Fala Produtor - Mensagem

  • Polan Lacki Curitiba - PR 13/08/2007 00:00

    O que os agricultores mais reivindicam nem sempre &eacute; o que eles mais necessitam. Se os agricultores me pedissem sugest&otilde;es para resolver seus cr&ocirc;nicos problemas eu lhes diria algo muito diferente do que eles est&atilde;o acostumados a ouvir. Em primeiro lugar lhes recomendaria que n&atilde;o continuem esperando que os problemas da agricultura ser&atilde;o solucionados pelos seus governos atrav&eacute;s de cr&eacute;ditos abundantes e baratos, subs&iacute;dios, redu&ccedil;&atilde;o de impostos e ped&aacute;gios, melhor cota&ccedil;&atilde;o do d&oacute;lar e garantias oficiais de comercializa&ccedil;&atilde;o de suas colheitas; e lhes insinuaria que se o cr&eacute;dito rural fosse t&atilde;o eficaz n&atilde;o ter&iacute;amos tantos agricultores t&atilde;o endividados. Em segundo lugar lhes sugeriria que considerem como muito remotas as probabilidades de que os governos dos paises ricos deixar&atilde;o de subsidiar e proteger os seus agricultores; porque eles t&ecirc;m poderosas raz&otilde;es internas, al&eacute;m de muitos d&oacute;lares, euros e yenes, para continuar fazendo-o. Em terceiro lugar mencionaria que estas duas ajudas externas &agrave;s suas propriedades, embora desejadas, n&atilde;o s&atilde;o t&atilde;o imprescind&iacute;veis como os agricultores imaginam; pois existe uma outra ajuda, ou melhor dizendo, uma auto ajuda, que produz resultados econ&ocirc;micos muito mais eficazes com a vantagem de que n&atilde;o s&atilde;o ef&ecirc;meros nem espor&aacute;dicos e sim permanentes e at&eacute; definitivos. <br /><br />Concluiria as minhas sugest&otilde;es dizendo que eles necessitam tornar-se t&atilde;o eficientes e profissionalizados a ponto de prescindirem das ajudas paternalistas dos seus governos e de serem menos vulner&aacute;veis aos subs&iacute;dios e &agrave;s medidas protecionistas adotados pelos paises ricos. Afirmaria, com extrema honestidade e franqueza, que os pr&oacute;prios produtores rurales ter&atilde;o que solucionar os seus problemas e que dever&atilde;o faz&ecirc;-lo, corrigindo ou eliminando as suas pr&oacute;prias inefici&ecirc;ncias. Diria categoricamente que a globaliza&ccedil;&atilde;o dos mercados (estejamos de acordo com ela ou n&atilde;o) est&aacute; impondo aos nossos agricultores os seguintes desafios, reais e concretos: <br /><br />a. os produtores rurais ineficientes simplesmente n&atilde;o sobreviver&atilde;o na agricultura; e n&atilde;o sobreviveriam mesmo que lhes fossem proporcionadas as duas ajudas externas analisadas no primeiro par&aacute;grafo deste artigo. <br /><br />b. sobreviver&atilde;o economicamente apenas os agricultores muito eficientes. Assim considerados como aqueles que sejam capazes de adotar de maneira correta a maioria das seguintes medidas tecnol&oacute;gico-produtivas, gerenciais, organizacionais e comerciais. <br /><br />---incrementar os rendimentos por unidade de terra e de animal para reduzir os custos por quilo produzido; <br /><br />---diversificar as esp&eacute;cies cultivadas e integr&aacute;-las com a produ&ccedil;&atilde;o pecu&aacute;ria para reduzir a excessiva e as vezes desnecess&aacute;ria depend&ecirc;ncia do cr&eacute;dito rural; e tamb&eacute;m para evitar riscos de pragas, de clima e incertezas de mercado; o milho, o sorgo, a soja, a mandioca e a alfafa que eles colhem nas suas propriedades n&atilde;o deveriam vend&ecirc;-los ao primeiro intermedi&aacute;rio e sim deveriam &quot;vend&ecirc;-los&quot; &agrave;s suas pr&oacute;prias vacas, galinhas, frangos e su&iacute;nos com a finalidade de reduzir os custos das ra&ccedil;&otilde;es balanceadas; <br /><br />---Realizar a reconvers&atilde;o produtiva substituindo esp&eacute;cies menos rent&aacute;veis por outras mais rent&aacute;veis ( diferenciadas, mais sofisticadas ou de maior densidade econ&ocirc;mica ); devido &agrave; globaliza&ccedil;&atilde;o dos mercados &eacute; dif&iacute;cil que um pequeno agricultor possa sobreviver economicamente produzindo mandioca, algod&atilde;o, milho, batata, feij&atilde;o ou arroz; especialmente se os vende tal como os colheu ( sem adicionar valor ) e se o faz ao primeiro intermedi&aacute;rio que lhe compra diretamente na propriedade; <br /><br />---melhorar a qualidade dos bens produzidos e, sempre que poss&iacute;vel, submet&ecirc;-los a um m&iacute;nimo processamento inicial ( limpeza, classifica&ccedil;&atilde;o, secagem/desidrata&ccedil;&atilde;o, fracionamento, etc ) visando obter melhores pre&ccedil;os na comercializa&ccedil;&atilde;o e, especialmente, <br /><br />---organizar-se com os seus vizinhos para realizar em conjunto e com menor intermedia&ccedil;&atilde;o a aquisi&ccedil;&atilde;o dos insumos, a comercializa&ccedil;&atilde;o das colheitas e a realiza&ccedil;&atilde;o daqueles investimentos que, devido ao seu alto custo e baixa freq&uuml;&ecirc;ncia de utiliza&ccedil;&atilde;o, economicamente n&atilde;o se justifica faz&ecirc;-los individualmente.. <br /><br />Infelizmente muitos agricultores, mesmo que quisessem, n&atilde;o poderiam adotar estas medidas &quot;eficientizadoras&quot; do seu neg&oacute;cio agr&iacute;cola porque n&atilde;o foram formados nem capacitados para saber e poder faz&ecirc;-lo. Por esta raz&atilde;o, os produtores rurais dever&atilde;o abandonar definitivamente as ing&ecirc;nuas utopias paternalistas que os mant&eacute;m esperando por humilhantes migalhas governamentais; e, em substitui&ccedil;&atilde;o, dever&atilde;o adotar uma atitude mais construtiva de organizar-se para exigir e participar ativamente na ado&ccedil;ao e implanta&ccedil;&atilde;o de algumas medidas mais concretas, eficazes e definitivas que os emancipem das depend&ecirc;ncias e vulnerabilidades &agrave;s quais est&atilde;o submetidos na atualidade. Entre outras, as descritas a seguir: <br /><br />1. A agricultura brasileira necessita, em car&aacute;ter de prioridade e urg&ecirc;ncia, de algo que os agricultores quase nunca reivindicam: um renovado servi&ccedil;o de assist&ecirc;ncia t&eacute;cnica e/ou extens&atilde;o rural -SATER. Renovado no sentido de que seja &aacute;gil, &quot;desburocratizado&quot;, descentralizado em sus decis&otilde;es e opera&ccedil;&otilde;es, &quot;despolitizado&quot; e, especialmente, muito eficaz na solu&ccedil;&atilde;o dos problemas concretos e cotidianos dos produtores rurais. Com tal fim dever&aacute; ser capaz de manter os seus extensionistas permanentemente no campo e dot&aacute;-los de conhecimentos e habilidades para que tenham real capacidade de ensinar aos agricultores algo t&atilde;o elementar como o seguinte: o que e como os produtores rurais dever&atilde;o fazer para que possam solucionar os seus problemas de maneira mis aut&ocirc;noma ou aut&aacute;rquica. Isto &eacute;, que possam resolv&ecirc;-los sem depender das cada vez mais improv&aacute;veis ajudas dos seus empobrecidos, burocratizados e inoperantes governos. No entanto, para que tal autonomia/emancipa&ccedil;&atilde;o seja poss&iacute;vel, os extensionistas dever&atilde;o estar realmente aptos a ensinar-lhes, em primeiro lugar, a identificar e a utilizar plena e racionalmente os recursos que os produtores rurais realmente possuem e, em segundo lugar, a aplicar de maneira correta tecnologias de baixo custo a fim de que sejam compat&iacute;veis com os esassos recursos que est&atilde;o dispon&iacute;veis nas suas propriedades. Muitos dos atuais extensionistas t&ecirc;m baix&iacute;ssima produtividade porque permanecem burocratizando nos escrit&oacute;rios e nas poucas vezes que v&atilde;o ao campo, difundem &quot;receitas&quot; para cuja ado&ccedil;&atilde;o os agricultores n&atilde;o disp&otilde;em dos &quot;ingredientes&quot; necess&aacute;rios. Este renovado SATER dever&aacute; ser co-financiado pelo Estado e pelos integrantes das cadeias produtivas da agricultura; e dever&aacute; ser administrado por uma organiza&ccedil;&atilde;o privada e sem fins de lucro, pertencente aos pr&oacute;prios integrantes das mencionadas cadeias. Dever&aacute; ser privado e &quot;despolitizado&quot; para que esteja imune &agrave;s mudan&ccedil;as de governos e &agrave;s perniciosas interfer&ecirc;ncias pol&iacute;tico-partid&aacute;rias na designa&ccedil;&atilde;o dos seus dirigentes e na execu&ccedil;&atilde;o dos seus programas. Entretanto, a fim de que este novo servi&ccedil;o seja realmente eficaz ser&aacute; necess&aacute;rio..... <br /><br />2. Capacitar os milhares de profissionais e t&eacute;cnicos em c&igrave;&ecirc;ncias agr&aacute;rias, que est&atilde;o desempregados ou trabalhando com baix&iacute;ssima efici&ecirc;ncia e produtividade, porque n&atilde;o possuem os conhecimentos nem as habilidades necess&aacute;rias para corrigir os erros mais freq&uuml;entes que a maioria dos agricultores normalmente comete. &Eacute; inaceit&aacute;vel que tenhamos tantos extensionistas desempregados ou improdutivos enquanto os produtores rurais n&atilde;o conseguem fazer uma agricultura rent&aacute;vel, exata e coincidentemente, porque lhes faltam os conhecimentos agron&ocirc;micos, zoot&eacute;cnicos e veterin&aacute;rios que os referidos profissionais e t&eacute;cnicos deveriam proporcionar-lhes. Felizmente esta incoer&ecirc;ncia pode ser atenuada, atrav&eacute;s de uma medida emergencial de f&aacute;cil execu&ccedil;&atilde;o e baixo custo, proporcionando-lhes uma capacita&ccedil;&atilde;o eminentemente pr&aacute;tica, a fim de que dominem as t&eacute;cnicas fundamentais de produ&ccedil;&atilde;o, administra&ccedil;&atilde;o rural e comercializa&ccedil;&atilde;o; e tamb&eacute;m os m&eacute;todos e meios de extens&atilde;o rural para que adquiram maior efici&ecirc;ncia na difus&atilde;o das suas recomenda&ccedil;&otilde;es aos agricultores e consigam que eles as adotem de maneira correta. Os capacitadores destes extensionistas dever&atilde;o partir da premissa de que a grande maioria dos produtores rurais disp&otilde;e de recursos financeiros muito limitados para adquirir insumos de alto custo e para realizar investimentos. Devido a estas restri&ccedil;&otilde;es, a capacita&ccedil;&atilde;o dever&aacute; ser gradual ou paulatina, iniciando com aquelas medidas corretivas de baixo custo e m&iacute;nima depend&ecirc;ncia de ajudas externas &agrave;s suas propriedades. Atrav&eacute;s de cursos intensivos com 2 ou 3 meses de dura&ccedil;&atilde;o, eminentemente pr&aacute;ticos, realizados diretamente nas propriedades eficientes, nas comunidades organizadas e nos mercados rurais, e adotando o m&eacute;todo de &quot;ensinar e aprender fazendo&quot;, ser&aacute; poss&iacute;vel transformar profissionais desempregados e improdutivos em extensionistas eficientes e altamente produtivos. Depois que os agentes de extens&atilde;o rural receberem esta capacita&ccedil;&atilde;o gradual, as suas recomenda&ccedil;&otilde;es iniciais ser&atilde;o t&atilde;o elementares e de t&atilde;o baixo custo, que poder&atilde;o ser adotadas por todos os agricultores, por mais escassos que aparentemente sejam os seus recursos produtivos. Estes extensionistas tecnicamente auto-suficientes, devidamente &quot;renovados&quot; e &quot;energizados&quot; dificilmente continuar&atilde;o desempregados porque encontrar&atilde;o muitos empregadores &aacute;vidos de contratar os seus &uacute;teis e produtivos servi&ccedil;os de assessoramento t&eacute;cnico. Entretanto, n&atilde;o &eacute; razo&aacute;vel que o SATER seja obrigado a corrigir, ano ap&oacute;s ano, as inefici&ecirc;ncias de forma&ccedil;&atilde;o das faculdades de ci&ecirc;ncias agr&aacute;rias, tendo que capacitar os profissionais j&aacute; formados em conhecimentos e habilidades que eles deveriam ter adquirido enquanto estavam realizando seus estudos universit&aacute;rios. Por este motivo se recomenda &quot;cortar o mal pela raiz&quot; adotando a sugest&atilde;o descrita no pr&oacute;ximo item. <br /><br />3. Em boa medida o pragmatismo recomendado no item anterior para a capacita&ccedil;&atilde;o dos extensionistas j&aacute; formados, tamb&eacute;m dever&aacute; imperar na forma&ccedil;&atilde;o dos atuais estudantes das faculdades de ci&ecirc;ncias agr&aacute;rias, porque elas est&atilde;o formando profissionais t&atilde;o te&oacute;ricos que, reconhecida e categoricamente, est&atilde;o sendo recha&ccedil;ados pelos empregadores. As mencionadas faculdades devem reconhecer que o elevado desemprego dos seus egressos se deve muit&iacute;ssimo mais &agrave; inadequada oferta dessas institui&ccedil;&otilde;es educativas que &agrave; insuficiente demanda do mercado de trabalho; igualmente devem reconhecer que as oportunidades de emprego nos organismos p&uacute;blicos/estatais s&atilde;o cada vez mais limitadas. Por estas duas raz&otilde;es elas devem formar egressos com um perfil mais criativo, executivo, pragm&aacute;tico e empreendedor pois s&atilde;o estas as &quot;qualidades&quot; que o grande empregador da atualidade ( o setor privado ) deseja encontrar nestes profissionais. Para form&aacute;-los com este perfil, as referidas faculdades dever&atilde;o &quot; desurbanizar-se&quot; e oferecer uma forma&ccedil;&atilde;o mais pr&aacute;tica e com maior viv&ecirc;ncia dos problemas cotidianos que ocorrem nos distintos elos do neg&oacute;cio agr&iacute;cola; conseq&uuml;entemente a forma&ccedil;&atilde;o dos profissionais dever&aacute; ser realizada muito mais nas propriedades, nas comunidades e nos mercados rurais que nas salas de aula, nos computadores e nos laborat&oacute;rios urbanos. Elas devem adotar o m&eacute;todo de &quot;ensinar e aprender fazendo&quot; com a finalidade de estimular a criatividade e a engenhosidade t&atilde;o necess&aacute;rias aos engenheiros; e tamb&eacute;m com o objetivo de desenvolver as suas habilidades manuais que s&atilde;o necess&aacute;rias para a eficiente execu&ccedil;&atilde;o ( e demonstra&ccedil;&atilde;o aos agricultores) das pr&aacute;ticas agron&ocirc;micas, zoot&eacute;cnicas e veterin&aacute;rias. Entretanto, n&atilde;o ser&aacute; suficiente formar e capacitar adequadamente os extensionistas se os seus futuros clientes/usu&aacute;rios/benefici&aacute;rios ( os alunos das escolas fundamentais rurais ) continuarem recebendo uma educa&ccedil;&atilde;o de m&aacute; qualidade e com conte&uacute;dos curriculares inadequados &agrave;s necessidades imperantes na agricultura e nas comunidades rurais; pois o processo de ensino-aprendizagem ser&aacute; realmente eficaz e produtivo quando os extensionistas souberem ensinar e os agricultores souberem aprender. Para que ocorra esta sinergia entre educadores e educandos se requer a ado&ccedil;&atilde;o da medida descrita no pr&oacute;ximo item. <br /><br />4. Efetuar uma profunda modifica&ccedil;&atilde;o nos conte&uacute;dos curriculares das escolas fundamentais rurais. Se elas s&atilde;o rurais dever&atilde;o &quot;agriculturalizar-se&quot; e &quot;ruralizar-se&quot;. Se recomenda extirpar dos seus programas o ensino &quot;decoreba&quot; dos conte&uacute;dos de escassa ou nula relev&acirc;ncia para as necessidades de vida e de trabalho imperantes no campo ( e tamb&eacute;m nos centros urbanos ), como por exemplo: a hist&oacute;ria do Imp&eacute;rio Romano e Bizantino, a hist&oacute;ria de Luis XIV, Luis XV y Luis XVI, os fara&oacute;s e pir&acirc;mides de Egito, os Jardins Suspensos da Babil&ocirc;nia, a hist&oacute;ria da Mesopot&acirc;mia, as guerras de Napole&atilde;o e de outros &quot;her&oacute;is&quot; de pa&iacute;ses long&iacute;nquos, as altitudes do Everest e das Montanhas Rochosas dos EUA, a extens&atilde;o do Rio Nilo, etc. Em vez de ensinar sobre o Rio Nilo estas escolas dever&atilde;o ensinar como proteger as nascentes/vertentes e n&atilde;o contaminar o rio da sua comunidade. Em vez de ensinar sobre os Jardins da Babil&ocirc;nia dever&atilde;o ensinar &agrave;s crian&ccedil;as como instalar hortas caseiras e motiv&aacute;-los a plantar &aacute;rvores frut&iacute;feras nas suas propriedades para melhorar a ingest&atilde;o de vitaminas e sais minerais das sus fam&iacute;lias. Em vez de ensinar sobre os &quot;her&oacute;is&quot; que promoveram guerras em pa&iacute;ses distantes dever&atilde;o ensinar &agrave;s crian&ccedil;as a hist&oacute;ria dos her&oacute;is das suas comunidades que se destacaram como produtores rurais muito eficientes, bons pais e m&atilde;es de fam&iacute;lia que outorgaram uma educa&ccedil;&atilde;o exemplar aos seus filhos, que contribu&iacute;ram ao desenvolvimento da comunidade, etc. As escolas fundamentais rurais dever&atilde;o incluir nos seus curr&iacute;culos conte&uacute;dos utiliz&aacute;veis pelos futuros agricultores e suas fam&iacute;lias, como por exemplo: conceitos e no&ccedil;&otilde;es b&aacute;sicas sobre produ&ccedil;&atilde;o agr&iacute;cola eficiente, administra&ccedil;&atilde;o rural, preven&ccedil;&atilde;o contra perdas pos-colheita, incorpora&ccedil;&atilde;o de valor agregado, organiza&ccedil;&atilde;o das comunidades para comercializar e solucionar em conjunto outros problemas de interesse comum, educa&ccedil;&atilde;o familiar, higiene, preven&ccedil;&atilde;o de enfermidades e cuidados com a sa&uacute;de, produ&ccedil;&atilde;o e uso de ervas medicinais, primeiros socorros em casos de acidentes rurais, intoxica&ccedil;&otilde;es com pesticidas, picadas de serpentes, etc. Igualmente dever&atilde;o form&aacute;-los para que adquiram valores de aplica&ccedil;&atilde;o permanente e universal, como honestidade, disciplina, pontualidade, responsabilidade, desejo de supera&ccedil;&atilde;o para triunfar na vida atrav&eacute;s do trabalho honesto e bem executado, solidariedade e associativismo, cumprimento dos seus deveres como membros da fam&iacute;lia e da comunidade, respeito pelos direitos de terceiros, a pr&aacute;tica da poupan&ccedil;a, do investimento e da previs&atilde;o para a velhice, etc. Estas escolas dever&atilde;o advertir as crian&ccedil;as sobre os riscos e perigos das drogas, do alcoolismo, da viol&ecirc;ncia, da delinq&uuml;&ecirc;ncia, das pr&aacute;ticas sexuais prematuras, imprudentes e irrespons&aacute;veis, etc. Dever&atilde;o proporcionar-lhes uma educa&ccedil;&atilde;o que eleve o ego, a auto confian&ccedil;a e a autoestima dos futuros agricultores, ao demonstrar-lhes o quanto eles s&atilde;o importantes para o desenvolvimento econ&ocirc;mico e social do munic&iacute;pio e do pa&iacute;s; tamb&eacute;m dever&atilde;o demonstrar-lhes que as atividades agr&iacute;colas e pecu&aacute;rias oferecem reais oportunidades de prosperidade econ&ocirc;mica e de realiza&ccedil;&atilde;o pessoal para quem trabalha com dedica&ccedil;&atilde;o, efici&ecirc;ncia, honestidade, coopera&ccedil;&atilde;o e profissionalismo. Sempre que poss&iacute;vel, as suas atividades educativas dever&atilde;o ser realizadas fora das salas de aula, em primeiro lugar para que as crian&ccedil;as conhe&ccedil;am, vejam e vivenciem procedimentos, atividades e comportamentos positivos adotados por outras fam&iacute;lias e propriedades existentes na sua comunidade que possam servir de excelentes exemplos a serem seguidos pelos alunos; e em segundo lugar para que possam aplicar e executar na pr&aacute;tica os conhecimentos te&oacute;ricos e abstratos que est&atilde;o adquirindo na escola. <br /><br />5.Capacitar e adequar a forma&ccedil;&atilde;o dos professores das escolas fundamentais rurais. A reformula&ccedil;&atilde;o dos conte&uacute;dos curriculares e dos m&eacute;todos pedag&oacute;gicos destas escolas exige que os atuais professores rurais tamb&eacute;m sejam capacitados e que as faculdades de educa&ccedil;&atilde;o/pedagogia passem a formar os futuros professores rurais com conhecimentos e viv&ecirc;ncias da realidade agr&iacute;cola e rural. Enquanto esta medida n&atilde;o for adotada os professores simplesmente n&atilde;o saber&atilde;o o que e como dever&atilde;o ensinar &agrave;s crian&ccedil;as rurais. Em outras palavras, &eacute; recomend&aacute;vel adotar com os professores das escolas fundamentais rurais, atuais e futuros, medidas de capacita&ccedil;&atilde;o e forma&ccedil;&atilde;o similares &agrave;s que, nos itens 2 e 3 deste artigo, se prop&otilde;e adotar para os extensionistas agr&iacute;colas, <br /><br />Textos gratuitos que descrevem como levar &aacute; pr&aacute;tica as sugest&otilde;es deste artigo est&atilde;o dispon&iacute;veis nos sites http://www.polanlacki.com.br e http://www.polanlacki.com.br/agroesp

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