Apesar dos temores da pandemia, 2020 foi positivo para a indústria de trigo brasileira, mas rentabilidade foi prejudicada
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Apesar dos temores da pandemia, 2020 foi positivo para a indústria de trigo brasileira, mas rentabilidade foi prejudicada
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A safra de trigo em 2020 sofreu com algumas dificuldades climáticas na Região Sul, em especial no Rio Grande do Sul e no Paraná e não foi tão grande quanto o esperado inicialmente. Mesmo assim, as 6 milhões de toneladas e a boa qualidade dos grãos foram suficientes para abastecer a indústria nacional do trigo.
Segundo o presidente da Abitrigo, Rubens Barbosa, no início do isolamento social no Brasil houve muitas dúvidas sobre o consumo e a logística da cadeia já que as padarias foram uma das mais afetadas e as importações estavam ameaçadas. Porém, a situação logística da distribuição interna e das importações correu normalmente e no consumo houve uma mudança no perfil do brasileiro, que passou a comprar mais farinha diretamente nos mercados.
Apesar do cenário positivo, houve um ponto ruim para o setor, a rentabilidade das indústrias. Barbosa explica que os custos de produção subiram 60% em 2020 (30% da valorização do dólar ante ao real e 30% do aumento dos preços do trigo) e este acréscimo não foi repassado ao consumidor, que registrou apenas leve aumento que não chegou a afetar o mercado.
Para 2021, a liderança acredita que o consumo interno deve seguir crescendo com a recuperação da economia e a recomposição de renda da população. A expectativa é otimista também para o futuro das lavouras, já que programas nacionais de estimulo ao cultivo do trigo, até mesmo em regiões não tradicionais, devem aumentar a auto-suficiência brasileira.
Confira a íntegra da entrevista com o presidente da Abitrigo no vídeo.
Importação de trigo pelo Brasil deve fechar dezembro com queda acentuada
SÃO PAULO (Reuters) - A importação de trigo pelo Brasil deverá despencar em dezembro, de acordo com dados parciais dos desembarques divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério da Economia, em momento em que uma greve de trabalhadores portuários na Argentina afeta o escoamento do principal fornecedor do cereal aos moinhos brasileiros.
Até a quarta semana deste mês, as importações de trigo e centeio não moídos pelo Brasil haviam atingido cerca de 237 mil toneladas, ante 650 mil toneladas em dezembro completo de 2019, segundo os dados do ministério.
Uma greve de trabalhadores nos portos atrasou o carregamento de diversos tipos de grãos em mais de 140 navios na Argentina, um dos maiores fornecedores mundiais de alimentos, disse nesta segunda-feira a câmara das empresas agroexportadoras CIARA-CEC.
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