Açúcar se ajusta na sessão desta 5ª feira depois de perdas expressivas registradas na véspera
Açúcar se ajusta na sessão desta 5ª feira depois de perdas expressivas registradas na véspera
As cotações futuras do açúcar finalizaram a sessão desta quinta-feira (07) com leve alta nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado teve suporte de um movimento de ajuste de posições após a despencada da véspera com alívio nos temores com a oferta.
O petróleo também contribuiu para a alta do adoçante no dia.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 0,13%, a 23,03 cents/lb, com máxima em 23,93 cents/lb e mínima de 22,80 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve alta de 0,39%, negociado a US$ 646,10 a tonelada.
"O mercado já vem caindo desde a semana passada. E muito por causa do Brasil, porque a produção está entrando até dezembro e temos um volume maior do que estava se esperando. Nesse período, costuma chover um pouco mais e um outro ponto são os fundos especulativos que tem uma posição comprada muito grande", disse Annelise Izumi, analista da consultoria Agro do Itaú BBA.
O mercado, porém, não descarta a retomada do cenário negativo para o adoçante. Além do otimismo com a safra 2023/24 do Brasil, que está em andamento, e com a próxima, a Índia orientou as usinas de açúcar a não usar caldo ou xarope de cana para produzir etanol.
Com isso, Nova Délhi tenta aumentar a oferta de açúcar reduzindo a do biocombustível. Segundo a agência Reuters, a medida ajudará a reduzir o desvio de cerca de 2,14 milhões de toneladas de açúcar para a produção de etanol a partir do caldo de cana.
A Organização Internacional do Açúcar (ISO, na sigla em inglês) também informou nesta quinta-feira que a safra da Tailândia pode começar a partir do dia 10 de dezembro. Já os produtores do Nordeste da Austrália se preparam para um potencial ciclone.
No financeiro, o mercado do açúcar também encontrou suporte no dia do petróleo. As oscilações do óleo bruto impactam diretamente na decisão de produção das usinas do Centro-Sul, se serão mais voltadas para a produção do adoçante ou etanol.
MERCADO INTERNO
Os preços internos do açúcar permanecem em queda. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 155,71 a saca de 50 kg com desvalorização de 0,10%.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP). Ainda assim, as cotações atuais operam acima das praticadas no mesmo período do ano passado, tendo em vista que usinas priorizam as exportações do açúcar.
Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 155,48 - estável, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 23,97 c/lb com desvalorização de 7,85%.
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