Biomassa da cana para geração de energia elétrica lidera volume comercializado em leilão

Publicado em 07/10/2021 16:20 e atualizado em 07/10/2021 17:16
Zilmar Souza - Gerente de Bioeletricidade da UNICA
Liderança da biomassa no leilão de Energia Nova A-5 demonstra reconhecimento efetivo dos atributos dessa fonte no futuro e potencial do Brasil

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Entrevista com Zilmar Souza - Gerente de Bioeletricidade da UNICA sobre a biomassa da cana

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Projetos de geração de energia elétrica a partir da biomassa da cana lideraram os volumes contratados no leilão de Energia Nova A-5. Foram 489 lotes representando 32,3% do total comercializado. O leilão foi realizado, nesta quarta-feira (30), pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Ao todo, a fonte biomassa comercializou 531 lotes com 6 empreendimentos envolvendo especificamente a biomassa sucroenergética (489 lotes) e um projeto com cavaco de madeira (42 lotes). Os projetos vencedores terão início de suprimento a partir de janeiro de 2026, em atendimento à demanda das distribuidoras de energia elétrica.

Para Zilmar Souza, gerente de bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), embora o volume contratado total da biomassa tenha sido pequeno, apenas 53 MW médios, a liderança da biomassa no A-5 de hoje mostra que havendo um processo de melhorias na forma de contratação da biomassa, com o reconhecimento efetivo dos atributos dessa fonte no futuro, a biomassa poderá responder rapidamente e positivamente nos próximos leilões de energia elétrica, entregando uma energia não intermitente e renovável ao sistema.

Os contratos negociados neste leilão pela fonte biomassa terão duração de 20 anos, prevendo-se a entrega de 9.309.492 MWh, equivalente a evitar a emissão estimada de quase 3 milhões de toneladas de CO2 no período, marca que somente seria atingida com o cultivo de 18 milhões de árvores nativas ao longo de 20 anos.

O leilão previa a contratação de energia provenientes de novos empreendimentos de geração hídrica, eólica, solar, térmicas à biomassa, carvão mineral ou gás natural, além de térmicas que utilizam como combustível resíduos sólidos urbanos.

Com informações da Unica

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