Fala Produtor - Mensagem

  • Guilherme Frederico Lamb Assis - SP 08/08/2007 00:00

    &Eacute; um absurdo esse governo, que nos afeta por todos os lados, ainda por cima manipular, distorcer, confundir e nos roubar... Leiam esta reportagem sobre um caso grav&iacute;ssimo: <br />(publicada na Rural Business): <br /><br />Milho &ndash; Brasil (7/8/2007 14:03:44) - Conab amplia proje&ccedil;&atilde;o de estoques em mais de 90% em 10 meses, iludindo o mercado e pressionando os pre&ccedil;os -- O mercado de commodities agr&iacute;colas opera com uma triste coincid&ecirc;ncia no Brasil: quanto mais o consumo em quest&atilde;o tem seu dom&iacute;nio no mercado interno, maior a manipula&ccedil;&atilde;o para que o quadro de oferta e demanda do pa&iacute;s permane&ccedil;a frouxo, sem qualquer amea&ccedil;a ao abastecimento. <br /><br />Para os analistas de mercado da Rural Business, tal fato &eacute; bastante f&aacute;cil de ser entendido. &ldquo;Basta deixar um pouco a ingenuidade de lado para perceber a realidade dos fatos e a profunda manipula&ccedil;&atilde;o para se manter os pre&ccedil;os os mais achatados poss&iacute;veis aos produtores&rdquo;, diz T&acirc;nia Tozzi. <br /><br />Um caso cl&aacute;ssico est&aacute; no mercado do milho, dominado por poucas empresas e onde tudo se faz para manter os estoques em cen&aacute;rio altista, numa tentativa de se mostrar que h&aacute; grande sobra de mercadoria e nenhum fundamento para qualquer press&atilde;o nos pre&ccedil;os. <br /><br />Para se ter uma id&eacute;ia, nos &uacute;ltimos 10 levantamentos referentes &agrave; safra 2006/07, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) ampliou em 90,5% suas estimativas de estoques finais para o Brasil, contra um aumento de pouco mais de 17% nas proje&ccedil;&otilde;es de produ&ccedil;&atilde;o. &ldquo;E isso tudo indicando hoje um volume de exporta&ccedil;&atilde;o quase 67% maior que o apontado em novembro do ano passado&rdquo;, enfatiza Tozzi. <br /><br />A matem&aacute;tica &eacute; f&aacute;cil: apesar de todo o crescimento na produ&ccedil;&atilde;o de carnes, bem como dos demais setores que dependem do gr&atilde;o para sua subsist&ecirc;ncia, o consumo interno brasileiro continua sendo previsto hoje na casa de 39,50 milh&otilde;es de toneladas, praticamente o mesmo de dois anos atr&aacute;s. Para o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), este consumo j&aacute; estaria no patamar de 41,50 milh&otilde;es de toneladas em 2006/07, devendo chegar a 42 milh&otilde;es na pr&oacute;xima temporada. <br /><br />Em oito anos (1999/00 a 2006/07) o governo brasileiro aponta um crescimento de 60% na produ&ccedil;&atilde;o brasileira de milho, contra um aumento de consumo interno inferior a 15%, o que teria gerado uma amplia&ccedil;&atilde;o de quase 154% nos estoques no per&iacute;odo. <br /><br />Vale destacar que segundo os dados da pr&oacute;pria Conab, a produ&ccedil;&atilde;o de carne de frango, que em 2001 era de 6,567 milh&otilde;es de toneladas, deve dar um salto de quase 50% em 6 anos e fechar 2007 na casa de 9,821 milh&otilde;es de toneladas. Enquanto isso, a produ&ccedil;&atilde;o de ovos deve crescer 63% neste mesmo intervalo; a de carne bovina cerca de 56% e a de carne su&iacute;na outros 8,9%. <br /><br />Atualmente, as proje&ccedil;&otilde;es da Conab indicam que o Brasil finalizar&aacute; a atual safra 2006/07 com estoques de 9,112 milh&otilde;es de toneladas de milho, os maiores de uma s&eacute;rie hist&oacute;rica de 8 anos, enquanto para o USDA estes ficar&atilde;o em 5,370 milh&otilde;es, o que revela uma diferen&ccedil;a de 3,742 milh&otilde;es de toneladas, ou 70%. <br /><br />Para T&acirc;nia Tozzi, a&iacute; vem a pergunta que n&atilde;o quer calar: por que tanta diferen&ccedil;a e o que levaria o produtor nacional a aumentar de tal forma sua produ&ccedil;&atilde;o, sem ter em contrapartida uma amplia&ccedil;&atilde;o de demanda?! <br /><br />Para a analista, todos os dados s&atilde;o colocados de forma a iludir o mercado de que os estoques do gr&atilde;o s&atilde;o enormes e que, portanto, n&atilde;o h&aacute; a menor necessidade do comprador ampliar suas indica&ccedil;&otilde;es de pre&ccedil;os para conseguir o produto. <br /><br />Tozzi lembra que um levantamento realizado pela Rural Business, tendo como base os pr&oacute;prios dados da Secex (Secretaria de Com&eacute;rcio Exterior) provam que em todo o ano de 2000 e praticamente 2005 h&aacute; erros nos dados de exporta&ccedil;&atilde;o, at&eacute; hoje n&atilde;o corrigidos, a fim de que a demanda se mantenha abaixo da realidade, pressionando para cima os estoques. <br /><br />&ldquo;Se pegarmos o volume de faturamento registrado pela Secex em fevereiro de 2000, por exemplo, de US$ 886,86 milh&otilde;es, e dividirmos pelo volume apontado de embarques, na casa de 478,83 toneladas apenas, vemos que o exportador brasileiro conseguiu a fa&ccedil;anha de vender uma tonelada de milho por mais de US$ 1.852, um verdadeiro espet&aacute;culo frente a m&eacute;dia registrada neste ano de 2007, quando mesmo com pre&ccedil;os internacionais muito acima da m&eacute;dia, o setor opera com cota&ccedil;&atilde;o na casa de US$ 162,81 por tonelada&rdquo;, enfatiza Tozzi. <br /><br />&ldquo;&Eacute; um absurdo&rdquo;, diz Tozzi, que enaltece que a &ldquo;Rural Business j&aacute; entrou em contato com a Secex e com a Conab, e at&eacute; mesmo com a CNA (Confedera&ccedil;&atilde;o Nacional de Agricultura e Pecu&aacute;ria do Brasil), que deveria pressionar para que tais dados fossem revistos para n&atilde;o modificarem de forma negativa o quadro de oferta e demanda aos produtores, mas al&eacute;m de nada ter sido feito, sequer recebeu retorno sobre o assunto&rdquo;. <br /><br /><a href="https://www.ruralnetwork.com.br/noticia.asp?numero=146678&amp;secao=3">https://www.ruralnetwork.com.br/noticia.asp?numero=146678&amp;secao=3</a>

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