá de cima, do governo. Amós diz que Deus tem compaixão dos pequenos e retira os castigos que os ameaçam. Mas e os mecanismos sociais que provocam fome e sede no campo? Estes permanecem...

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