“O país está voltando a se recuperar. E a pecuária também”, diz Ricardo Merola, um dos fundadores da ASSOCON
Exemplo de produtividade e sucesso na pecuária de corte, Ricardo Merola, 67 anos, é pecuarista desde 1976. Ele é um dos fundadores da Associação Nacional da Pecuária Intensiva (ASSOCON) e foi o primeiro presidente da entidade, posto que ocupou por quatro anos. Precursor da busca de reconhecimento do trabalho realizado pelosprodutores rurais para o fortalecimento da cadeia produtiva da carne bovina, Merola sempre valorizou a união e a importância do associativismo, a fim de proporcionar representatividade e força na tomada de decisões.
Suas propriedades rurais ficam em Santa Helena de Goiás (GO) e em Jaborandi (BA). Com mais de 40 anos de experiência no agronegócio, Ricardo Merola aproveita os ganhos proporcionados pela integração agricultura-pecuária para se especializar na engorda de bovinos, em grande escala. O grande destaque é a fazenda Santa Fé, em Santa Helena de Goiás, a 203 km de Goiânia. Desde sua fundação em 1933, é pioneira na adoção das técnicas mais modernas de plantio, tornando-se referência no setor. Atualmente, a propriedade abate cerca de 40.000 mil cabeças por ano e trabalha com agricultura de precisão para a produção de grãos e sementes. “É uma fazenda de alta fertilidade e produtividade. Está localizada em uma região com muitos frigoríficos e grande oferta de grãos”, relata Merola.
Um motivo de orgulho para Ricardo é a continuidade que o seu filho dá aos negócios. Pedro Merola faz parte da 4º geração da família, e é o responsável pela administração das fazendas. A história da família Merola no campo se iniciou em 1933, com Misael Rodrigues de Castro, continuou a partir de 1958 com Francisco Merola Neto, pai de Ricardo. Ele diz que para atingir o sucesso não existe receita pronta. “Para alcançá-lo é necessário trabalhar duro diariamente, com muito empenho e dedicação”.
O pecuarista também faz questão de destacar a importância das ações de entidades, como a Assocon, que atuam no fortalecimento da pecuária intensiva e dos produtores rurais. “A Assocon cresce em representatividade e já ocupa lugar destacado nas discussões e fatos mais importantes da cadeia de produção da carne bovina no país”, diz Merola.
Sobre a atividade, o sempre otimista Ricardo Merola explica que a pior fase já passou. Ele destaca o abalo à confiança dos consumidores sobre a carne brasileira com os principais desafios da cadeia produtiva. “O mercado está começando a se normalizar e o consumo interno aumenta pouco a pouco, assim como as exportações. Apesar de um ano atípico para o setor, as expectativas são positivas e espero retomada forte do consumo de carne no Brasil”.
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