Liderança feminina no agronegócio, por Carolina Valle Schrubbe

Publicado em 25/10/2019 14:45

Alguns mercados, que acreditávamos serem predominantemente masculinos, têm chamado atenção, como demonstra uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG). Na pesquisa, cerca de 30% dos cargos de gestão no setor são ocupados por mulheres.

No intuito de conhecer mais de perto essas novas líderes, a ABAG consultou cerca de 300 mulheres que atuam no setor, e identificou que 71% delas já enfrentaram problemas motivados por questões de gênero, apontando, principalmente, dificuldade em serem ouvidas e de ascenderem profissionalmente, mesmo que sejam capacitadas para isso.

As mulheres que sobrevivem e se destacam em um mercado inóspito, transformam dificuldades em desafios propulsores de suas carreiras. Elas costumam investir em doses extras de dedicação, estudo e aperfeiçoamento constante. Para se destacarem, muitas vivem uma eterna busca pela perfeição profissional.

Porém, atenção! Esse padrão comportamental pode não ser tão produtivo como se imagina. Buscar ser perfeita, é um dos 12 comportamentos que, com frequência, assolam e estagnam carreiras de mulheres brilhantes.

Sally Helgesen e Marshall Goldsmith, autores do livro “Como as Mulheres Chegam ao Topo”, apontam a tentativa de perfeição como um comportamento que até pode ter ajudado a líder a avançar na carreira, mas que irá atrapalhá-la ao tentar alçar novos voos. Eis algumas razões para não cair nesta armadilha:

- Gera grandes doses de estresse, por conta das altas expectativas sobre si e sobre os outros;

- Aumenta o apego a detalhes, fazendo-a se distrair da perspectiva geral, extremamente necessária em cargos de liderança;

- Cria mentalidade negativa, fazendo-a se sentir incomoda até mesmo com pequenas coisas que dão errado, isso tira foco e energia;

- Traz decepções constantes pela simples razão de que a ideia de ser perfeita não é realista.

Há algumas estratégias produtivas para líderes com tendências perfeccionistas que podem auxiliar no desenvolvimento:

- Aprender a delegar funções e tarefas;

- Ter clareza do que é prioridade;

- Treinar assumir riscos calculados, até que se sinta à vontade em fazê-lo;

Mudar alguns hábitos e aceitar que não somos perfeitas depende de nós mesmas. A liderança feminina deve ser vista de forma natural. Profissionais, sejam eles homens ou mulheres, podem ser brilhantes sem serem perfeitos.

Especialista em desenvolvimento de lideranças, certificada pela Marshall Goldsmith Stakeholder Centered Coaching

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Carolina Valle Schrubbe

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