Crise agricola, estamos perdendo oportunidades valiosas... Caro João Batista, Repasso um texto que recebi agora e que são as palavras da minha boca. Segue o texto: <br />"Preços atingem níveis históricos, mas produtor não pode comemorar" - (Rural Business) – A falta de políticas para o setor rural brasileiro vem impossibilitando que os produtores nacionais aproveitem os preços históricos atingidos hoje pelas Bolsas internacionais, como forma de conseguirem se capitalizar e darem início a uma retomada de crescimento, deixando para trás a crise em que vêm sofrendo ano após ano, enfatiza Tânia Tozzi, analista de mercado da Rural Business. <br />Segundo a analista, "o dólar consome a maior parte da lucratividade do produtor e impede que este amplie suas margens de lucros, a fim de cobrir ao menos parte das imensas dívidas que carrega das últimas duas safras e conseguir planejar estratégias para crescer e suportar a nova fase baixista que certamente virá daqui a alguns anos". <br />Os produtores de soja de Mato Grosso, por exemplo, responsáveis por 26% da safra nacional da oleaginosa, já convivem em julho com a saca do grão, em dólar, valendo um dos mais altos preços da história, atingindo até este dia 25 uma média de US$ 15,38, valor superado apenas em abril de 2004. <br />Entretanto, enquanto em abril de 2004 o produtor embolsava 47,72 reais por cada saca comercializada, hoje consegue receber apenas 28,92 reais, amargando uma perda de 18,80 reais por saca de soja comercializada, apenas com a defasagem cambial. <br />Tozzi enfatiza que a situação não seria tão crítica se os custos de produção tivessem recuado na mesma proporção em que a moeda americana foi se defasando frente a brasileira. “Mas no campo a realidade é distinta, com os custos voltando a subir, deixando muito produtor preocupado em como conseguirá fechar as contas desta temporada 2006/07, caso a safrinha de milho ou outra cultura semeada na chamada segunda safra não atinja os níveis de produtividade esperados”. <br />Se levarmos em consideração o acumulado de 2007 (1º de janeiro a 25 de julho), vemos que o produtor mato-grossense opera com uma média de preços de US$ 13,26 a saca, superando o patamar registrado em todo o ano de 2004, de US$ 13. <br />Entretanto, a média atual de cotação do mercado físico mato-grossense, segundo os dados do IPAR (índice de Preços Rural Business), não passa de 26,79 reais por saca, mostrando uma desvalorização de 29,5% frente à média de 2004, de 38 reais. <br />Levando-se em consideração o volume de soja colhido este ano no Mato Grosso, de 15,27 milhões de toneladas, é possível dizer que hipoteticamente o produtor local está deixando de ganhar hoje mais de 2,85 bilhões de reais, apenas pela desvalorização do real frente ao dólar, que em 2004 atingiu média de 2,928 e hoje já opera com média de 2,024. <br />"Esta na hora do produtor se mobilizar, voltar às estradas e mostrar ao governo que alguma atitude drástica e rápida precisa ser tomada. Se o presidente Lula e sua equipe econômica acreditam que não pode se mexer o câmbio, que crie então mecanismos para minimizar os custos de produção e dar outras garantias ao produtor, pois do contrário em pouco tempo a produção de grãos ficara totalmente nas mãos das multinacionais e das grandes empresas que sabem bem o valor deste setor para o país", enfatiza a analista. <br />Para Tozzi, "o produtor rural não pode se acomodar e perder a oportunidade que o mercado internacional está lhe oferecendo, de preços históricos. Se nenhuma pressão maior for feita, exigindo das autoridades muito mais que uma renegociação de dívidas, a agricultura brasileira simplesmente ficará inviabilizada assim que as cotações começarem a cair no mercado externo". <br />A analista complementa: “o governo Lula continua dando melhoral infantil para um doente terminal. Se uma cirurgia não for feita rapidamente, a morte será lenta, mas certa!" Empurrar a dívida da classe produtora para frente, sem dar em troca a possibilidade desta se capitalizar, é querer apenas mostrar serviço e jogar uma bomba relógio no colo do próximo governo".
Crise agricola, estamos perdendo oportunidades valiosas... Caro João Batista, Repasso um texto que recebi agora e que são as palavras da minha boca. Segue o texto: <br />"Preços atingem níveis históricos, mas produtor não pode comemorar" - (Rural Business) – A falta de políticas para o setor rural brasileiro vem impossibilitando que os produtores nacionais aproveitem os preços históricos atingidos hoje pelas Bolsas internacionais, como forma de conseguirem se capitalizar e darem início a uma retomada de crescimento, deixando para trás a crise em que vêm sofrendo ano após ano, enfatiza Tânia Tozzi, analista de mercado da Rural Business. <br />Segundo a analista, "o dólar consome a maior parte da lucratividade do produtor e impede que este amplie suas margens de lucros, a fim de cobrir ao menos parte das imensas dívidas que carrega das últimas duas safras e conseguir planejar estratégias para crescer e suportar a nova fase baixista que certamente virá daqui a alguns anos". <br />Os produtores de soja de Mato Grosso, por exemplo, responsáveis por 26% da safra nacional da oleaginosa, já convivem em julho com a saca do grão, em dólar, valendo um dos mais altos preços da história, atingindo até este dia 25 uma média de US$ 15,38, valor superado apenas em abril de 2004. <br />Entretanto, enquanto em abril de 2004 o produtor embolsava 47,72 reais por cada saca comercializada, hoje consegue receber apenas 28,92 reais, amargando uma perda de 18,80 reais por saca de soja comercializada, apenas com a defasagem cambial. <br />Tozzi enfatiza que a situação não seria tão crítica se os custos de produção tivessem recuado na mesma proporção em que a moeda americana foi se defasando frente a brasileira. “Mas no campo a realidade é distinta, com os custos voltando a subir, deixando muito produtor preocupado em como conseguirá fechar as contas desta temporada 2006/07, caso a safrinha de milho ou outra cultura semeada na chamada segunda safra não atinja os níveis de produtividade esperados”. <br />Se levarmos em consideração o acumulado de 2007 (1º de janeiro a 25 de julho), vemos que o produtor mato-grossense opera com uma média de preços de US$ 13,26 a saca, superando o patamar registrado em todo o ano de 2004, de US$ 13. <br />Entretanto, a média atual de cotação do mercado físico mato-grossense, segundo os dados do IPAR (índice de Preços Rural Business), não passa de 26,79 reais por saca, mostrando uma desvalorização de 29,5% frente à média de 2004, de 38 reais. <br />Levando-se em consideração o volume de soja colhido este ano no Mato Grosso, de 15,27 milhões de toneladas, é possível dizer que hipoteticamente o produtor local está deixando de ganhar hoje mais de 2,85 bilhões de reais, apenas pela desvalorização do real frente ao dólar, que em 2004 atingiu média de 2,928 e hoje já opera com média de 2,024. <br />"Esta na hora do produtor se mobilizar, voltar às estradas e mostrar ao governo que alguma atitude drástica e rápida precisa ser tomada. Se o presidente Lula e sua equipe econômica acreditam que não pode se mexer o câmbio, que crie então mecanismos para minimizar os custos de produção e dar outras garantias ao produtor, pois do contrário em pouco tempo a produção de grãos ficara totalmente nas mãos das multinacionais e das grandes empresas que sabem bem o valor deste setor para o país", enfatiza a analista. <br />Para Tozzi, "o produtor rural não pode se acomodar e perder a oportunidade que o mercado internacional está lhe oferecendo, de preços históricos. Se nenhuma pressão maior for feita, exigindo das autoridades muito mais que uma renegociação de dívidas, a agricultura brasileira simplesmente ficará inviabilizada assim que as cotações começarem a cair no mercado externo". <br />A analista complementa: “o governo Lula continua dando melhoral infantil para um doente terminal. Se uma cirurgia não for feita rapidamente, a morte será lenta, mas certa!" Empurrar a dívida da classe produtora para frente, sem dar em troca a possibilidade desta se capitalizar, é querer apenas mostrar serviço e jogar uma bomba relógio no colo do próximo governo".