A reforma "econômica" mais urgente no Brasil chama-se lei e ordem, por Rodrigo Constantino

Publicado em 07/11/2017 12:22

Bala

Sou um economista. Mais: um economista liberal. Mais ainda: um economista liberal que trabalhou por anos no mercado financeiro. Mas isso não me impede de criticar um erro muito comum que vejo em economistas liberais, especialmente ligados ao mercado financeiro: o economicismo, aquele foco excessivo na economia, como se nada mais importasse. “É a economia, estúpido!”, resumiu o assessor do esquerdista Bill Clinton. Tal é a visão materialista e marxista de mundo de muito “liberal”.

Com esse mapa de fundo, essa turma acha que a pauta mais importante para 2018 são as reformas econômicas, o que cada candidato pensa sobre o Banco Central, sobre o comércio internacional, sobre as privatizações. Atenção: não nego a extrema relevância de cada um desses itens. Vimos como a visão equivocada da economia pode destruir um país. Vimos isso com o PT, vimos com a Venezuela, com todos os experimentos socialistas, nacional-desenvolvimentistas, dirigistas, intervencionistas.

Mas há um detalhe: o Brasil vive uma guerra civil “velada”, com mais de 60 mil homicídios por ano e milhões de assaltos violentos. Virou terra sem lei, dominada pelo crime. Uma selva! Um país africano fracassado. Diante dessa situação, é atestado de bolha achar que a pauta econômica está acima da questão da segurança. É típico da banca elitista achar que alguém como Luciano Huck ou Henrique Meirelles vai tocar fundo à alma do brasileiro médio, cansado demais, indignado, assustado, revoltado. Vejam essa notícia:

Mais de 30 homens invadiram uma transportadora de valores em Uberaba, no Triângulo Mineiro.

Era por volta de três horas da manhã quando os moradores acordaram com o barulho dos tiros. Os bandidos incendiaram, pelo menos, cinco carros para bloquear as ruas que davam acesso à empresa de transporte de valores. Segundo os moradores, eles atiraram nos transformadores dos postes de energia e toda a região ficou sem luz.

Em uma casa que fica bem próxima ao local da explosão, o impacto foi tão forte que os vidros das portas e janelas foram quebrados. O morador conta que estava chegando em casa quando percebeu a movimentação e não entrou.

Pela manhã o cenário no bairro era de guerra. Moradores recolheram cartuchos e armadilhas deixadas nas ruas. Eles pareciam não acreditar.

Mas é melhor acreditar: pois essas cenas têm sido mais e mais comuns. A bandidagem perdeu qualquer cerimônia, e toca o terror sem respeito algum pelas autoridades, com uma ousadia impressionante. Eis um pouquinho do que fizeram:

Além da questão da violência comum, temos aquela ideológica, patrocinada pela extrema-esquerda, a mesma que estará representada em 2018 pelo PCdoB, pelo PSOL, pelo PT, pelo PDT, pela Rede. O MST, por exemplo, acabou de praticar um ato terrorista, e ficará por isso mesmo, pois o Brasil está abandonado, largado às traças vermelhas:

O Brasil já entrou em colapso. Eis o que precisa ficar claro para todos. Quem vive na bolha, com carros blindados, helicópteros, condomínios cercados com muitos seguranças, consegue escapar parcialmente do caos (mas inevitavelmente a bolha estoura). Já o povão convive com isso diariamente, e está saturado, não aguenta mais. Só quer uma coisa: sobreviver!

Quem não compreender isso não vai entender o resultado das urnas em 2018. Pode colocar o bacana global, amigo de todos, ou o banqueiro internacional reformista: vão perder, mesmo com toda a grana por trás. Assim como vai perder aquele que posar de centro, acima da luta entre “esquerda e direita”, fazendo concessões demais aos socialistas, por covardia, por afinidade ideológica.

O povo quer alguém mais linha dura, que demonstre ter o sincero desejo de dar um basta a essa situação calamitosa, que tenha o anseio de combater para valer os marginais e os socialistas, seus cúmplices intelectuais. A independência do Banco Central e a privatização da Petrobras são bandeiras importantes e necessárias, mas secundárias perto da mais urgente reforma de que o Brasil precisa: resgatar A LEI E A ORDEM!

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
Gazeta do Povo

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

3 comentários

  • Paulo Costa Ebbesen Porto Alegre - RS

    Rodrigo, parabéns pela abordagem feita no teu artigo.

    A mãe de todas as reformas quando vivemos em uma guerra civil (só os incautos não estão enxergando isso) é a reforma do sistema de segurança do nosso País, Quando falo em reforma estou falando de todos os poderes que devem tratar deste tema, executivo, judiciário, legislativo, ministério público e forças armadas.

    Reforma política, reforma da previdência, reforma tributária e todas as demais não são tão importantes quando o país vive uma guerra civil.

    Paulo Costa Ebbesen - Cachoeira do Sul - RS

    0
  • Cassiano aozane Vila nova do sul - RS

    O sr Constantino endireitou neste artigo, ainda bem..., porem neste longo texto só consegui ler Bolsonaro, isso porque muitos estão espertos, e não estão caindo em distração

    0
  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Artigo fundamental e essencial.

    0
    • Nelson Amado Noivo Unai - MG

      Parabéns, Rodrigo , esse assunto é de vital importância para o futuro da nação, se não houver um profundo aparelhamento do poder judiciário, principalmente com o aumento com aumento das varas judiciais de primeira instância que constituem a base da pirâmide, nós nunca chegaremos a lugar algum, basta pegar o exemplo do poder judiciário Alemão onde existe 01 juiz para cada 4000 habitantes. No Brasil infelizmente, a despeito da boa vontade e trabalho hercúleo dos nossos juízes, que por estarem de mãos atadas pela falta de pessoal secretarias, e na maioria das vezes até por falta de espaço físico, não podem dar a população, a mais premente das nossas necessidades, que é uma justiça célere. Antigamente você tinha uma leve impressão da falta de justiça, hoje não você tem certeza!

      3