CTC obtém aprovação do CTNBio para comercialização de cana transgênica resistente à broca
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Entrevista com Silvia Yokoyama - Diretora de Assuntos Regulatórios do CTC sobre a Cana do CTC obtém aprovação do CTNBio
DownloadUma nova variedade transgênica de cana-de-açúcar superprecoce com resistência à broca do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) recebeu aprovação para comercialização pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Com isso, o centro totaliza seis materiais geneticamente modificados com foco na praga. A recém-aprovada, CTC9005Bt, ainda passará por testes de multiplicação antes de ser lançada.
“A partir do momento que nós temos essa aprovação, nós partimos para outra etapa, que é a pré-comercial... O que nós temos a partir de agora é a introdução desses materiais todos em viveiros para que nós possamos começar a multiplicação dessas mudas antes de serem enviadas ao mercado”, disse ao Notícias Agrícolas Silvia Yokoyama, diretora de assuntos regulatórios do CTC. Essa etapa pode levar até dois anos.
Nesta safra de cana-de-açúcar, que está sendo colhida e processada pelo Brasil, o CTC disponibilizou duas novas variedades resistentes à broca aos produtores do país, a CTC20Bt e a CTC9001Bt, com plantio que já totaliza cerca 150 usinas. Com isso, no total, são seis materiais transgênicos desenvolvidos pelo centro nos últimos anos com resistência à praga, que gera perdas representativas a cada temporada.
Novos lançamentos são previstos pelo CTC nas próximas safras. “Temos aí todo um trabalho já sendo desenvolvido. Nós estamos em via de introdução de outras duas variedades que serão extremamente importantes para diferentes regiões e aí com isso vamos cobrir as diferentes regiões do Brasil, clima, solo e também todos os aspectos relacionados ao ciclo da cana com variedades precoces, médias e tardias”, explica Yokoyama.
A especialista do CTC também destaca os aspectos sustentáveis dos materiais. “Uma variedade sendo resistente ao ataque de broca, nós conseguimos evitar a utilização de uma grande quantidade de agroquímicos para o controle. Quando a gente tem uma quantidade menor de agroquímicos, como consequência, temos uma menor quantidade também de maquinários utilizados para aplicação desses agroquímicos e, consequentemente, uma menor quantidade de óleo diesel sendo utilizado”, diz Yokoyama.
“Essa é a nossa contribuição para com todo o setor produtivo no sentido de tornarmos nossos canaviais cada vez mais sustentáveis. Nós cremos que essa é uma contribuição bastante importante e que todo o setor vem perseguindo nos últimos anos”, completa.
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