É um absurdo esse governo, que nos afeta por todos os lados, ainda por cima manipular, distorcer, confundir e nos roubar... Leiam esta reportagem sobre um caso gravíssimo: <br />(publicada na Rural Business): <br /><br />Milho – Brasil (7/8/2007 14:03:44) - Conab amplia projeção de estoques em mais de 90% em 10 meses, iludindo o mercado e pressionando os preços -- O mercado de commodities agrícolas opera com uma triste coincidência no Brasil: quanto mais o consumo em questão tem seu domínio no mercado interno, maior a manipulação para que o quadro de oferta e demanda do país permaneça frouxo, sem qualquer ameaça ao abastecimento. <br /><br />Para os analistas de mercado da Rural Business, tal fato é bastante fácil de ser entendido. “Basta deixar um pouco a ingenuidade de lado para perceber a realidade dos fatos e a profunda manipulação para se manter os preços os mais achatados possíveis aos produtores”, diz Tânia Tozzi. <br /><br />Um caso clássico está no mercado do milho, dominado por poucas empresas e onde tudo se faz para manter os estoques em cenário altista, numa tentativa de se mostrar que há grande sobra de mercadoria e nenhum fundamento para qualquer pressão nos preços. <br /><br />Para se ter uma idéia, nos últimos 10 levantamentos referentes à safra 2006/07, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) ampliou em 90,5% suas estimativas de estoques finais para o Brasil, contra um aumento de pouco mais de 17% nas projeções de produção. “E isso tudo indicando hoje um volume de exportação quase 67% maior que o apontado em novembro do ano passado”, enfatiza Tozzi. <br /><br />A matemática é fácil: apesar de todo o crescimento na produção de carnes, bem como dos demais setores que dependem do grão para sua subsistência, o consumo interno brasileiro continua sendo previsto hoje na casa de 39,50 milhões de toneladas, praticamente o mesmo de dois anos atrás. Para o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), este consumo já estaria no patamar de 41,50 milhões de toneladas em 2006/07, devendo chegar a 42 milhões na próxima temporada. <br /><br />Em oito anos (1999/00 a 2006/07) o governo brasileiro aponta um crescimento de 60% na produção brasileira de milho, contra um aumento de consumo interno inferior a 15%, o que teria gerado uma ampliação de quase 154% nos estoques no período. <br /><br />Vale destacar que segundo os dados da própria Conab, a produção de carne de frango, que em 2001 era de 6,567 milhões de toneladas, deve dar um salto de quase 50% em 6 anos e fechar 2007 na casa de 9,821 milhões de toneladas. Enquanto isso, a produção de ovos deve crescer 63% neste mesmo intervalo; a de carne bovina cerca de 56% e a de carne suína outros 8,9%. <br /><br />Atualmente, as projeções da Conab indicam que o Brasil finalizará a atual safra 2006/07 com estoques de 9,112 milhões de toneladas de milho, os maiores de uma série histórica de 8 anos, enquanto para o USDA estes ficarão em 5,370 milhões, o que revela uma diferença de 3,742 milhões de toneladas, ou 70%. <br /><br />Para Tânia Tozzi, aí vem a pergunta que não quer calar: por que tanta diferença e o que levaria o produtor nacional a aumentar de tal forma sua produção, sem ter em contrapartida uma ampliação de demanda?! <br /><br />Para a analista, todos os dados são colocados de forma a iludir o mercado de que os estoques do grão são enormes e que, portanto, não há a menor necessidade do comprador ampliar suas indicações de preços para conseguir o produto. <br /><br />Tozzi lembra que um levantamento realizado pela Rural Business, tendo como base os próprios dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) provam que em todo o ano de 2000 e praticamente 2005 há erros nos dados de exportação, até hoje não corrigidos, a fim de que a demanda se mantenha abaixo da realidade, pressionando para cima os estoques. <br /><br />“Se pegarmos o volume de faturamento registrado pela Secex em fevereiro de 2000, por exemplo, de US$ 886,86 milhões, e dividirmos pelo volume apontado de embarques, na casa de 478,83 toneladas apenas, vemos que o exportador brasileiro conseguiu a façanha de vender uma tonelada de milho por mais de US$ 1.852, um verdadeiro espetáculo frente a média registrada neste ano de 2007, quando mesmo com preços internacionais muito acima da média, o setor opera com cotação na casa de US$ 162,81 por tonelada”, enfatiza Tozzi. <br /><br />“É um absurdo”, diz Tozzi, que enaltece que a “Rural Business já entrou em contato com a Secex e com a Conab, e até mesmo com a CNA (Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil), que deveria pressionar para que tais dados fossem revistos para não modificarem de forma negativa o quadro de oferta e demanda aos produtores, mas além de nada ter sido feito, sequer recebeu retorno sobre o assunto”. <br /><br /><a href="https://www.ruralnetwork.com.br/noticia.asp?numero=146678&secao=3">https://www.ruralnetwork.com.br/noticia.asp?numero=146678&secao=3</a>
É um absurdo esse governo, que nos afeta por todos os lados, ainda por cima manipular, distorcer, confundir e nos roubar... Leiam esta reportagem sobre um caso gravíssimo: <br />(publicada na Rural Business): <br /><br />Milho – Brasil (7/8/2007 14:03:44) - Conab amplia projeção de estoques em mais de 90% em 10 meses, iludindo o mercado e pressionando os preços -- O mercado de commodities agrícolas opera com uma triste coincidência no Brasil: quanto mais o consumo em questão tem seu domínio no mercado interno, maior a manipulação para que o quadro de oferta e demanda do país permaneça frouxo, sem qualquer ameaça ao abastecimento. <br /><br />Para os analistas de mercado da Rural Business, tal fato é bastante fácil de ser entendido. “Basta deixar um pouco a ingenuidade de lado para perceber a realidade dos fatos e a profunda manipulação para se manter os preços os mais achatados possíveis aos produtores”, diz Tânia Tozzi. <br /><br />Um caso clássico está no mercado do milho, dominado por poucas empresas e onde tudo se faz para manter os estoques em cenário altista, numa tentativa de se mostrar que há grande sobra de mercadoria e nenhum fundamento para qualquer pressão nos preços. <br /><br />Para se ter uma idéia, nos últimos 10 levantamentos referentes à safra 2006/07, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) ampliou em 90,5% suas estimativas de estoques finais para o Brasil, contra um aumento de pouco mais de 17% nas projeções de produção. “E isso tudo indicando hoje um volume de exportação quase 67% maior que o apontado em novembro do ano passado”, enfatiza Tozzi. <br /><br />A matemática é fácil: apesar de todo o crescimento na produção de carnes, bem como dos demais setores que dependem do grão para sua subsistência, o consumo interno brasileiro continua sendo previsto hoje na casa de 39,50 milhões de toneladas, praticamente o mesmo de dois anos atrás. Para o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), este consumo já estaria no patamar de 41,50 milhões de toneladas em 2006/07, devendo chegar a 42 milhões na próxima temporada. <br /><br />Em oito anos (1999/00 a 2006/07) o governo brasileiro aponta um crescimento de 60% na produção brasileira de milho, contra um aumento de consumo interno inferior a 15%, o que teria gerado uma ampliação de quase 154% nos estoques no período. <br /><br />Vale destacar que segundo os dados da própria Conab, a produção de carne de frango, que em 2001 era de 6,567 milhões de toneladas, deve dar um salto de quase 50% em 6 anos e fechar 2007 na casa de 9,821 milhões de toneladas. Enquanto isso, a produção de ovos deve crescer 63% neste mesmo intervalo; a de carne bovina cerca de 56% e a de carne suína outros 8,9%. <br /><br />Atualmente, as projeções da Conab indicam que o Brasil finalizará a atual safra 2006/07 com estoques de 9,112 milhões de toneladas de milho, os maiores de uma série histórica de 8 anos, enquanto para o USDA estes ficarão em 5,370 milhões, o que revela uma diferença de 3,742 milhões de toneladas, ou 70%. <br /><br />Para Tânia Tozzi, aí vem a pergunta que não quer calar: por que tanta diferença e o que levaria o produtor nacional a aumentar de tal forma sua produção, sem ter em contrapartida uma ampliação de demanda?! <br /><br />Para a analista, todos os dados são colocados de forma a iludir o mercado de que os estoques do grão são enormes e que, portanto, não há a menor necessidade do comprador ampliar suas indicações de preços para conseguir o produto. <br /><br />Tozzi lembra que um levantamento realizado pela Rural Business, tendo como base os próprios dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) provam que em todo o ano de 2000 e praticamente 2005 há erros nos dados de exportação, até hoje não corrigidos, a fim de que a demanda se mantenha abaixo da realidade, pressionando para cima os estoques. <br /><br />“Se pegarmos o volume de faturamento registrado pela Secex em fevereiro de 2000, por exemplo, de US$ 886,86 milhões, e dividirmos pelo volume apontado de embarques, na casa de 478,83 toneladas apenas, vemos que o exportador brasileiro conseguiu a façanha de vender uma tonelada de milho por mais de US$ 1.852, um verdadeiro espetáculo frente a média registrada neste ano de 2007, quando mesmo com preços internacionais muito acima da média, o setor opera com cotação na casa de US$ 162,81 por tonelada”, enfatiza Tozzi. <br /><br />“É um absurdo”, diz Tozzi, que enaltece que a “Rural Business já entrou em contato com a Secex e com a Conab, e até mesmo com a CNA (Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil), que deveria pressionar para que tais dados fossem revistos para não modificarem de forma negativa o quadro de oferta e demanda aos produtores, mas além de nada ter sido feito, sequer recebeu retorno sobre o assunto”. <br /><br /><a href="https://www.ruralnetwork.com.br/noticia.asp?numero=146678&secao=3">https://www.ruralnetwork.com.br/noticia.asp?numero=146678&secao=3</a>