Fala Produtor

  • wagner luiz São Vicente - SP 18/08/2009 00:00

    Acho um absurdo a postura do ministro Minc sobre meio ambiente. Acredito que esse sr. nao conhece o pais e suas diversidades e caracteristicas. Creio que ele poderia exigir, por exemplo, do prefeito de S. Paulo a recuperação das margens dos rios Tiete e Pinheiros, mandando destruir as marginais e plantar a vetaçao nativa novamente. Isso traria alguns transtornos ao povo da cidade e para os caminhoes que levam alimentos etc., mai teria cumprido a lei do meio ambiente..., ora faça-nos um favor!!! façam um estudo do Pais com suas caracteristicas e situaçoes ja estabelecidas e apos uma tregua concluamos o que realmente precisamos e queremos fazer daqui pra frente, para ai sim podermos tentar começar a vislumbrar um pais com suas areas preservadas e um termos um desenvolvimento sustentavel..., fazer realmente um trabalho cientifico para cada regiao e ai sim com fundamentos cientificos especificos para cada bacia hidrografica, cada floresta, cada mata com todos seus biomas, equalizarmos com as nescessidades de desenvolvimento do povo brasileiro, e não com os interesses pirotecnicos do sr. ministro.

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  • Climaco Cézar de Souza Taguatinga - DF 18/08/2009 00:00

    Amigos do Noticias Agrícolas.

    CONFIRMEM, A SEGUIR, O QUE JÁ ESCREVI DIVERSAS VEZES NESTE SITE: O MARKETING E A MIDIA ESTÃO, AOS POUCOS, DESTRUINDO NOSSO PAÍS AO TRANSFORMAR MENTIRAS EM VERDADES E QUASE NINGUEM REAGE.

    Prof. Clímaco Cézar

    APARÊNCIAS ESCOLHIDAS

    Há alguns anos, em um sinal de trânsito, às duas da tarde, em Manaus, o motorista mostrou-me o fusquinha ao lado e disse: “Ele fecha os vidros para dar a aparência que seu carro tem ar-condicionado.” Na hora, percebi que aquele era um retrato do Brasil. Não importava sentir calor, mas sim aparentar ter ar-condicionado.

    Alguns dias atrás, dois juízes do Supremo se acusaram verbalmente e levantaram um debate nacional sobre o decoro nas reuniões da Corte. Um ministro acusou o Presidente do Supremo Tribunal Federal de estar desmoralizando a Justiça com seu gosto pela mídia e por decisões tomadas, acusou-o de andar protegido por capangas. Mas os críticos não exigiram que o acusador provasse, nem que o acusado mostrasse a mentira do acusado; e, se verdade, que fosse punido, perdesse o cargo. O debate foi sobre as aparências. Não importou se um dos juízes é mentiroso ou se o Presidente da nossa máxima corte está desmoralizando a Justiça. Importou que Suas Excelências não devem falar naquele tom. A aparência, a liturgia prevalecendo sobre a substância e o conteúdo.

    No lugar de apurar quem tinha razão, a opinião pública ficou horrorizada com o comportamento, os ministros preocupados em por “panos quentes” e o povo já esqueceu, porque as aparências são substituídas rapidamente. E já não importa se há ministros que mente ou ministros que desmoralizam a corte.

    Foi preciso a falta de decoro no uso de passagens, com recursos do Senado, para que a mídia e a população descobrissem que havia algo errado. A omissão não aparecia. Há tempo, nós parlamentares comparecemos à Brasília por apenas dois a três dias por semana e ficamos espalhados no edifício do Congresso; passamos a maior parte do tempo correndo de uma comissão a outra, não temos tempo de parlamentarmos entre nós. Ficamos a maior parte do tempo com a pauta trancada por Medidas Provisórias do Poder Executivo ou surpreendidos por Medidas do Judiciário. Mas a omissão do Congresso não aparece. Porque a culpa das Medidas Provisórias e das legislações feitas pelo poder Judiciário é do Congresso.

    No Brasil, temos 14 milhões de analfabetos, 2,5 vezes mais do que há 120 anos, quando a República foi proclamada; em cada minuto de ano letivo, 60 crianças abandonam a escola; os poucos que chegam ao final do Ensino Médio saem despreparados para os cursos que chamamos de superiores. No século XXI, isso significa o naufrágio da nação, mas não vira escândalo, porque não afeta as aparências: temos escolas aparentes, programas de alfabetização aparentes, universidades aparentes. Para um país de aparência, isso basta.

    Apesar da Embraer e outros poucos setores de alta tecnologia, nossa balança comercial é baseada sobretudo em ferro, soja, suco de laranja, alguns produtos da indústria mecânica; e nossas importações são chips, aparelhos de alta tecnologia, componentes inteligentes para a indústria, mas o resultado financeiro é positivo e o que vale é essa aparência.

    A política brasileira é corrupta no comportamento e nas prioridades, mas nos dedicamos apenas à primeira dessas corrupções, porque ela aparece. O roubo de dinheiro público está aparecendo, mas desvio de dinheiro público das prioridades sociais para eventos midiáticos, imediatistas, dirigidos aos privilegiados não aparece. Por isso, a corrupção nas prioridades não é considerada.

    Apesar da realidade de violência, desigualdade, depredação ambiental, baixa educação e o previsível fracasso de nosso desenvolvimento, somos um país de 190 milhões de brasileiros dentro de um fusquinha fechado, dando a impressão de termos ar-condicionado.

    Porque a aparência é de crescimento econômico, porque além da preferência pelas aparências, aprendemos a esconder as aparências do que não interessa ver. Felizmente, descobrimos a podridão na superfície da política, que aparece graças às denúncias da mídia, mas não vemos a ferrugem na engrenagem da sociedade inteira, porque nem a mídia, nem nós todos queremos ver.

    Somos um povo não só de aparências, mas também de aparências escolhidas.

    **Cristovam Buarque**

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  • Hilário Casonatto Lucas do Rio Verde - MT 18/08/2009 00:00

    O governo nunca tem verba para socorrer a agricultura.. agora, se fosse automoveis ou aviões... -

    Comentário referente a notícia: [b]Produtores de suínos dos EUA pedem ajuda ao governo[/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=53150

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  • Telmo Heinen Formosa - GO 18/08/2009 00:00

    Quem mandou acreditar nos poetas agricolas que vivem falando em fome no mundo? Até a FAO, da ONU, está nos decepcionando com suas previsões catastróficas. Daqui a pouco todo mundo verá também o tamanho das mentiras em relação ao Aquecimento Global. Pegar os fósseis e tocar fogo literalmente, mandando tudo para os ares é o verdadeiro problema. Tudo isto faz parte do abobalhamento midiático promovido pela Rede Bôbo...

    Comentário referente a notícia: [b]Sem armazéns, MT estoca milho ao ar livre[/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=53126

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  • Telmo Heinen Formosa - GO 18/08/2009 00:00

    Este é mais um incomPTente do nosso Governo. É uma vergonha esta submissão ao desejo de ongues internacionais que vem aqui mandar em nós, cadê a nossa reação? Os dirigentes da FETAGRI tem razão sim. Este cara do Ministério, qual a vivência dele na região norte do Brasil ? (É mais um pau mandado...)

    Comentário referente a notícia: [b]EXCLUSIVO: Representante do Ministério do Meio Ambiente defende operação Arco Verde em audiência pública[/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=53096

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  • Telmo Heinen Formosa - GO 18/08/2009 00:00

    Caro Edair,

    o que você já fez aí na sua região em prol da conservação do Meio Ambiente? O que estamos criticando é o uso de dois pesos e duas medidas. Por mim, estou de acordo com todas as restrições ambientais propostas - MAS tem que valer pra todos em todo Brasil, inclusive para você e êle... que por sinal gosta muito do Rio de Janeiro, que hoje em dia está cheio de defeitos ambientais!

    Comentário referente a notícia: [b]VÍDEO: Confira o pronunciamento do ministro Carlos Minc, que não agradou aos agropecuarístas[/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=45805

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  • Sind. dos Produtores Rurais de Boa Esperança e Campo do Meio Boa Esperança - MG 18/08/2009 00:00

    Senhores Presidentes ou representantes da Diretoria do Sindicato ou Associação.

    Caríssimos,

    Gostaríamos de convidá-los para uma reunião, no dia 21/08/2009, sexta-feira, a partir das 11h30min horas, no auditório da Cooparaiso, em São Sebastião do Paraíso/MG, para tratarmos dos seguintes assuntos;

    • Presença de advogados, contratos em São Paulo, conhecedores do assunto dumping (venda e exportação abaixo do custo de produção e concorrência desleal com outros países produtores e principalmente com os cafeicultores brasileiros) com isso teremos medidas legais para amparo dos cafeicultores;

    • Suspensão do pagamento das dividas da cafeicultura enquanto não resolver o assunto do endividamento;

    • Apresentação do plano estratégico/marketing da SINCAL;

    • Discutir a real possibilidade de uma medida judicial (como liminar), calçado no manual de Crédito Rural, para suspender os pagamentos das dividas juntos as instituições financeiras, pois estamos vendendo nosso produto abaixo do custo de produção.

    Sua presença é de fundamental importância.

    Atenciosamente,

    Lenilton Soares – Armando Matielli

    Diretores da SINCAL

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  • Virgilio Andrade Moreira Guaira - PR 18/08/2009 00:00

    João Batista, vendo as novas estimativas de população do IBGE, fico me perguntando como estados como Amapá, Roraima e Acre, por exemplo, têm o mesmo número de SENADORES do que, por exemplo, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. São 3 senadores para cada Estado, independente de área, PIB ou população. Não seria hora de rever tais critérios???. Isto falando de quantidade..., quanto à qualidade é melhor deixar para depois... Não há como entender que quarenta milhões de habitantes de São Paulo tenham o mesmo número de representantes de Estados com menos de um milhão de habitantes. É por isto que as coisas estão assim como vemos no dia-a-dia.. Vamos acordar antes que aconteça algo pior... Obrigado.

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  • miguel nunes neto Guajará-Mirim - RO 18/08/2009 00:00

    O mercado de carnes é muito instável, e a população não imagina o quanto custo produzir um quiilo de bife..., sabe somente reclamar quando o preço sofre alguma alta. O setor produtivo precisa organizar e desenvolver ações positivas para o setor. - Miguel Nunes Neto - Guajará Mirim-RO -

    Comentário referente a notícia: [b]Desempenho das carnes na segunda semana de agosto[/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=53131

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  • Climaco Cézar de Souza Taguatinga - DF 18/08/2009 00:00

    Impressiona a dependência por crédito das agroindustrias e cooperativas no Brasil. No artigo, cerca de 70% refere-se a isto. Nossas Empresas/cooperativas precisam sair disto, pois quebram-se empresas e produtores rurais, e isso não poderia ser estimulado pela OCB. Aliás, seguindo o modelo capitalista falido dos EUA, percebe-se que grandes e médias empresas do Brasil preocupam-se bem mais em crescer rápida e espacialmente - para tanto compram vizinhas falidas e montam fábricas em locais distantes e depois querem recursos p/ fretes - e muito pouco em fixar "marcas", garantir consumidores e fidelizar/compartilhar lucros como fornecedores (como fazem os grandes grupos europeus e asiáticos). no momento, vemos o caso da bovinocultura de corte em que grandes frigorificos recebem altos créditos do BNDES para expandir e, espertamente usam recursos próprios para comprarem plantas falidas no Argentina, EUA e Austrália para de lá competirem com o Brasil. Aqui, quebram e não pagam pecuaristas como há 30 anos.

    Comentário referente a notícia: [b]Marcadas pela crise, cooperativa e trading buscam retomada[/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=53121

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  • EDAIR GONCALVES Fernandópolis - SP 18/08/2009 00:00

    BEM DO MEU PONTO DE VISTA ESTÁ OCORRENDO UMA REVOLUÇÃO CONTRA A ELITE QUE SEMPRE DOMINOU O PAÍS, POIS ESSES MESMOS QUE CRITICAM O MINISTRO SÉRIO QUE ESTÁ NO PODER NESTE MOMENTO, SÃO OS MESMOS QUE DEVASTARAM OS OUTROS ESTADOS BRASILEIROS E AGORA COM SUA GANÂNCIA QUEREM DESTRUIR O QUÊ RESTA DE FLORA E FAUNA EM NOSSO PAÍS, JÁ NÃO CHEGA TEREM ESPOLIADOS A "PLEBE" BRASILEIRA DURANTE TANTO TEMPO. CHEGA DESTA ELITE MANDAR NO PAÍS, POIS SOMOS FORMADOS COM QUASE 200 MILHÕES DE PESSOAS E NÃO POR UM GRUPO DIMINUTO QUE QUEREM SEMPRE TER O PODEM DE DECISÃO DAS COISAS NO BRASIL.

    Comentário referente a notícia: [b]VÍDEO: Confira o pronunciamento do ministro Carlos Minc, que não agradou aos agropecuarístas[/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=45805

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  • Carlos Fernandes Bomfim Cascavel - PR 17/08/2009 00:00

    Sou Engenheiro Agronomo, e estou muito satisfeito em estar sempre atualizado atraves desta conceituada fonte de informações.

    Agradeço.

    Carlos Fernandes Bomfim.

    Comentário referente a notícia: [b]Boa safra nos EUA tira suporte dos grãos[/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=52110

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  • Hilário Richter Toledo - PR 17/08/2009 00:00

    Sr.João Batista Olivi

    Todos os agricultores que conheço tem respeito e gratidão por tudo que o senhor faz em defesa da classe, através do Programa Notícias Agrícolas. Por isso, gostaria que fizesse uma reportagem sobre a atual situação do preço do milho, que é uma vergonha nacional por tratar-se do cereal nº 1 na alimentação de tudo. E esse preço não paga os custos de produção. Convoco todos os produtores de milho deste País para não plantar nenhum grão na próxima safra, só assim, talvez o governo, as empresas e cooperativas vão dar o devido valor que o milho tem na alimentação. Att. Hilário Richter

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  • Sind. dos Produtores Rurais de Boa Esperança e Campo do Meio Boa Esperança - MG 17/08/2009 00:00

    Ouvidos Moucos -Enfrentamos na cafeicultura um grande período de instabilidade social e econômica, ocasionado por graves dificuldades estruturais, e não tem havido condições subjetivas e objetivas para encontrar soluções. Em situações emergenciais, como as de hoje, as tábuas de salvação a que em primeiro lugar nos agarramos são as menos aptas a produzir os efeitos desejados.

    Para entendermos o que ocorre hoje, precisamos voltar ao passado, mais precisamente em 1902, quando os baixos preços levaram o governo a proibir o plantio de café por 5 anos. Durante muitos anos o café foi a mola propulsora da nossa economia, chegando a representar até 80% da pauta de exportações.

    A intervencão do Estado era muito forte, chegando até mesmo a queimar a impressionante quantidade de 78,21 milhões de sacas de café de 1931 a 1944 e ainda outros 10,0 milhões de 1959 a 1962.

    Tivemos até hoje planos e mais planos, marchas e contra-marchas. Recentemente, tivemos retenções, leilões, EGFs, AGFs, Pepros, estoques reguladores remanescentes e ainda vários outros malabarismos econômicos.

    A globalizacão é uma realidade; hoje o Brasil detém apenas 1/3 da producão mundial, e não pode mais fazer política isolada para o mundo.

    A crise do momento é de natureza emergencial, mas tem raízes estruturais. O Mercado brasileiro vem mudando desde que novas áreas de produção apareceram, mais especificamente áreas de café Robusta da Ásia, o que ocorreu a partir de 1995, quando países do primeiro mundo, entre eles, França e Alemanha, incentivaram a produção, especialmente no Vietnan.

    Naturalmente que, tirando o pretenso objetivo social, tinham em mente o abastecimento do mercado, com um produto mais fácil de ser produzido, de menor custo e consequentemente de menor preço. Mas o que interessa é que a produção mundial se desordenou e os preços foram deprimidos.

    No passado mais próximo, exatamente meados de 2003, a crise era intensa e preocupava o mundo inteiro, tanto que o Parlamento Europeu ditou uma resolução sobre a crise no mercado internacional do café. São várias as considerações, mas vamos às que achamos mais interessantes: “Considerando as conclusões do Conselho de Assuntos Gerais e Relações Externas de 19 de novembro de 2002, que expressavam uma grande apreensão quanto à situação atual que afeta muitos países em desenvolvimento”- “Considerando que os preços baixaram mais de 50% nos últimos 3 anos”- “Considerando que os preços ao produtor caíram bastante abaixo dos custos de produção”- “Considerando que quatro empresas, sendo a Nestlé, Kraft, Sara Lee e Proctor&Gamble, controlam quase metade das vendas de cafés mundiais, e que suas margens de lucro continuam a aumentar”. Após diversas outras considerações : “Convida a UE a incluir na sua pauta, planos destinados a garantir que as políticas nacionais de desenvolvimento dos países afetados têm em conta a necessidade de minimizar as dificuldades causadas pela queda do preço do

    café, incentivando a melhoria do café grão cru produzido, bem como apoio à transformação do café em grão, visando produtos finais, que possam ser comercializados na UE e em outros mercados”.

    Ainda, “Convida que os Estados Membros da UE apóiem o Programa de Melhoria da Qualidade do Café da OIC, através da resolução 407”, a qual é semelhante à reivindicação da APAC – Associação Paranaense de Cafeicultores -, para que se reedite a Instrução Normativa nº 8 do MAPA, que normatiza a qualidade do grão cru no Brasil.

    Voltando ao Parlamento Europeu, este considera que: “ Os torrefadores e operadores comerciais deverão adotar códigos de conduta, que cumprirão as normas do OIT/ONU relevantes, e a regulamentação nacional em vigor, e que incluirão o compromisso explícito de pagar preços consentâneos com as necessidades sociais e ambientais do setor”. Finalmente, “Convida a União Européia a apoiar o comércio justo no setor do café”.

    Como vimos, estas colocações são históricas e continuam válidas até hoje, sem que ninguém se preocupasse com elas, ou as implementasse. Só conversa.

    No âmbito nacional, no mesmo ano de 2003, foi formado um grupo de trabalho (mais um), de número 815/827, formado pelos mesmos representantes de hoje, reunindo todos os setores da cadeia do agronegócio café, inclusive o Dr. Manuel Bertone, os parlamentares: Silas Brasileiro, Carlos Melles e Odair Cunha, o então presidente do CNC, Osvaldo Henrique Paiva Ribeiro e o então presidente da Comissão Nacional de Café da CNA, João Roberto Puliti. Ainda presente, o atual Ministro Interino da Agricultura, Dr. José Gerardo Fontelles. Este grupo, gerou uma carta ao então Ministro da Agricultura que começava assim : “Acreditamos , Senhor Ministro, que este plano poderá nortear as ações futuras para o equacionamento e desenvolvimento harmônico do agronegócio”.

    Segue a carta, mas o que nos interessa são as diretrizes, as quais endossam as “Propostas Estratégicas para o Café”, apresentadas pela APAC no último dia 30 de julho de 2009.

    Vamos ao quadro comparativo abaixo:

    Grupo de Trabalho 815/827

    APAC

    Melhoria da qualidade como ferramenta de agregação de valor e aumento de consumo

    Normatização da qualidade do grão cru e rotulação do café

    Fomento à verticalização visando agregar valor

    Agregação de valor através da verticalização pela Brasil Café

    Participação ativa nas negociações internacionais

     ABCA (Associação Brasileira de Café Arábica)

     OMCA (Organização Mundial de Café Arábica)

    Aperfeiçoamento dos mecanismos de mercado

    Reserva de 20% de grão cru, acrescida de 5% ao ano, apenas para exportação de café industrializado

    Ampliação do nível de consumo

    Normatização da qualidade do grão cru, rotulação do café e marketing

    Plano de Marketing

    Plano de Marketing agressivo e inovador, com abertura de cafeterias no exterior, através da Brasil Café

    Exportação de produto final com marca brasileira

    Brasil Café

    Parceria para comercialização de marcas estrangeiras com café 100% brasileiro

    Brasil Café-Propostas de aquisição de torrefadoras internacionais

    Retiradas de impedimentos tributários

    Brasil Café

    Alavancamento de Recursos do Funcafé

    Agregação de valor com taxa de exportação do produto café industrializado

    Previsão de Safras

    Agregação de valores e previsão de safras por consultorias independentes

    Estas são algumas das propostas do Grupo de Trabalho, com as quais concordamos, mas com colocações e soluções diferentes.Só conversa.

    No mesmo ano, mais precisamente em 16 de dezembro de 2003, temos um relatório da tão falada Bancada do Agronegócio sob o titulo: Propostas de Políticas de Médio e Longo Prazo para Recuperação e Estabilização da Cafeicultura.

    Preciso citar alguns itens do tal relatório: “O setor cafeeiro passa atualmente por uma de suas piores crises. O setor padece da ausência de formulações de políticas consistentes para os mercados interno e externo desde a extincao do IBC e o encerramento das cláusulas econômicas do Acordo Internacional do Café. Aliado a isto, a economia mundial sofreu profundas transformações na década de 90, com o processo de globalização dos mercados e o desenvolvimento das tecnologias de informação. No Brasil, o modelo de política anterior caracterizava-se por uma forte intervenção do Estado, cujo objetivo primordial era o ordenamento da oferta”. Mais ainda : “neste período, a política do setor ficou práticamente restrita aos financiamentos para os produtores, sem que se

    contemplasse sua viabilidade econômica pela falta de renda, o que gerou a necessidade de sucessivas prorrogações nos vencimentos, e o desgaste do setor com o Governo, pelo não cumprimento das pactuações assumidas, e a dificuldade de acesso a novos financiamentos, bem como a exaustão do Funcafé”.

    As palavras da Bancada do Agronegocio Café continuam válidas e imutáveis. Diante destes fatos, os deputados fizeram na época, varias propostas, que vamos comparar com as propostas estratégicas da APAC:

    Propostas da Bancada do Agronegócio Café

    Propostas Estratégicas da APAC

    Equacionamento da oferta e demanda mundial

     Normatização da qualidade do grão cru

     Rotulação do café

     Fiscalização das impurezas

    Agregar valor à nossa matéria prima

     Brasil Café – Verticalização da produção.

     Reserva de 20%, acrescida de mais 5% ao ano de grão cru, para exportar na forma de torrado e torrado e moído

    Reestruturação da Cafeicultura- Endividamento crônico

    Conjunto das Propostas Estratégicas da APAC (Para não ter dívidas tem que ter preço)

    Valorizar Política Internacional do Café

    ABCA

    OMCA

    Reativação da APPC

    OMCA + Organização do Café Robusta

    Política Comum dos Países Produtores

    OMCA + Organização do Café Robusta

    Fiscalização dos Produtos, afim de proibir a mistura de elementos estranhos ao Café (impurezas)

     Rotulação do Café

     Selo da Qualidade APAC

     Selo da Qualidade ABCA

     Selo da Qualidade OMCA

     Fiscalização Recorrente do Café Industrializado

    Apoio Irrestrito ao Programa de Marketing e Promoção

     Marketing

     Brasil Café

     Agregação de Valor

    Estas propostas, com as quais concordamos, e ainda outras sugeridas no trabalho da Bancada do Agronegócio Café merecem discussão. Foram colocadas, mas esquecidas, só foi dada a devida importância às emergenciais para solucionar o então endividamento.Só conversa.

    Chegamos aos dias de hoje e ficamos estarrecidos com o encaminhamento para solucionar o impasse economic em que se encontra a cafeicultura brasileira.

    O deputado Silas Brasileiro, no dia 7 de agosto de 2009, publicou um Informativo onde diz que houve uma reunião com a presença de várias lideranças da cafeicultura, o Ministro da Agricultura Reinold Stephanes e o Ministro das Comunicações Hélio Costa. Na ocasião, o Ministro da Agricultura fez várias colocações, entre as quais coloca uma estratégia para a retirada de até 10,0 milhões de sacas de café do mercado. Diz em seu relatório, o senhor Deputado Federal Silas Brasileiro: “Esta deve ser uma medida de fortíssimo impacto no mercado, que deve provocar a valorização do café

    para os nossos produtores...melhora sobremaneira a capacidade de pagamento das dívidas pelo aumento da geração de renda para os produtores”.

    As autoridades esquecem que o Brasil hoje, detém apenas 1/3 da produção mundial de café e não tem condições de fazer política cafeeira isolada do mundo. Esquece-se ainda, que não se sabe ao certo qual a quantidade de estoque que está em mãos dos países produtores. Diante deste fato, e nos guiando pelo passado apresentado neste artigo, temos que tomar muito cuidado com políticas intervencionistas do Estado.

    Lembramos uma reunião muito importante da OIC (Organização Internacional do Café ) de 30 de janeiro de 2004, que gerou uma circular do CNC (Conselho Nacional do Café ), assinado pelo Sr. Manoel Vicente F. Bertone, então Diretor Superintendente do CNC, e pelo Deputado Federal Silas Brasileiro, então Vice-Presidente do CNC, que estavam presentes à reunião realizada em Londres.

    Na ocasião foi discutido o tema “Sustentabilidade”, trabalho apresentado pela importante personalidade, Sr. Jason Potts, então coordenador para programas de comércio e investimento em iniciativas para sustentabilidade de commodities do Instituto para Desenvolvimento Sustentável. Diz o relatório: “Foi apresentado um estudo sobre a correlação entre os estoques e os níveis de preços pagos aos produtores, o qual se nota a indiscutível e desproporcional pressão que os estoques apresentam sobre os preços. Este estudo anota ainda que o teste de correlação mostra que a conexão entre os estoques e o preço tem a ver com o lugar onde esses estoques são mantidos. No período de livre mercado, a importância dos estoques é crescente. Preços baixos significam a transferência de estoques dos países exportadores para os importadores. Quando há um déficit da produção em relação às necessidades do mercado, os níveis de estoques dos países exportadores se tornam um fator decisivo na formação dos preços. Mas, quando há excesso de produção, o acúmulo de estoques nos países exportadores não influi sobre os preços.

    Concluindo, não podemos mais nos ater a atitudes intervencionistas, que só deram certo em circunstâncias emergenciais e em contextos históricos diferentes. Hoje, temos que nos modernizar e acompanhar as mudanças mercadológicas que a globalização nos impõem.

    O momento atual exige que tomemos outros caminhos estruturais,muitos dos quais já foram propostos pela APAC.

    Não podemos voltar ao passado e formar estoques, cujo destino mais cedo ou mais tarde, será o próprio mercado.

    Perpetuar estoques, é perpetuar preços baixos.

    Vou repetir e pedir a atenção dos participes do momento, para a conclusão do Sr. Jason Potts:

    “ ... quando há excesso de produção, o acúmulo de estoques nos países exportadores não influi nos preços. “ Portanto, reflitam e pensem nas nefastas conseqüências que um erro poderia trazer ao futuro da cafeicultura brasileira.

    Precisamos resolver o problema de endividamento. A melhor forma seria a equivalência com produto, com preço de referência justo e prazos exeqüíveis, sem formar estoques.

    O sucesso da cafeicultura só será alcançado quando houver autosustentabilidade. Sem meias palavras, se isso não é possível , vamos ao subsídio explícito. Isso não é moderno, não é lógico e assim sendo, temos que encontrar outra solução, que não seja a intervenção do Estado.

    Os preços do café até 1998, comportaram-se como uma verdadeira “montanha russa” com altos e baixos. Após 1998, só tivemos preços baixos, pois os malabarismos econômicos intervencionistas não surtem mais efeito.

    O livro “A Epopéia do Café no Paraná” de Irineu Pozzobon, nos mostra com clareza esta evolução histórica. Temos que estar atentos para aprender com os erros do passado.

    Propostas estruturais precisam ser debatidas, para serem implementadas. A APAC está trabalhando para regulamentar a Lei de Rotulação, cumprindo assim com um de seus objetivos.

    Não podemos mais fazer jogo de cena para a platéia, que num futuro breve ficará exposta ao fracasso.

    Aproveitamos a invocação do passado neste artigo, para dizer que reinvindicações e propostas, como diria minha avó, não podem ser recebidas por “ouvidos moucos”.

    Agosto/2009

    Ricardo Gonçalves Strenger

    [email protected]

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  • Vilson Ambrozi Chapadinha - MA 17/08/2009 00:00

    Quem quizer saber como estão as lavouras americanas e o que dizem os agricultores, acesse www.agweb.com. Para quem o ingles não lhe é habitual use o google tradutor, e façam disso instrumento para tomar decisões.

    Comentário referente a notícia: [b]DIRETO DOS EUA: Safras americanas podem ficar ainda maiores[/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=53061

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