O agronegócio na era digital: soluções inovadoras para o setor, por Heleno Nogueira
O PIB do agronegócio brasileiro subiu com força ao longo de 2020 e acumulou avanço recorde de 24,31% no ano, de acordo com cálculos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, realizados em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Segundo pesquisadores do Cepea, o PIB do setor cresceu lentamente em abril e em maio, devido aos impactos negativos da pandemia de Covid-19 sobre diferentes atividades do setor, mas houve forte aceleração de junho em diante, culminando nesse crescimento recorde observado.
O resultado foi uma participação do setor de 26,6% no PIB brasileiro, contra 20,5% em 2019. Em valores monetários, o PIB do País totalizou R$ 7,45 trilhões em 2020, e o PIB do agronegócio chegou a quase R$ 2 trilhões. Uma alta em todos os segmentos do agronegócio, até mesmo para a agroindústria, que foi o segmento mais afetado pela pandemia.
Para acompanhar esse crescimento, o setor tem investido em tecnologia. Inteligência artificial, big data, comunicação em nuvem estão entre algumas das tendências identificadas para a transformação do agronegócio. Pesquisas vêm sendo desenvolvidos por empresas e instituições mundiais, visando automatizar as mais diversas atividades do setor e ampliar a competitividade do agronegócio, com a consequente redução de custos, de tempo e aumento de eficiência e produtividade.
A introdução de tecnologias cada vez mais digitais, passa pela análise de dados gerando decisões para operacionalizar as práticas do setor de forma mais assertiva, uso de drones para controle hídrico, identificação de pragas, uso do mobile para lançar mão de aplicativos com tecnologias integradas de gestão e acionamento integrado de maquinário. Mas vai além. Chega a escritórios de propriedades rurais, áreas administrativas de usinas, grandes cooperativas, empresas de venda de maquinário.
As áreas administrativas, para alavancar os negócios e sustentar toda essa engrenagem em expansão, têm buscado soluções customizadas e integradas no que se refere à gestão de diferentes volumes, por exemplo, de ligações para atendimento a clientes. Nessa perspectiva, muitas empresas do setor já descobriram as soluções integradas em nuvem, ou telefonia em nuvem, como alguns preferem chamar.
A telefonia em nuvem é uma das soluções mais modernas e eficazes para empresas que necessitam otimizar processos, seja de comunicação interna, seja de atendimento a clientes. Trata-se de um sistema de telefonia IP, em que a central telefônica fica hospedada em servidores na internet. Esses sistemas operam com ramais IP, tecnologias que utilizam conexões com base em protocolos de Internet. Entre as vantagens de se optar por esse tipo de solução estão: mobilidade, produtividade, gestão eficaz do atendimento e escalabilidade. Além disso, não há necessidade de instalação de equipamentos, apenas um programa permite a eficiência da operação.
As tendências da gestão do atendimento ao cliente/consumidor e outros públicos de interesse das empresas do segmento do agronegócio: usinas, cooperativas, grandes revendas de maquinário etc estão cada vez mais relacionadas à transformação digital. Penso que optar por plataformas profissionais, com operação em nuvem, desenvolvidas estrategicamente para atendê-las é assegurar configuração, diagnóstico e suporte especializado aos processos e garantir competitividade ao negócio. Entretanto, há alguns parâmetros que devem ser respeitados para o sucesso da execução da telefonia em nuvem. O mais elementar é uma boa qualidade de serviço de internet, além de ajustes em processos internos e seguir orientações de um bom fornecedor que possa fazer a implantação do sistema de forma integrada, consultiva e assertiva.
Como se vê, o agronegócio está definitivamente na era digital. Não poderia ser diferente, na medida em que se trata de um segmento extremamente representativo para a economia brasileira. Cada vez mais, utiliza-se de soluções que são inovadoras, trazem benefícios múltiplos, agregam praticidade e mobilidade à operação dos empresários do setor. É o agronegócio na versão 4.0.
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