Feijão: Colheita aumenta a oferta e já começa a sobrar produto de melhor qualidade nas fontes
Durante o mês de junho, a demanda do varejo normal do dia a dia foi atendida com certa dificuldade pelos empacotadores, principalmente quando se tratava do feijão de nota 9 ou melhor. Durante este início de julho, há maior quantidade de lavouras sendo colhidas, o que fez mudar o quadro. Esta semana já houve sobra de produto de melhor qualidade nas fontes e, a bem da verdade, falta de produto intermediário nota 7,5/8,5. Neste contexto, a expectativa é de baixa nos preços dos feijões recém-colhidos e é eminente. Arriscam, alguns operadores, que esta queda seria de até R$ 10,00, ou seja, na região de Rio Verde os preços poderiam rapidamente chegar a R$ 130,00. O mesmo caminho segue a comercialização na região de Unaí, onde ontem não aconteceram negócios e a referência ainda ficou do que aconteceu na terça-feira, entre R$ 140,00/145,00. O mesmo valor foi referência em torno de Brasília. O feijão do Mato Grosso, que é nota 8/8,5, já teve ofertas por R$ 120,00, ideia de comprador. O feriado em São Paulo hoje ajuda a que todos os mercados fiquem um pouco mais lentos do que já estão.
Bolsa de feijão do Brás
Saiba mais sobre o mercado de feijão no informativo da Correpar SÓ FEIJÃO
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José Roberto de Menezes Londrina - PR
O mercado de feijão indica situação de anormalidade. Diferencial de preço incompatível com os custos de logística, entre as regiões produtoras e consumidoras. Ausência de correlação de preços nas relações de custos e benefícios dos lotes de qualidade superior. Facilidade para a Importação de feijões de péssima qualidade.
Procedimentos que sinalizam problemas na produção, comercialização e consumo. Assim como o vexame dos 7 a 1 para a Alemanha, não podemos esquecer os prejuízos sociais, econômicos e tecnológicos ocasionados com as importações desastrosas dos resíduos de feijão preto da China (conhecido como feijão detergente). A péssima qualidade do feijão importado reduziu o consumo, descaracterizou a famosa feijoada brasileira e destruiu a cadeia produtiva de feijão preto com grandes prejuízos aos pequenos produtores brasileiros. Situação que se repete com as importações de excedentes de feijão vermelho. Temos que estimular a produção e valorizar a melhoria de qualidade, fator determinante para o aumento de consumo.A realidade das regiões produtoras indica falta de feijões de qualidade superior. Os feijões de qualidade estão sendo vendidos 2 a 5 dias antes da colheita.