Açúcar: Dados da Unica nesta 3ª feira pesam sobre cotações nas bolsas de NY e Londres
Açúcar: Dados da Unica nesta 3ª feira pesam sobre cotações nas bolsas de NY e Londres
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (12) com quedas leves nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado do adoçante foi pressionado no dia pelos indicativos de ampla oferta no novo relatório da Unica, além das oscilações do financeiro.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve desvalorização de 0,27%, cotado a 21,89 cents/lb, com máxima em 22,10 cents/lb e mínima de 21,77 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato caiu no dia 0,23%, negociado a US$ 615,70 a tonelada.
"O relatório da Unica trouxe um volume moído de cana na média a um pouco acima do esperado, mas a grande novidade é que 28 unidades produtoras devem reiniciar sua atividade em março", explica Lívea Coda, analista de açúcar e etanol da Hedge Point Global Markets.
A expectativa da analista é que esse volume ainda seja referente à safra 2023/24.
A moagem de cana-de-açúcar na segunda quinzena de fevereiro na região Centro-Sul totalizou 551,73 mil toneladas. Nesse mesmo período no ano anterior, a quantidade processada foi de 71,79 mil t, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica)
A produção de açúcar na segunda metade de fevereiro foi de 16,13 mil toneladas e fabricação de etanol totalizou 328,83 milhões de litros (+114%).
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Livea explica ainda que os preços do açúcar oscilaram bastante nos últimos dias acompanhando reportes sobre a nova safra do Centro-Sul do Brasil e dados da Índia, mas não tiveram forças para ultrapassar os 22 cents/lb em nenhum momento, algo que segue sendo registrado.
A consultoria Datagro revisou na semana passada sua previsão de moagem de cana no Centro-Sul na safra 2024/25 para 592 milhões de toneladas. O volume representa uma queda de 9,8% ante o recorde do ciclo anterior, de cerca de 650 milhões de t, acordo com a empresa.
A hEDGEpoint Global Markets estima a próxima safra de cana do Centro-Sul do Brasil em 615 milhões de t, ante 655,3 milhões de t do ciclo atual, mas há possibilidade de novas revisões. As chuvas foram bastante irregulares e dispersas por toda a região produtora.
Na Índia, os reportes que têm chegado ao mercado de uma condição melhor que o esperado inicialmente das lavouras. Ainda assim, haverá impacto do clima.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar têm recuado nos últimos dias, apesar de repiques. Apesar do recuo, as vendas domésticas voltaram a remunerar mais que as exportações, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 142,80 a saca de 50 kg com valorização de 1,18%.
Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 164,48 e queda de 0,41%, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 23,04 c/lb com alta de 3,75%.
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