Café: Bolsa de NY subiu forte e no mercado físico brasileiro o cereja descascado chegou a R$ 600,00
Tivemos mais uma semana de tempo quente e seco nas regiões produtoras de café do sudeste brasileiro. Com o clima seco, a colheita e o benefício da nova safra avançam mais rápidos e o resultado não entusiasma cafeicultores e compradores. À medida que os serviços avançam e os novos lotes vão entrando nos armazéns, se confirmam quebras na produção, com grãos mais miúdos e baixa porcentagem de peneiras 17 e 18. A qualidade dos lotes também está abaixo da media histórica, com problemas de bebida e aspecto aparecendo até em regiões conhecidas pela qualidade de seus cafés.
Os debates sobre o tamanho da safra atual continuam e tanto produtores como operadores mostram insegurança quanto ao volume total que será colhido e se a qualidade e tamanho dos grãos permitirão um desenrolar tranquilo do comércio brasileiro de café. Aos poucos as opiniões sobre o tamanho da safra brasileira 2015/2016 vão se aproximando dos números da CONAB e se distanciando dos do USDA.
A temperatura alta para esta época do ano e o nível atual dos reservatórios de água da região sudeste, bem mais baixos que nesta mesma época em 2014, indicam que a crise hídrica está longe do fim e que os cafezais brasileiros vão continuar sofrendo com ela por um longo período.
A todo esse quadro junta-se a grave crise econômica e política no Brasil e o que parece ser o início de uma disputa cambial entre a China e as outras grandes potências, que deverá trazer turbulências à economia mundial. Não será tarefa fácil prever os desdobramentos do mercado de café nos próximos meses.
Até o dia 13, os embarques de agosto estavam em 384.999 sacas de café arábica, 68.367 sacas de café conillon, mais 32.930 sacas de café solúvel, totalizando 486.316 sacas embarcadas, contra 878.407 sacas no mesmo dia de julho. Até o dia 13, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em agosto totalizavam 1.176.285 sacas, contra 1.096.750 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 7, sexta-feira, até o fechamento de sexta-feira, dia 14, subiu nos contratos para entrega em setembro próximo, 970 pontos ou US$ 12,83 (R$ 44,55) por saca. Em reais, as cotações para entrega em setembro próximo na ICE fecharam no dia 7 a R$ 594,90 por saca, e dia 14, a R$ 631,50 por saca.
Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em setembro a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 45 pontos.
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