Café: Baixa de 305 pontos para o contrato julho em NY; mercado interno com preços estáveis

Publicado em 12/06/2015 18:02
Não houve alteração no mercado de café está semana. Na ICE Futures US os contratos de café com vencimento em julho próximo acumularam baixa de 305 pontos. No mercado físico brasileiro os preços permaneceram estáveis e todos os lotes oferecidos ao mercado encontram interessados. As ofertas são consideradas baixas pelos produtores, o que dificulta o fechamento de negócios. 

O tempo permaneceu seco nas regiões produtoras do sudeste brasileiro e os trabalhos de colheita avançaram. Estão subindo novas frentes frias. Segundo a SOMAR Meteorologia, entre 17 e 21 de junho o tempo permanecerá úmido e com chuva irregular no Paraná, São Paulo e sul de Minas Gerais. Também voltará a chover na zona da mata de Minas Gerais e Espírito Santo. 

Na terça-feira a CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento divulgou o seu segundo levantamento (período pré-colheita) da safra brasileira de café 2015. Em uma detalhada apresentação com 60 páginas, a CONAB informa que o Brasil deverá colher 44,28 milhões de sacas de 60 quilogramas de café beneficiado. Uma redução de 2,3% quando comparado com a produção de 45,34 milhões de sacas em 2014. 

Também na terça-feira o CECAFÈ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil divulgou as exportações brasileiras de café no último mês de maio. Foram embarcadas 2 783 972 sacas de café. Com esse volume, no ano-safra 2014/2015 (julho de 2014 a junho de 2015) o Brasil já exportou 33 736 541 scs de café, o que significa que se neste mês de junho, o último do ano-safra 2014/2015, exportarmos mais de 1 534 922 scs, o que certamente acontecerá, bateremos nosso recorde histórico de volume de café exportado em um ano-safra (o recorde atual é de 35 271 463 scs, atingido no ano-safra 2010/2011). Em 2014 já havíamos batido o recorde histórico de exportação para um ano calendário, com 36 421 528 scs de café embarcadas (o recorde anterior, de 33 806 173 scs, foi atingido em 2011). 

Em seu “Balanço Semanal” que circula hoje, o CNC – Conselho Nacional do Café informou que o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou ontem, dia 11, o resultado de sua “Pesquisa de Estoques” referente ao segundo semestre de 2014. A instituição apontou que o Brasil possuía 21,7 milhões de sacas de 60 kg de café armazenadas em 31 de dezembro do ano passado — 18,5 milhões de arábica e 3,2 milhões de conilon —, volume 9,7% inferior ao registrado no final de 2013. 

De janeiro a maio deste ano o Brasil exportou 14 901 870 sacas (fonte: CECAFÉ) e, adotando um consumo anual de 20 milhões de sacas, consumiu 8,33 milhões. Utilizamos 23,23 milhões de sacas nestes primeiros cinco meses do ano, 1,53 milhões de sacas acima dos 21,7 milhões estimados pelo IBGE como estoque brasileiro em dezembro último. Com os números apresentados ontem pelo IBGE não teríamos café para exportar ou consumir neste mês de junho.

É difícil chegar a números exatos em um país de dimensões continentais como o Brasil, mas existe praticamente um consenso que desta vez estamos “raspando o fundo do tacho” para cumprir nossos compromissos de exportação e consumo interno. 

O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, informou que no último mês de maio foram embarcadas 2.783.972 sacas de 60 kg de café aproximadamente 8% (231.701 sacas) a menos que no mesmo mês de 2014 e 13% (414.325 sacas) a menos que no último mês de abril. Foram 2.090.979 sacas de café arábica e 404.561 sacas de café conillon, totalizando 2.495.540 sacas de café verde, que somadas a 286.894 sacas de solúvel e 1.538 sacas de torrado, totalizaram 2.783.972 sacas de café embarcadas. 

Até o dia 11, os embarques de junho estavam em 513.657 sacas de café arábica, 50.094 sacas de café conillon, mais 28.028 sacas de café solúvel, totalizando 591.779 sacas embarcadas, contra 670.651 sacas no mesmo dia de maio. Até o dia 11, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em junho totalizavam 1.051.950 sacas, contra 985.784 sacas no mesmo dia do mês anterior. 

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 5, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 12, caiu nos contratos para entrega em julho próximo, 305 pontos ou US$ 4,03 (R$ 12,54) por saca. Em reais, as cotações para entrega em julho próximo na ICE fecharam no dia 5 a R$ 563,47 por saca e hoje, dia 12, a R$ 543,59 por saca. 

Hoje, nos contratos para entrega em julho a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 5 pontos. 

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Fonte:
Escritório Carvalhaes

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