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Custos na safra 2021/22 de cana-de-açúcar devem ter salto de mais de 10%, projeta CNA

Publicado em 14/04/2021 16:20 e atualizado em 15/04/2021 10:58
Thiago Rodrigues - Assessor técnico da CNA
Projeto Campo Futuro mostra que dispêndio saiu de uma média de R$ 100,80 por tonelada no último ciclo e pode chegar a até R$ 111,90/t na nova temporada

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Entrevista com Thiago Rodrigues - Assessor técnico da CNA sobre a Alta do preço dos insumos na safra Cana-de-Açúcar

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​Os custos de produção de cana-de-açúcar na safra 2021/22 no Centro-Sul do Brasil devem ter um salto de 11%, segundo projeções da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) no projeto Campo Futuro, saindo de uma média de R$ 100,80 por tonelada para até R$ 111,90/t. No próximo ciclo, os preços também podem ter elevação.

“Isso liga o sinal de alerta ao produtor. Se ele não se programou para fazer compras antecipadas dos principais insumos que envolvem a atividade, ele vai sofrer um com a redução de margens”, afirma Thiago Rodrigues, assessor técnico da CNA.

O diesel, que representa cerca de 12% no peso dos custos de produção de cana-de-açúcar na safra 2021/22, acumula uma valorização de 25% nos preços desde abril do ano passado, segundo as análises da CNA. Outro ponto de atenção na pesquisa da confederação veio dos fertilizantes, que também subiram bastante.

“Na nossa base de dados. de quase oito adubos formulados, tivemos um incremento médio de 22% no preço praticado pela tonelada de janeiro do ano passado até agora e isso repercute na safra que está sendo colhida agora e na próxima também”, pontua Rodrigues.

O especialista destaca que a pandemia impactou nos preços dos insumos com queda na produção como, por exemplo, na China no caso dos fosfatados. Já no diesel, houve redução de demanda e depois correções. Além disso, os preços de arrendamento para a produção vinculada ao preço de ATR, por exemplo, têm projeção de até 13% de aumento.

Diante da expectativa de alta nos custos na atual safra e possíveis reflexos na próxima, Rodrigues recomenda um gerenciamento otimizado das atividades pelo produtor. “É fazer travamento de preço no mercado futuro, principalmente nos fertilizantes. E trabalhar com consultorias especializadas para que tenha segurança e assim consiga diminuir os impactos”, explica.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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