Fala Produtor - Mensagem
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JOSÉ DONIZETI PITOLI CORNÉLIO PROCÓPIO - PR 05/01/2024 10:04
Comentário referente a notícia: Soja dá sequência às baixas em Chicago nesta 6ª e acumula três semanas consecutivas de perdas-
Leodir Vicente Sbaraine
Terra Roxa - PR
Parabéns pelo comentário Sr. José Pitoli , coerente , acertivo, e acima de tudo embasado na realidade dos campos brasileiros..., pessoas como o Sr. Deveria opinar mais vezes...., com conhecimento e muita Sabedoria.., somos produtores, sabemos o quanto é difícil estar neste lado do Segmento.., tenha um bom Diaa...
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Adalberto José Munhoz
Campo Mourão - PR
Sr. Pitoli o povo que compra torce pra nós irmos rio abaixo sabem da realidade mas com aval de muitos interessados mascaram tudo, como sabem que agricultor não é bandido fazem o wue bem entendem.
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Leodir Vicente Sbaraine
Terra Roxa - PR
Um olho no céu, outro na roça.
As notícias de previsão de chuvas tem causado verdadeiro alvoroço, tamanha é a expectativa e a ansiedade que a água desça do céu. Os analistas e especuladores de plantão, produzem safra, safrinha e um safrão de soja.
Estão errados? Talvez ! .....
O fato é que não podemos negar a realidade que nas terras brasileiras temos um oceano de soja sendo cultivada, e não é por menos que nossas estimativas iniciais de produção indicavam que o Brasil colheria 152 a 160 milhões de toneladas de soja. Porém, a situação tem sido outra desde o início do plantio. Com chuvas irregulares de norte a sul do país, as lavouras foram plantadas na medida das possibilidades, de forma capenga, no linguajar da roça. Assim, temos em todas as regiões e sem exceção lavouras nas mais diversas fases de desenvolvimento, e nos mais variados stands de produtividade. Ou seja, na mesma propriedade é possível encontrar quadros de lavoura ainda em desenvolvimento e floração; outras em formação e enchimento de grãos; outras ainda em início de maturação; áreas já sendo colhidas; e também áreas que sequer puderam ser plantadas.
A verdade é que esse oceano brasileiro de soja está sendo assolado por um "tsunami seco" de sol e calor excessivo. Tamanha conjunção de fatores (plantio irregular, sol e calor excessivo), foi vivida (para quem tiver boa memória) na safra 2003/2004. O resultado foi uma verdadeira catástrofe, donde se seguiu uma avalanche de dificuldades, amparada por uma securitização dos débitos, que ainda hoje restam parcelas pendentes. Porque repuxar a memória de fatos tão tristes? Pelo motivo que estamos prestes a enfrentar dentro em breve, os mesmos problemas. Deus permita que desta vez as coisas sejam diferente, mas as incertezas que se apresentam para o futuro prenunciam grandes dificuldades para o agronegócio brasileiro. Analistas criticam os produtores porque nesta safra comprometeram através de contratos futuros, o menor volume dos últimos 05 (cinco) anos. Ainda bem! Pois, como será o comportamento das empresas ao ver que muitos de seus contratos poderão não ser cumpridos na totalidade porque o produtor não obteve a produtividade esperada, ou média dos últimos anos. Na avaliação, utilizar como parâmetro a média regional será difícil em vista da desigualdade dos quadros de lavouras.
Nossa safra ainda é uma incógnita. Talvez, na semana que vem, com o corpo de técnicos das empresas, cooperativas e indústria em campo, realizando uma minuciosa vistoria e avaliação possa ajustar numa nova estimativa.
É certo que a safra brasileira de soja será bem abaixo dos números atuais.
É certo também, que os preços de mercado na colheita, serão freados para que as empresas recebam a totalidade dos contratos celebrados, depois prevalecerá à lei da oferta e demanda.
Pé no chão, olho no céu, oração .....! Aqui, estamos agora com céu de brigadeiro (limpo, sem nuvens), mas estamos cada dia mais próximos das chuvas.