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Após incêndio, produtor inicia nova safra de cana com temores em relação aos custos

Publicado em 13/01/2022 17:08 e atualizado em 14/01/2022 10:21
Luiz Odilon - Canavicultor na Região de Jardinópolis/SP
Canavicultor adotará na safra 2021/22 fertilização orgânica para fugir dos altos custos dos químicos, mas ainda assim teme alta de outros componentes da produção

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Entrevista com Luiz Odilon - Canavicultor na Região de Jardinópolis/SP sobre o Acompanhamento Safra da Cana-de-Açúcar

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O canavicultor Luiz Odilon, da região de Jardinópolis/SP, teve de aumentar em 50% a área de reforma do canavial, devido a problemas com um incêndio em parte da produção ano passado, que queimou uma boa parte das canas soqueiras.

Para diminuir os prejuízos, ele utilizou parte da propriedade, antes destinada à cana-de-açúcar, para o cultivo de soja. Com isso, ele obteve uma antecipação de renda com a venda da oleaginosa, que está se desenvolvendo muito bem, com boas chuvas na região. O faturamento extra ajudará a cobrir o prejuízo com as quebras da safra 21/22 e a plantar as novas canas.

Para a safra 22/23, as expectativas de Odilon não são boas, ao contrário de boa parte dos analistas de mercado. “Estão vendo por fora e não estão olhando o que está dentro. Isso vai dar um susto muito grande em questão de produtividade”, afirmou.

Odilon explicou que a cana permaneceu caída por um período longo e teve pouco tempo para crescer, por isso ele acredita que não será possível recuperar o que está sendo previsto. “Eu coloco em dúvida se vai conseguir colher uma safra melhor do que a do ano passado”, frisou o produtor.

Outra preocupação é em relação aos custos de produção da safra 22/23. Odilon tem uma vantagem, pois está produzindo cana com fertilização 100% orgânica, com esterco de granja e gado confinado. Com isso, quando for comprar fertilizantes, ele poderá escolher um momento com melhores opções de compra, quando a demanda e oferta estiverem mais equivalentes.

O principal motivo de atenção quanto aos custos, segundo ele, fica por conta do diesel. Isso ocorre principalmente pelo fato da demanda por petróleo ser maior nos meses de inverno do hemisfério norte, como ele afirmou. Quanto aos outros gastos, ele recomenda um planejamento para que o produtor consiga comprar nos melhores momentos.

“No ano passado a gente esperou bons momentos para realizar boas comprar. O objetivo nesta temporada é fazer isso. Temos que ficar de olho nas janelas que vamos ter, e elas nem sempre coincidem com a necessidade. Então temos que estar com o caixa pronto para adquirir o produto na hora certa”, recomendou o produtor.

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Por:
Jhonatas Simião e Igor Batista
Fonte:
Notícias Agrícolas

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