Fala Produtor

  • Jurandir Alexandre Lamb Cascavel - PR 02/04/2009 00:00

    João Batista, por aqui temos a falta de chuva... em uma area mais retirada da sede da propriedade não chove desde o dia 1 de março, e tenho feijaão, quero dizer plantei, porque depois de 32 dias sem chuva o que sobra é só prejuizo, e COMO SE ISSO NAO BASTASSE E ESSE MERCADO QUE SÓ TEM ESPECULADOR, QUE SÓ FERRA O SETOR PRODUTIVO NAO SO NO BRASIL E SIM MUNDIAL..., ESPERO QUE A REUNIAO DO G-20 DÊ RETORNO LOGO, PRINCIPALMENTE QUANTO ÀS NOVAS REGRAS DE MERCADO -- PRINCIPALMENTE SOBRE "OS ESPECULADORES E OS BANCOS "QUE QUÃO GANANCIOSOS SÃO, GERARAM ESSA CRISE ...

    E O PROBLEMA DE ALGUMAS PESSOAS, A GANANCIA NAO SO DESTROI A SI PROPRIO COMO DESTROI UMA ECONOMIA MUNDIAL...

    QUANTAS PESSOAS ESTAO POR TRAS DA ESPECULACAO DE MERCADO... GARANTO QUE MENOS DE 5% EM RELACAO A CLASSE QUE REALMENTE TRABALHA COM MAOS CALEJADAS, PRODUZINDO ALIMENTO PARA AS PESSOAS E AINDA SER CHAMADO DE DESTRUIDOR DA NATUREZA, RESPONSAVEL PELO AUMENTO DO AQUECIMENTO GLOBAL, SERA ? E ESSE POVO DA CIDADE QUE NAO ANDA UMA QUADRA A PE , SEMPRE DE CARRO , E OUTRA QDO VIAJAM PELO MUNDO A FORA SERA QUE TUDO QUE E LIXO VAI PARA O LIXO???

    NOS PRODUTORES SABEMOS O QUE E PRESERVAR, POIS SE NAO SOUBESSEMOS SERA QUE, QDO TEM A CAMPANHA PARA RECOLHER EMBALAGEM DE AGROTOXICO,A CADA ANO TODOS SE SURPREENDEM POIS CADA VEZ MAIS SE RECOLHE ???

    E ISSO AI ESSE E O PRECO PELA DESUNIAO DA CLASSE PRODUTORA DO BRASIL, O DIA QUE ELA TIVER DEZ POR CENTO DA ORGANIZAÇAO DO MST OU VIA CAMPESINA, COM CERTEZA O GOVERNO E TODO MERCADO INTERNO IRA TREMER E IRA TREMER DE VERDADE, POIS O CELEIRO DO MUNDO E AKI .

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  • Telmo Heinen Formosa - GO 02/04/2009 00:00

    Dólares você só pode gastar onde eles tem valor [Telmo Heinen]... G-20, em 02/04/2009 – Burrice não é defeito, ignorância sim. Ignorante não é aquele que não sabe das coisas mas sim aquele que não sabe o que deveria saber. Diante da possibilidade, quem sabe necessidade de aumentar a sua contribuição ao FMI, hipótese logo convertida em simbolismo pelo nosso “G-51” [bobo da corte], o Brasil ouviu criticas de norte a sul.

    Os críticos asseveram todos de que o Brasil é muito carente, especialmente em infraestrutura e portanto é [seria] descabido “emprestar” dinheiro ao FMI. Para mim estas pessoas manifestam ignorância sobre o assunto. Dólares você só pode gastar onde eles tem valor... Amontoados nos porões do Banco Central em Brasília eles não tem valor algum.

    Por outro lado, “Lula é o cara – conforme o Obama" Amigos, eu não sei se a IGNORANCIA é uma bênção ou uma MALDIÇÃO. A fina ironia do OBAMA, ao chamar Lula até de "boa pinta"- coisa que sabemos ELE NÃO SER, ainda assim, é incompreendida pelos PeTralhas. Eles pensam que isto foi um ELOGIO. Com a ignorância que eles tem, vão pensar que Obama estava falando sério. "É porque ele é boa pinta". Coisa fofa...

    Globalização é isso. Americano, na companhia de um australiano, fazendo humor inglês, gozando da cara de um brasileiro. É muito irônico ver o representante do nosso país sendo caçoado por todos os líderes mundiais e pior, não entender uma palavra do que eles estavam falando...

    É a mesma coisa quando eu vou ao barzinho lá perto de casa e digo, "essa é a melhor bodega do mundo". Quando eu acabo de encher o copo de coca, já tem três moscas em cima da boca do copo disputando os elogios com o bodegueiro... estou iludindo a mim mesmo!

    Entretanto a critica ao fato de “emprestar” dinheiro ao FMI, do mesmo modo como em anos passados foi saldado nosso débito por lá, querendo que fosse utilizado em qualquer coisa aqui no Brasil, eu não aceito. Uma conta feita em maçãs pode ser paga com laranjas?

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  • Jose Ronaldo Canedo Teixeira Rio Casca - MG 02/04/2009 00:00

    João Batista, a sociedade, incluindo ai os ambientalistas, pagam por sua comida, roupas, carros, suas viagens de ferias... a tudo isso dão valor. Agora, quanto eles pagam pelas matas? NADA!!! Já não está na hora deles darem algum valor para as matas?

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  • Darci Heinrich Vila Rica - MT 02/04/2009 00:00

    Na condição de presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Vila Rica - MT e representante dos produtores rurais e os credores do Frigorífico 4 Marcos de nossa cidade, gostaria de informar que estaremos realizando nos dias 05 e 06 de abril (domingo e segunda próximos) uma manifestação quando provocaremos a interrupção do abate da planta frigorífica local. Com isso os credores (pecuaristas) querem demonstrar sua revolta com a falta de respeito à classe por não receberem seus créditos sobre o produto vendido. Será uma manifestação pacífica, mas que demonstra a revolta da classe.

    Nosso intuito com esta mensagem é dar conhecimento nacional à nossa manifestação, e contamos com a competência deste site e do canal Terraviva, órgãos da imprensa que dão voz ao produtor rural. Estamos produzindo material sobre a nossa situação e divulgação de uma reportagem para conhecimento da sociedade brasileira. Desde já agradecemos o apoio e colaboração.

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  • casiano ruckhaber paraguay - RN 02/04/2009 00:00

    O meu amigo João Batista precisa falar do preço do trigo, porque ele não sobe???... estou com meu trigo no silo e nao passa de 160 dolares a ton. Não consigo pagar o custo se vender a esse preço..., será que vai subir???, abraços... Santa Rita, Paraguai (PY), sempre en sintonia con o seu programa...

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  • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR 01/04/2009 00:00

    Safrinha no Paraná perde produtividade a cada dia que se passa sem chuvas. Já se perdeu 15%, sem dúvida. Há relatos de lavouras perdidas no extremo oeste paranaense. João Batista, cadê os consultores e futurólogos que diziam que a soja ia desabar com o relatório do USDA?? Vai ser engraçado ouvir suas desculpas.

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  • Climaco Cézar de Souza Taguatinga - DF 01/04/2009 00:00

    Amigos do Notícias Agrícolas e amigos da avicultura. De tanto brigarmos, inclusive no site Noticas Agricolas, já estamos conseguindo algumas importantes vitórias no tocante à necessaria manutenção ou ampliação dos limites de créditos por imposição do BACEN e que agora vê que precisa voltar atrás. As maiores dificuldades atuais do agronegócio não são recursos e nem linhas de crédito, mas as reduções dos limites de créditos das agroindustrias como o BACEN admite e, agora, condena.

    Pena que nenhum politicio disse que este foi o primeiro e constante pleito da avicultura, por nós assessorada. Penso que tal noticia deveria ser enviada, imediatamente, para todos os associados da UBA e da ABEF.

    Veja a notícia:

    BC avalia medida que preserva status de risco de produtor

    O Banco Central avalia transformar em uma regra obrigatória a

    resolução que orienta as instituições financeiras a manter, e não a

    rebaixar automaticamente, a classificação de risco das operações de

    crédito rural renegociadas por iniciativa do governo.

    A medida pode elevar a oferta de crédito bancário ao setor, já que

    haveria menos necessidade de manter grandes reservas contra riscos de

    calotes dos produtores nos bancos. "Vamos ver se o Banco Central tem

    poder de obrigar", afirmou ontem, em audiência pública no Senado, o

    diretor de Liquidação e Desestatização do BC, Antonio Gustavo Matos do

    Vale.

    As principais lideranças ruralistas afirmam que a medida do BC seria

    mais importante do que uma eventual elevação do volume de crédito para

    a safra 2009/10. "Não me preocupo com crédito, mas com as condições de

    adimplência porque 60% dos produtores não têm como tomar empréstimos

    novos", disse a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária

    (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO). A confederação dos trabalhadores

    (Contag) também concorda: "Mais do que crédito, precisamos de preços e

    juros baixos", disse o secretário de Finanças, Juraci Souto.

    Os bancos têm rebaixado de forma automática o risco de crédito dos

    clientes que renegociam suas dívidas. As instituições alegam que a

    Resolução nº 2682 do BC traz essa indicação. Aos senadores da Comissão

    de Agricultura, o diretor do BC informou que uma resolução posterior

    (nº 3499) já havia incluído as operações de crédito rural na

    orientação geral para evitar o rebaixamento do riscos individuais.

    "Essa resolução diz claramente que estão incluídas as operações de

    crédito rural. Sem dúvida nenhuma, era essa a intenção", disse Matos

    do Vale.

    Na audiência, marcada pela baixa participação de senadores, os

    representantes do setor rural lançaram as bases de uma proposta para

    uma nova renegociação das dívidas rurais. "Todo mês o Conselho

    Monetário Nacional aprova sete ou oito votos para prorrogar algumas

    dívidas e não tem adiantado", reclamou a senadora. "Não é discurso de

    oposição, de ataque ao governo, mas não há mais o que fazer". A

    presidente da CNA lembrou que o setor passou por três safras (2003 a

    2006) com câmbio descasado entre os momentos de plantio e colheita,

    além dos efeitos climáticos negativos em lavouras do Sul do país. E

    pediu aos colegas: "Temos que paralisar a votação, obstruir a pauta e

    resolver a situação."

    Para reforçar a tese da urgência de medidas de socorro do governo ao

    setor, o economista e professor Guilherme Leite Dias, agora também

    consultor da CNA, fez previsões alarmantes sobre as dificuldades da

    agropecuária nos próximos meses. Em audiências no Senado e na Câmara

    dos Deputados, Dias afirmou que o setor entra na crise financeira

    global fragilizado pela elevação da inadimplência nos últimos três

    anos e comprometido pela falta de capital de giro, derivada da perda

    de poder de compra e da produtividade em baixa na atual safra.

    A inadimplência nos bancos fechou em 12% no ano passado, mas deve

    ultrapassar 15% antes da safra de verão, segundo Dias. "Não faz

    sentido bater recordes de produção sem oferta de crédito. Não é bom

    negócio produzir mais, sobretudo para a exportação", afirmou. "Isso

    porque a demanda mundial está em baixa, o nível de atividade dos

    países emergentes deve declinar muito nos próximos seis meses e os

    preços podem derreter ao longo do ano", disse.

    Espécie de "guru econômico" no setor, Dias afirmou que se os

    produtores do Hemisfério Norte plantarem "um pouco mais", o Brasil

    enfrentará um "cenário ruim" no segundo semestre deste ano. "O câmbio

    é confortável, com tendência de alta, mesmo com preços de commodities

    em baixa. Mas as tradings estão em situação de risco, a renda desaba

    no mundo e a Rússia e a China [principais compradores do agronegócio

    nacional] reduziram preços e demanda", disse. Para ele, "não tem

    sentido dizer que todos devem pagar agora" suas dívidas. "É preciso

    acenar aos bancos que vamos pensar numa saída, que vem um tipo de

    renegociação para criar horizontes".

    Fonte: Valor Econômico

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  • Mário Sérgio Cardim Neto São Paulo - SP 01/04/2009 00:00

    Prós e contras dos 2 governos de Lula.

    O governo Lula I, que tomou posse em 1/1/2003, começou acertando: manteve a política econômica de Fernando Henrique, ortodoxa e conservadora. O receio de que fosse fazer o inverso, quebrar os contratos de privatização, colocar o PT no Banco Central, felizmente não se materializou, mas elevou a cotação do dólar a quatro reais. Por quê? Curiosamente, foi o medo antecipado de Lula que produziu um efeito positivo, gerou o arranque das exportações brasileiras e impulsionou a balança comercial.

    Logo em seguida, contudo, aparece Jefferson e desnuda a corrupção deslavada do partido e aliados, inclusive a dele, com o escândalo do mensalão, Delúbio, demissão de José Dirceu, Banco Rural, Duda Mendonça, etc. A máquina partidária se revelou e mostrou o seu objetivo claro, perpetuar-se no poder e para isso providenciar o dinheiro necessário.

    No campo social, Lula, com sua sensibilidade política, avança como a Bolsa Família (que fora criado por FHC), dando suporte aos pobres, especialmente do nordeste. Isto asseguraria sua reeleição.

    Graças aos elevados saldos comerciais, que no período 2006-2007 atingiram mais de quarenta bilhões de dólares por ano, as reservas cambiais crescem e o ufanismo econômico dispara, enviesando as análises. Nisso, os economistas do sistema financeiro colaboraram, já que suas analises sempre são embaladas pelos ganhos elevados dos bancos e pela disparada das ações na Bovespa.

    Contudo, desde 2005, os sinais da crise se avolumavam, especialmente nos Estados Unidos, mas também na Europa. Em meados de 2007, as principais bolsas mundiais reverteram suas tendências de subida. Mas essa reversão só acontece no Brasil um ano depois, muito tarde. Não seria o caso, desde 2007, se ter iniciado uma política preventiva, cuidando do real excessivamente valorizado? O Banco Central alega que cuida apenas da inflação; o Ministério da Fazenda (que deveria ser o inexistente Ministério da Economia) nada fez para impedir que milhares de pequenas e médias empresas deixassem de exportar devido ao câmbio. Se corrigíssemos a cotação do real pelo índice da Fundação Getúlio Vargas, a partir de julho de 1994, quando equivalia a um dólar, chegaríamos a quatro reais e cinqüenta centavos! Como exportar a R$ 1,55, cotação de meados de 2008?

    Em 2008 tivemos o ano do desnudamento do sucesso econômico. Mas o ufanismo e o marketing político o encobrem em boa parte. É a hora da marolinha, da previsão de crescimento de quatro por cento para 2009. E do PAC, e de sua ministra, com a nova face remodelada. Os vinte e oito bilhões negativos no balanço de pagamentos em 2008 atestam o descuido com a excessiva valorização do câmbio, e com a exagerada confiança no câmbio flutuante. Por que a China se recusa adotá-lo?

    A poupança brasileira gerada pelo governo está minguada: na prática, o governo tem apenas despesas. Hoje são 27 ministérios (no passado, com Collor, foram 16) e mais 8 ministros, 35 no total, além de 5 secretarias. A máquina pública inchou, consumindo todos recursos arrecadados, embora estes estiveram crescendo continuamente até 2008. Como ficamos em 2009?

    A taxa selic fecha o raciocínio. Iniciou agora sua descida. O efeito dela só será sentido seis a dez meses à frente. O Banco Central tinha, com seus doutores em economia, todos os sinais para baixá-la no início de 2008. Não o fez. O sistema financeiro, que carrega os títulos públicos, agradece.

    A corrupção, a bandidagem, os tiroteios nas bordas das favelas, a má qualidade do ensino público, os assaltos contínuos, os seqüestros, onde isso tudo vai parar? O tecido social brasileiro, especialmente nas grandes cidades, está esgarçado, rompido. Como repará-lo se o mau exemplo vem de Brasília?

    Mario Sergio Cardim Neto

    Economista Diversos cursos no Brasil e Estados Unidos Professor FGV

    Diretor da MS Cardim Consultores Associados

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  • Marcos da Rosa Canarana - MT 01/04/2009 00:00

    Oportunidade de transparência na cadeia da carne

    Os pedidos de recuperação judicial de três grupos da indústria frigorífica de carne bovina e o fato de estarmos envolvidos como credores de duas empresas nessa situação, levou-nos a analisar a oportunidade de fazermos uma parceria, neste momento de profunda crise - tanto para o produtor, quanto para os frigoríficos - de modo a construirmos um futuro de transparência e lucratividade para os dois setores. Estamos vivendo uma situação em que a indústria frigorífica, que outrora praticava seu lucro deprimindo a produção de bovinos, está à mercê de uma parceria para poder se salvar da falência, pressionada pelos preços praticados no varejo doméstico e internacional de carnes.

    O problema causado pelo deficiente sistema de rastreabilidade brasileira em relação à União Europeia ocasionou a perda de um mercado de cortes especiais vendidos pelo Brasil a um valor médio de US$ 3.650/ton, e que representava 23% das exportações brasileiras e 37% da receita de US$ 1,16 bilhão. Isto tudo ocorreu em um momento de euforia dos frigoríficos, que fizeram grandes investimentos de olho na crescente demanda por alimentos em termos globais e com base na excessiva liquidez do mercado financeiro internacional, priorizando a captação de recursos e a abertura de capital para crescer e se consolidar no mercado. É importante lembrar que as exportações de carne bovina saltaram de US$ 776 milhões em 2002 para US$ 4 bilhões em 2008.

    Num primeiro momento, o mercado interno absorveu esses cortes especiais, vivendo o seu momento de euforia, sendo que as exportações de carne caíram a um nível de dez anos atrás. No mês de setembro tivemos o caos financeiro no mundo e, a partir daí, vimos os frigoríficos exportadores voltados para o mercado interno, trabalhando abaixo dos custos de produção e competindo entre si pelo mesmo cliente. O crédito, por sua vez, começou a ficar restrito e as indústrias viram-se na situação de pagar um financiamento e não conseguir outro. Enfrentaram ainda uma menor exportação com restrição de 70% no volume ACCs e o fato de o cliente externo também se encontrar sem crédito. Muitos deles pediram extensão dos prazos de pagamento de 90 para 150 dias, inviabilizando a indústria frigorífica brasileira, e alguns países importadores não honraram os compromissos assumidos.

    Tudo isso gerou falta de capacidade de pagamento para algumas indústrias e, o mais grave, é que suas garantias são muito pequenas em relação ao passivo, devido à grande alavancagem de recursos que obtiveram. Isso fica demonstrado pelo fato de um dos frigoríficos em concordata ter um passivo de apenas 4% de suas dívidas com pecuaristas e outros fornecedores, e o restante com bancos. Num outro caso, o passivo com pecuaristas e fornecedores representa 16%. Isso signfica que a recuperação judicial, que teria por objetivo recuperar empresas com dificuldades, no caso dos frigoríficos, acaba quebrando os produtores, já que a indústria não pagou pelo gado abatido, visando se proteger de seu endividamento com os grandes bancos.

    Apesar dos pesares, consideramos que estamos em um momento ímpar na cadeia da carne bovina: o de propor parceria para a indústria e reivindicar transparência na contabilidade por parte desse setor. Quem está nos pressionando é o varejo, pois enquanto a arroba do boi despenca, a carne no supermercado continua no mesmo preço de quando estava vigorando a cotação máxima para o pecuarista. Além disso, o mercado internacional também pratica preços excessivos: vendemos a tonelada de filé mignon para a África a US$ 5 mil e os africanos revendem o produto internamente por US$ 15 mil.

    Temos que aprender com tudo isto e olhar para o futuro junto com a indústria porque lá, na frente, iremos tropeçar nos mesmos problemas, que novamente recaíram sobre aquele que produz. Somos nós que mantemos esta cadeia e os prejuízos são tirados em cima de nosso suor. Diante disto, nossa proposta é vendermos nosso gado à vista em cima do caminhão, propormos à indústria a administração participativa de algumas plantas frigoríficas e melhorar a qualidade de nossos animais para o abate, de modo a facilitar a parceria e garantir o fortalecimento dos dois elos da cadeia. A simples injeção de dinheiro publico nos frigorificos não garante o sucesso futuro e representa apenas mais um remendo inócuo numa relação esgaçada pelo tempo.

    Marcos da Rosa

    Engenheiro agrônomo e presidente do Sindicato Rural de Canarana

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  • Waldir Sversutti Maringá - PR 01/04/2009 00:00

    COMERCIALIZAÇÃO DA CARNE BOVINA – Nunca fui pecuarista, mas já tive gado ... perto de duas mil cabeças ... (do vizinho). Lendo sobre a situação em que se encontra o pecuarista do MT, com represamento dos abates devido à quebradeira dos frigoríficos, me faz lembrar que este problema não é novo, e nem exclusividade da pecuária. Desde 1966 até 1974, quando fui gerente de banco, assisti a cenas dramáticas de produtores que depositavam suas produções de café, soja, algodão ou outros cereais, em cerealistas, que anoiteciam e não amanheciam. Frigoríficos useiros e vezeiros em aplicar esses golpes, foram muitos, nesses 42 anos.

    Se o produtor NÃO TEM CONDIÇÕES DE CHECAR A SAÚDE FINANCEIRA DA EMPRESA, não se cuida, não se associa à cooperativas para fugir dessas tranqueiras (ou essas não existem na pecuária e nas regiões de novas fronteiras??), o que fazer? Como ajudá-los?

    Penso que a legislação teria que ser mudada. Temos a presidenta da CNA que é senadora, temos uma bancada ruralista que tem integrantes que se preocupam com o destino e as agruras que o produtor enfrentam. Já não bastam as manobras cambiais de confiscos brancos de sua renda pelos governos, a instabilidade do clima em certas regiões produtoras, juros caros e a ausência de financiamentos adequados para a produção, ainda têm que se debater com a inadimplência malandra ou justificada, não importa, daqueles que compram os seus produtos. Assim não dá !

    A minha sugestão é que a Lei agrícola, que deverá ser aperfeiçoada, deveria blindar a produção primária, pois ela está, na maioria das vezes, financiada, penhorada ou onerada de alguma forma. Se não por documentos, por uma história de lutas de muita gente e de muitos anos. Os Juízes e a Lei não poderiam tolerar que os compradores desses produtos incluíssem essas dívidas no escalonamento de seus pagamentos na Lei da Concordata. Ou seja, se deve ao produtor, não terá direito aos benefícios ( ??? ) da Lei. Deveria ser falência na certa !!! Ou que se exigissem primeiramente os pagamentos esses débitos para só depois autorizar os benefícios da Lei.

    Sugestão dada. Inclusão na pauta de discussões e encaminhamento para a bancada ruralista a cargo do sr João Batista, o DEFENSOR-MOR DA AGROPECUÁRIA.

    WaldirSversutti.spaces.live.com

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  • Telmo Heinen Formosa - GO 01/04/2009 00:00

    Análise do panorama geral de depoimentos e noticias na midia

    Já repararam que ultimamente todos os depoimentos e todas as noticias conduzem para o mesmo estuário?

    Era tudo lorota, era puro abobalhamento midiático, enganação mesmo o que se divulgava desde o final de 2007 até o final de 2008 sobre a fome no mundo devido a uma suposta escassez de produtos agrícolas.

    Quantas pessoas você conhece que comiam carne comprada a prazo? E de outros alimentos comprados a prazo? Pois é, entretanto a redução das vendas é atribuída à falta de crédito...

    Em outubro de 2008 quando me perguntavam se a “crise” dos subprime iria atingir o agronegócio brasileiro, eu respondia que sim; Qual era o impacto que iria causar, eu respondia que causaria redução nas vendas e quando perguntavam qual era a solução, minha resposta era bem simples: reduzir a oferta...

    Portanto, saibam: O mundo produz alimentos para 12 bilhões de pessoas e nós somos atualmente menos de sete... então você precisa estar ciente que os preços podem não remunerar o custo.

    A volatilidade na soja é culpa do juros baixos (0,25% aa) e contaminará outras commodities também. Especulação é isto: “Meias verdades” transformadas e verdades completas.

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  • Pedro Luis da Silveira Bérgamo Ribeirão Preto - SP 31/03/2009 00:00

    João Batista, a proposta de só aceitar a venda à vista para os frigorificos é um fato que sempre se fez necessário. Na realidade é a unica garantia de recebimento. Porém temos que melhorar a operação - quando se faz uma venda à vista o pagamento é feito via TED no mesmo dia e/ou cheque direto ao pecuarista ou com outra operação. No entanto, quem garante que realmente a TED VAI SER FEITA OU QUE O CHEQUE emitido tem fundos?

    Imagino que vão dizer: Mas da forma como está, a operaçao já pressiona o frigorifico a honrar os compromissos à vista, pois, se não houver pagamentos imediatos (no mesmo dia), a cadeia pára imediatamente por não ter havido o recebimento dos valores correspondentes...

    No entanto considero que é preciso uma nova sistematica de pagamentos que garanta a operação de recebimento e que o mesmo seja realizado no ato da verificação de peso e valores, demonstrando a credibilidade necessária e indispensável para o setor.

    O juro cobrado pelos frigorificos desencoraja o pecuarista a vender à vista, mas o ditado de que mais vale um passaro na mão do que dois voando continua valendo. Abraços, Pedro.

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  • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR 31/03/2009 00:00

    João Batista, a prorrogação do FAT é o tipo de atitude inútil. Faço um desafio: Que algum agricultor vá até o Banco do Brasil e peça a prorrogação de qualquer coisa financiada por lá. Vai ouvir o seguinte: " se prorrogar, vai impactar no seu limite de crédito e seu limite será reduzido ; esqueça custeio futuro, seu nome vai para o lixo!!!!"

    Este é o Banco do Brasil. Ordens lá de Brasília, como me disse um gerente. Enquanto isso, nós continuamos a discutir o paredão do Big Brother Brasil...

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  • Sergio Pacheco Isidoro Tangará da Serra - MT 31/03/2009 00:00

    João Batista, estamos observando a seguinte situação com o pecuarista: Ele não vende o boi pois tem medo de tomar calote dos frigoríficos, mas mesmo que quisesse não conseguiria vender mais porque não tem frigorificos para fazer o abate..., os três maiores da região norte de MT pediram concordata... que situação??!!, estima-se que em menos de um mês houve um represamento de abate na região Norte de Mato Grosso de mais de 200 mil cabeças, carne que já era pra estar nas gôndolas de supermercado e ainda não saiu do pasto... ainda bem que as chuvas estão ajudando os pecuaristas a manter o boi no pasto. E de confinamento nem os grupos grandes querem saber..., o problema de tudo isso, e que reflete nas empresas que estão ligadas diretamente na pecuaria, é a inandimplência, que vai gerando outras coisa mais graves. O presidente da Acrimat está no caminho certo de assumir as unidades abate..., assim a roda da agropecuária continua girando... Faço votos que isso aconteça de verdade. Mato Grosso precisar ir em frente!!! Um abraço.. e sucesso!!!

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  • Silvio Marcos Altrão Nisizaki Coromandel - MG 31/03/2009 00:00

    Amigos do Noticias Agricolas e cafeicultores de todo o Brasil, ontem um cafeicultor no "fala produtor" entrou perguntado sobre as CPRs vencidas. Vou tentar explicar novamente: Amigos, de acordo com a lei 11.775, artigo 53, fica o Funcafé incumbido de destinar R$ 400 milhões (agora estão falando em R$ 100 milhões) para a negociação das CPRs vencidas em 2007, inclusive aquelas que foram transformadas em novas CPRs para 2008. Entretanto, o risco é do banco..., assim ficou a critério do banco aceitar ou não fazer esta negociação com o produtor. Na pratica o Funcafé destina o dinheiro para o banco, este paga a CPRs vencidas e depois cobra do produtor em 4 parcelas (4 anos)... só que se os produtores não pagarem, os bancos são obrigados a pagar o Funcafé. Resultado: os bancos pularam fora, nem querem aceitar nossas cartas de propostas.

    Agora que estamos TODOS ENGAJADOS EM UM SÓ OBJETIVO, QUE É TRANSFORMAR NOSSAS CONTAS EM CAFÉ PARA SEREM PAGAS EM VINTE ANOS, OS BANCOS - COM MEDO DE TEREM QUE RENEGOCIAR ISTO NÃO PARA 4 MAS PARA 20 ANOS - ESTÃO CHAMANDO OS PRODUTORES PARA ASSINAREM AS CARTAS DE ADESÃO.

    O PRAZO VENCIA DIA 27/03/2009., ENTRETANTO O CNC PEDIU MAIS PRAZO PARA QUE POSSAMOS SABER OS RESULTADOS DESTAS NEGOCIAÇÕES COM O GOVERNO.

    Nesse caso o Silas tem razão..., muitos produtores só procuram informação quando estão com a corda no pescoço, ai não sabem o que esta acontecendo e tomam decisões isoladas e se prejudicando.

    VAMOS PARTICIPAR , VAMOS LER..., HA MAIS DE MES ESTOU AVISANDO SOBRE ESTE PROBLEMA DAS CPRs...

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