Fala Produtor

  • Mario Wolf Filho Curitiba - PR 24/12/2008 23:00

    Meu caro João Batista, que excelente presente que você nos deu neste Natal, com a brilhante entrevista que foi nos proporcionado pelo Sr. JOÃO CARLOS SAAD. Ele fez um raio-X de todos os problemas da nossa Agropecuaria com um conhecimento brilhante. Esta entrevista deve ser gravada em DVD e mandada para todos os Sindicatos Rurais do BRASIL, CNA e Federações dos Estados. E em especial para todos os setores do Governo que tenham alguma ligação com a AGROPECURIA. Com relação ao Forum proposto e ou Simposio, já sou companheiro para ajudar no que eu puder para a sua realização. Um grande 2009 a todos os AGROPECUARISTAS DESTE NOSSO BRASIL RURAL, CELEIRO DO MUNDO. Mario Wolf Filho Pres. do Sind. Rural de Nova Canaã, Norte de Mato Grosso.

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  • Maria Angela de Oliveira Prado piraju - SP 24/12/2008 23:00

    João Batista, gostei muito da entrevista com o diretor da Rede Bandeirantes e a sugestão de fazermos um forum, ANTES DA PRÓXIMA SAFRA. Sugiro começarmos por fazermos logo um forum estadual, devido às realidades diversas, e logo a seguir um forum nacional. E vc., como um lider da classe e da mídia rural, poderia começar a buscar adesões e ou organizar isso o quanto antes. Conte comigo para o que for necessário. Estou aqui para trabalhar voluntariamente pela causa. Um grande abraço,

    Maria Angela Prado

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  • José Miguel Duarte Raphaelli Tapes - RS 24/12/2008 23:00

    João Batista, muito boa a entrevista com Xico Graziano. Mas aqui no Sul, na área de arroz, a situação é um pouco diferente. Pequenos e médios agricultores não compram terras. O aumento na área plantada acontece devido aos franco-atiradores, que inflacionam os arrendamentos. Quem compra terra aqui são os latinfundiários, que recebem muita renda de seus arrendatários-escravos, e descarregam estas rendas na compra de mais terras, devido ao imposto de renda. Pequeno e médio produtor está virando escravo.

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  • Wilson Costa Rodrigues Urubic - SC 22/12/2008 23:00

    Aqui em Urubici, SC, estamos de novo com uma variação enorme do clima. Há menos de um mês escrevi comentando que estavamos com uma soma de 600 mm nos dois últimos meses (out. e nov.). Agora está se confirmando as previsões da Somar Meteorologia, de estiagem em nossos pomares de maça, só que um pouco adiantado. No mês de dezembro choveu pouco mais de 10 mm e nos últimos dias estamos convivendo com temperaturas muito altas, aprox. de 29 graus. Será que a seca prevista por voçês adiantou ou ainda sofreremos no mês janeiro com mais estiagem, transformando-se em seca? Att. Wilson Costa Rodrigues.

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  • José Carlos F. Pinheiro Iacanga - SP 22/12/2008 23:00

    João Batista, gostaria de saber de vcs. do canal Terraviva - ou dos reporteres da BAND que cobrem a área agricola - porque não há denúncia nenhuma sobre os carteis da laranja formado pelas industria de suco... Eles pagam pelo silencio ou é desinformação dos repórteres da area agricola??? Mais uma pergunta: por que nós não temos beneficios com o crédito agrícola (prorrogação ou renegociação)? Nós, citricultores, somos os mais atingidos pela politica do LULA. Portanto, só gostaria de entender.

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  • Marcos da Rosa Canarana - MT 22/12/2008 23:00

    Meus senhores, se acalmem. Quero entrar neste debate do endividamento comentando sobre a situação dos produtores matogrosenses, que devido a distancia dos portos sofrem com a falta de política agricola... Sr. Carlos Novaes, o egoísmo é o mal comum de todos nós brasileiros... Entre nós existem os grandes devedores -- que conseguem ter ganhos de maior escala devido realizar custos menores mas, também, acabam ficando com enorme endividamento quando enfrentam interrupção na produção prevista, que não se realiza. E existem os pequenos e médios produtores, que também em busca de sucesso e de uma vida mais sossegada, acabam endividando-se PROPORCIONALMENTE nas mesmas condições dos grandes.

    Neste momento não estamos dando conta de honrar nossos compromissos em função das políticas economicas praticadas pelos ultimos governos, principalmente o atual, que mudaram as regras quando o jogo da produção já estava no segundo tempo. Exemplo são os acontecimentos de 2004 até hoje, quando fizemos nossos custos em um dólar mais valorizado de que quando vendemos a produção. Ou, ainda, quando vendemos a safra futura para garantir pelo menos a permanencia na atividade, e recebemos preços menores de que os praticados pelo mercado, no momento na colheita. Ou seja, os preços máximos do mercado nunca são alcançados na momento da venda (vide o caso dos R$ 60,00/sc de soja). Deste modo, na maioria das vezes, neste periodo nunva conseguimos cobrir nossos custos. Daí, como consequencia, não conseguimos honrar nossos compromissos... Fora isso, tivemos que enfrentar juros altos práticados pelo mercado, que nos subtrairam 70% de nossas receitas. Por isso estamos há quatro anos sem progredir, ou melhor, perdendo capital. Enquanto isso continuamos teimando em produzir alimentos, repassando nosso sacrificio, nossa renda e nosso capital para toda a sociedade. Sem falar que exportamos produtos ïn natura, dando lucros para nossos importadores. E o governo Lula mantém-se feliz da vida com tudo isto, pois está dando comida barata (com nosso trabalho e impostos), para seus eleitores,enquanto nós, produtores, ficamos debatendo para saber quem é "malandro"... Ora, malandros existem em todas as atividades. Por isso em digo: vamos abandonar as picuinhas, e construir um País mais justo, valorizando o que temos de bom, e defendendo a produção.... ou então, os grandes grupos de investidores vão tomaram conta do campo com capital estrangeiro. Pensem nisso...

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  • Paulo Mano Juara - MT 22/12/2008 23:00

    JB., vou usar essse espaço para desejar boas festas e bom ano novo p vc e toda sua equipe..., sei do compromisso de vcs com o agronegócio e com o verdadeiro produtor rural, portanto divergências de opinioes sempre existem, e sao importantes no mundo democratico... Espero que em 2009 vc possa nos passar otimas noticias...um abraço. Paulo Mano, Juara, MT

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  • Jove Sebastião Ferreira Goiânia - GO 22/12/2008 23:00

    João Batista, pelo que vejo este senhor Carlos Novaes esta querendo polemizar [aparecer]. Todo cidadão de bem, e ainda mais se for realmente agricultor, tem nome, endereço, c.p.f., RG e inscrição de produtor e demais documentos que comprovem ser mesmo agropecuárista em atividade. Por isso João Batista sugiro a você que institua uma comissão de 3 agricultores, entre os quais me disponho a fazer parte, para conhecer pessoalmente o sr. Novaes, como tambem sua fazenda, suas referêcias, vizinhos e sua conduta exemplar em sua cidade; certamente terá muito de bom pra nos ensinar e como tambem convida-lo, a ele e a mais 3 para nos visitar e saber o que somos, o que fomos. Com certeza aqui em Goiás o receberemos com muita hospitalidade e cortesia que deferimos aos companheiros agricultores...Pois aqui todos, ou quase todos agricultores são agricultores e, ao mesmo tempo, pecuaristas (para o melhor e racional aproveitamento das propriedades, de acordo com a aptidão da mesma). João Batista, um pecuarista é conhecido só pela forma de passar dentro de um curral, pois ja ouve caso de "pecuarista" que muito palpitava em todas reuniões que participava, mas ao chegar em um curral disse "que bonitinho esse cavalo de "CHIFRES!!". Mas com certeza não é o caso do senhor Novaes, pois com certeza ele é exímio no manejo e na lida diária do seu rebanho... Por isso reforço a sugestão para que venha nos visitar e tambem convidar a nossos companheiros pARA que o visitemos, pois somente com esse intercâmbio poremos fim a essa polêmica.

    Um tríplice e fraternal abraço para você, João Batista, e um Feliz Natal a todos agricultores de boa fé de todo Brasil.

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  • Waldir Sversutti Maringá - PR 22/12/2008 23:00

    Etanol de cana / Trio Elétrico / Aquecimento global.

    Apesar da baixa do preço do petróleo, para menos de US$ 40 dólares por barril, minha certeza, da grande importância para o presente e o futuro do etanol brasileiro, inclusive o biodiesel, é tão grande que me faz pensar na letra de uma antiga marchinha carnavalesca, para reanimar nossos produtores desses dois combustíveis, diante do cenário atual, certamente preocupante e desanimador para eles.

    “ atrás do trio elétrico, só não vai quem já morreu “

    ( Behind the trio electric not only will those who have died )

    Então ela ficaria assim: Atrás dos nossos combustíveis renováveis só não vai quem já morreu. E acrescentar: O país que não correr atrás, “sifu “ ( se o presidente falou !!! )

    Dia 21 li um artigo da Miriam Leitão, postado neste site, relatando as providencias do futuro governo Obama nessa direção. Ontem, em visita ao Brasil, felizmente o presidente da França também anunciou as primeiras providencias de seu país, certamente com as mesmas preocupações do próximo presidente americano, a de contribuir para diminuir o aquecimento global. Resultado: 2 a 0. Falta o Japão !

    A troca gradativa dos combustíveis fósseis (petróleo e carvão) se impõe a eles como um dever irreversível e irrecusável, para ajudar a combater o aquecimento global. Sabemos que na Europa existem vários países bem mais adiantados que o Brasil na produção de biodiesel, tais como Alemanha (12%), Inglaterra e Itália (10%) e outros com menores índices, mas na escala que está o Brasil, com a mistura do etanol de cana na gasolina, não tem ninguém. Olhando pelo retrovisor é só poeira. E é engraçado que ainda estejam tagarelando como se não tivessem que entrar na fila para importar nosso álcool, pois continuam fazendo charminho mantendo taxas alfandegárias absurdas, uma graça !.

    Quando surgem notícias de desmatamento na Amazônia, os moderninhos ambientalistas dos EUA e UE, logo provocam uma frisson tremenda nos daqui, especialmente naqueles que estão no governo, quando ficam em transe um tempão provocando estragos nos produtores brasileiros. Mas com certeza não estão fazendo o dever de casa, provocando o mesmo barulho para cima de seus governos no sentido de apressarem a troca gradativa dos combustíveis fósseis pelos combustíveis renováveis, seara onde o Brasil vem nadando de braçadas à frente deles.

    Os ambientalistas tupiniquins, tem um serviço urgente a fazer, ou seja, redirecionarem seus canhões, começando a dar de dedo em seus colegas do exterior, para que seus paises se apressem na adição compulsória de um percentual de etanol na gasolina que usam, e que extingam suas barreiras alfandegárias o mais urgente possível. E mais, quando surgirem babacas escrevendo que isso provocará a falta de alimentos no mundo, peçam para baixarem em outro centro, outro terreiro, pois aqui temos alimentos sobrando !

    waldirsversutti.spaces.live.com

    waldirsversutti.blogspot.com

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  • Carlos Novaes São Joaquim da Barra - SP 22/12/2008 23:00

    CHAMO DE MALANDRO OS GRANDES DEVEDORES QUE DIFICULTAM A VIDA DOS MEDIOS E PEQUENOS(Por favor leiam meus e-mails com calma e tomem cuidado com o João B. que não esta explicando direito o que disse só fala a parte que dá ibope). Ve se não tem que desanimar: Faço 4 perguntas ninguém responde nada com nada, ficam me atacando feito criança e ainda para acabar com tudo não entenderam nada.

    COBREM OS GRANDES DEVEDORES JÁ.

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  • Silvio Marcos Altrão Nisizaki Coromandel - MG 21/12/2008 23:00

    Sr. Carlos Novaes, sou produtor de café aqui no Triangulo Mineiro, tenho 33 hc de café, altamente tecnificado, produção média de 40 scs/ha, 2 funcionários que trabalham conosco há 22 anos, e estou abandonando a atividade.

    Sei que cada atividade tem seus problemas, e não estou aqui para dizer que a pecuária seja mais facil do que a cafeicultura, sei que vcs também enfrentam grandes problemas.

    Só gostaria de dizer e explicar que não sou nenhum malandro, assim como muitos amigos que aqui estão nesta atividade.

    E para adiantar, aqui vai o significado da palavra malandro:

    Malandro é o cara que sabe das coisas

    Malandro é aquele que sabe o que quer

    Malandro é o cara que ta com dinheiro

    E não se compara com um Zé Mané

    Malandro de fato é um cara maneiro

    E não se amarra em uma só mulher."

    1- Olha não sabemos das coisas não, também como saber? Um belo dia o governo nos apóia em plantar café aqui no cerrado, pois os cafesais da alta paulista estavam condenados pela nematóide, e o Brasil necessitava de uma nova fronteira para a cafeicultura. Aqui estamos nós, os idiótas que poderiam ter feito como o senhor, ficado em nossa região e arrancado o café e demitindo nossos empregados.Alias, aqui emprego em 33 ha de café uma média de 40 empregados durante o ano, qts o sr emprega??????

    2- Nesse itém, onde o malandro é aquele que sabe o que quer, ai sim posso me considerar um malandro. Eu, e muitos outros amigos aqui queremos apenas que o nosso produto (café) tenha preço, e possamos pagar nossas contas. Não sei se o Sr. tem consciencia, mas a cafeicultura está em crise há mais de 14 anos, e não tivemos anos bons como a soja, milho, boi, para podermos reservar gordura. Estamos trabalhando no vermelho há mais de 14 anos.

    Entendo também que não é culpa do governo o fato do preço do café estar onde esta, mas é culpa sim por não controlar o preço dos insumos; não modernizar as leis trabalhista. Por falar nisso o Sr. tem funcionários registrados??? se tiver, sabe do que estou falando. Aqui registramos na epoca da colheita, pagamos médicos, contador, carteira etc, e o empregado trabalha dois dias e some....

    Nesse quisito sou malandro como qualquer homem de bem deste país, pois sei o que quero, quero pagar minhas contas. Sei também que não quero ser como este senhor de mais de 80 anos que vc viu ai no banco de sua cidade pagando uma conta para não deixar o nome sujo. Quero lutar para que cada produtor deste Pais não precise estar indo a banco nenhum pagar dividas, pois nesta idade é mais que merecido o descanso pelos tantos anos prestados a este Pais. E se não começarmos a lutar por isso, garanto que não seremos nós com 80 anos que estaremos pagando as contas, mas sim os nossos filhos, netos e que sabe bisnetos.

    3- Malandro é aquele que está com dinheiro: Bom, aqui se algum dos meus amigos cafeicultores estiverem com dinheiro, e preferem passar por toda esta humilhação que passamos nos bancos, cooperativas, vou chama-los de burros e não de malandros.

    Ai em sua cidade eu não sei, mas se quiser vir ate aqui e perguntar aos nossos gerentes de bancos e cooperativas sobre os cafeicultores que estão endividados, eles sem sombra de duvida dirão que são pessoas honestas e não deram conta de quitar seus compromissos.

    Hoje se tivesse dinheiro, com certeza seria malandro, pois venderia minha fazenda, pagaria minhas contas, mandaria meus funcionários embora, compraria uma casa próximo a uma represa no sul de minas, plantaria menos café (um vicio que corre nas veias, fazer o que???), não daria emprego para ninguem, e viveria minha vida.

    4- Não vou me comparar a um zé mané, também nem sei o que é isso. Acho que o zé mané é aquele que não corre riscos na vida. E nunca serei um Zé mané, pois: " É muito melhor correr riscos, sujeito a vitória ou a derrota do que ficar na fila daqueles que vivem na penumbra cinzenta da improdutividade, ou que se acham os unicos capazes de fazer a diferença.

    5- Sim, não somos malandros pois nos amarramos em uma só mulher, pelo menos os cafeicultores que conheço, pois todos são casados e além de suas esposas possuem também as filhas, netas, sobrinhas ....

    O Sr. que é pecuarista ainda tem o privilégio de se amarrar as vacas tbm, ETA MALANDRO BOM

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  • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR 21/12/2008 23:00

    Este Carlos Novaes ainda está falando? João, coloque aí no site aquele comparativo de preços dos produtos agrícolas e dos insumos, do começo do Plano Real até agora. A resposta para os Carlos da vida está lá. Ele que é um gênio da pecuária brasileira vai entender rapidinho.

    Só pra lembrar quem pensa como ele. O risco de uma lavoura é de 100%. Até no dia da colheita pode-se perder tudo. O risco da pecuária é de no máximo 5%. O animal pode morrer de uma doença, raio, quebrar uma perna. Mas os fatores envolvidos são na sua maioria controláveis pelo produtor. Eu também sou pecuarista e agricultor.

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  • Cupertino Fontolan Presidente Prudente - SP 21/12/2008 23:00

    Texto sobre a Crise Mundial

    Texto do Neto, diretor de criação e sócio da Bullet, sobre a crise mundial.

    "Vou fazer um slideshow para você.

    Está preparado?

    É comum, você já viu essas imagens antes.

    Quem sabe até já se acostumou com elas.

    Começa com aquelas crianças famintas da África.

    Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.

    Aquelas com moscas nos olhos.

    Os slides se sucedem.

    Êxodos de populações inteiras.

    Gente faminta.

    Gente pobre.

    Gente sem futuro.

    Durante décadas, vimos essas imagens.

    No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.

    Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.

    São imagens de miséria que comovem.

    São imagens que criam plataformas de governo.

    Criam ONGs.

    Criam entidades.

    Criam movimentos sociais.

    A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza.

    Ano após ano, discutiu-se o que fazer.

    Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.

    Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.

    Resolver, capicce?

    Extinguir.

    Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.

    Não sei como calcularam este número.

    Mas digamos que esteja subestimado.

    Digamos que seja o dobro.

    Ou o triplo.

    Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.

    Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.

    Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.

    Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia. Bancos e investidores.

    Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar.

    Se quiser, repasse, se não, o que importa?

    O nosso almoço tá garantido mesmo...

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  • antonio padovan Ribeirão Preto - SP 21/12/2008 23:00

    Renegociação da dívida agrícola intensificará transferência de recursos ao agronegócio 30-Mai-2008

    Entrevista com o professor do departamento de geografia da USP Ariovaldo Umbelino sobre o novo pacote anunciado pelo governo para a renegociação da dívida do setor agrícola nacional. Gabriel Brito e Valéria Nader.

    Por Gabriel Brito e Valéria Nader

    Na semana em que o governo federal anunciou um pacote recorde de renegociação da dívida do setor agrícola nacional, no valor total de 75 bilhões de reais, muito se proclamou que tais medidas, viabilizadas pela assinatura da Medida Provisória 432, dariam novo fôlego ao setor e permitiriam ao país superar sua crise na produção, além da realização de novos investimentos na área.

    No entanto, em entrevista ao Correio da Cidadania, o professor do departamento de geografia da USP Ariovaldo Umbelino considera que todas as medidas servem apenas para refinanciar os grandes produtores, pois são estes os verdadeiros grandes portadores da dívida, já que os pequenos são responsáveis por no máximo 5% dos débitos renegociados. Além do mais, de acordo com Umbelino, a própria medida em si atesta a incapacidade do agronegócio brasileiro em se sustentar de forma competitiva sem subsídios governamentais, como ocorre nos países desenvolvidos.

    Correio da Cidadania: Como você avalia a renegociação da dívida agrícola proposta pelo governo, através da Medida Provisória 432?

    Ariovaldo Umbelino: Antes de qualquer coisa, devemos entender estruturalmente essa questão da dívida rural brasileira.

    Não é a primeira vez que acontece isso. A primeira grande renegociação foi em 1996. Depois, foi repetida em 2000, quando o Fernando Henrique fez a securitização de parte dessas dívidas, e em 2003 e 2004, quando outras negociações também se realizaram.

    Todas elas revelam que, na realidade, a agricultura capitalista, dentro do bojo das políticas neoliberais, não tem nenhuma possibilidade de se desenvolver e se realizar sem subsídio público ou governamental.

    O que a renegociação mostra é exatamente a falência da política neoliberal voltada à agricultura. Em todos os países desenvolvidos do mundo - EUA, Japão, os europeus -, a agricultura é fortemente subsidiada, pois, de uma maneira geral, os preços agrícolas até esse ano sempre foram descendentes em relação aos produtos industriais consumidos pela agricultura, sempre ascendentes por sua vez.

    Na verdade, esse papel da agricultura como produtora de alimento barato para os trabalhadores - que de preferência precisam receber salários baixos a fim de permitir altos lucros aos empreendedores em geral - revela a necessidade do subsídio público. Esse é o primeiro ponto a ser destacado.

    O segundo é que vai por água abaixo aquela máxima do agronegócio brasileiro, a de que eles são competitivos e capazes de competir com a produção agrícola de qualquer outro lugar do mundo. No entanto, a verdade é que a agricultura brasileira, de forma indireta e através desta renegociação, revela que também é subsidiada. É evidente que nesse bojo entram os grandes, mas também fazem parte os médios e pequenos produtores, sobretudo aqueles provenientes da reforma agrária.

    Portanto, a renegociação revela esse lado da crise e sinaliza que daqui a quatro, cinco anos ela terá de ser feita novamente. Os pequenos não têm como fazê-lo e os grandes simplesmente se habituaram a não pagar, pois sabem que o governo cede e que possuem uma forte base parlamentar de pressão, que obviamente é posta a reivindicar tais tipos de renegociação.

    CC: No atual momento, em que o país se beneficia, ao menos economicamente, do mercado de commodities, essa renegociação não é inoportuna?

    AU: Os capitalistas nunca querem pagar nada ao Estado. Nem imposto, nem empréstimos, nada. Então, essa postura ‘anti-pagamento’ é comum entre os setores das elites brasileiras, que sempre transferiram à União os custos de seus investimentos. A base do enriquecimento das elites sempre se fez na apropriação do fundo público, como muito bem

    estudou o professor Chico de Oliveira. Sendo assim, é uma prática cotidiana do setor empresarial brasileiro, sobretudo dos que são ligados à agricultura. Esse é o principal ponto que enxergo.

    De qualquer forma, se olharmos a MP 432 que o governo encaminhou ao Congresso e que já foi aprovada pela Câmara dos deputados e pelo Senado, poderemos conferir que, na parte que trata dos objetivos da lei, eles justificam que haverá redução dos encargos por inadimplência incidentes em prestações vencidas e não pagas.

    Veja só. Eles não pagam e o governo ainda reduz o imposto, que tem a ver com os juros sobre essa dívida não paga e que não pertence somente aos devedores das parcelas futuras. Há ainda a concessão de prazo adicional, redução das taxas de juros das operações e concessões de desconto para liquidação de dívidas. Ou seja, reduzem os encargos, os juros e ainda dão desconto para pagarem.

    Portanto, trata-se de uma ação que fortalecerá o caixa do agronegócio. Por exemplo, um dos descontos, esse para liquidação de dívidas que vencem em 2008, 2009 ou 2010: se aqueles que devem mais de 200 mil reais pagam o débito em 2008, a dívida sofre 15% de desconto. E, como se não bastasse, depois há a bonificação, que pode chegar a 35% de desconto sobre o que deve ser pago mais um bônus de 6.000 reais.

    Quer dizer, há um conjunto de ações que representam transferência de recursos públicos para o caixa do agronegócio.

    CC: Pudemos ver que a mídia e o governo têm ressaltado que essa medida beneficiaria 1,8 milhão de pequenos produtores. O que você diria sobre isso?

    AU: Pois é, esse 1,8 milhão de contratos de pequenos produtores na realidade envolvem um total de apenas 3 bilhões de reais da dívida. Ou seja, a verdade é que os pequenos são os únicos que pagam, os mais adimplentes. E o número de pequenos produtores inadimplentes gira entre 3% e 5%. Portanto, a dívida não é dos pequenos. Estes sempre são utilizados como bode expiatório para refinanciarem e perdoarem as dívidas dos grandes.

    O que de fato está em jogo é a enorme diferença entre os 73 bilhões de reais em dívida que pertencem aos grandes e médios produtores e os 3 bilhões que pertencem aos pequenos.

    CC: Ressalta-se ainda o aspecto de que a renegociação vai incidir no combate à crise dos alimentos.

    AU: É curioso, pois até agora o governo dizia que o Brasil não passava por crise de alimentos, que estava imune. Porém, a MP evoca exatamente o cenário de crise nacional, e que, então, o refinanciamento da dívida seria uma contribuição.

    Há ainda um terceiro objetivo, que diz: "o esforço do governo federal, além de visar a recuperação da renda agrícola e o retorno de recursos públicos esterilizados e onerosos para o novo período, pode ser entendido no campo das relações internacionais como contribuição da sociedade brasileira no sentido de ampliar a oferta mundial de alimentos".

    Quer dizer, o povo brasileiro paga para que o mundo tenha comida mais barata. É o fim da picada.

    CC: Mas existiria algum mínimo benefício no controle da crise interna?

    AU: Na realidade não vai mudar absolutamente nada. Aprovadas as medidas, os produtores vão aos bancos aos quais devem e repactuam tudo. O que acontece com eles? Hoje, são inadimplentes; com a repactuação, tornam-se adimplentes. Ou seja, saem da condição de devedores e ainda estão livres para fazerem novas dívidas, pois é isso que acontecerá. Farão novos empréstimos e não pagarão, como fizeram em todos os casos anteriores, já que sempre dizem estar sem condições. A rigor, nada mudará.

    ESPERO QUE LEIAM ESTA ENTREVISTA,PROVA QUE CARLOS NOVAES ESTA CERTO.

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  • antonio padovan Ribeirão Preto - SP 21/12/2008 23:00

    PELA COBRANÇA DOS 10% DOS MAIORES DEVEDORES JÁ. Pelo amor de Deus João Batista, leia o recado do senhor Carlos Novaes, ele esta tentando abrir os olhos dos produtores. Precisamos de mais gente combatendo e lutando. Até agora não teve uma resposta que preste porque ele esta certo. Eu estou com ele e sou produtor de soja e milho já fiz muita burrada e estou tentando melhorar.

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