Investidores levam cana para usina, com receita nas duas pontas, e se protegem do risco, como na operação com a Clealco
Os canavicultores estão trabalhando em parceria com os investidores do mercado sucroalcooleiro, que compram a cana-de-açúcar e intercedem com as usinas que tem capacidade de moagem ociosa.
De acordo com o gestor da Hagro Capital, José A. de Sá Martins, esta operação verticalizada começou com uma demanda dos investidores do mercado sucroalcooleiro com relação à necessidade de originação produtos de etanol. “Isso foi mais especificamente no inicio da safra anterior, nos fomos procurados para estruturar uma originação desse etanol e identificamos uma oportunidade”, afirma.
Nesta operação verticalizada, os produtores recebem o pagamento de forma antecipada em que não tem o risco de não receber. No caso dos investidores, se tornam os donos da matéria-prima e do etanol e o açúcar.
Ainda segundo o gestor, a empresa é responsável por toda a estruturação da operação em que identificar os investidores é uma parte do trabalho para a originação de recursos. “Nas operações estruturadas ajudam a minimizar custos e amplificar o máximo das etapas e repartir os resultados com os players do processo e remunerar o investidor”, explica.
Atualmente, há uma operação inicial na região de Araçatuba/SP em que esse modelo ainda está sendo aprimorado. “Nós já estamos trabalhando a mais de um ano, essas hipóteses que identificamos foram todas confirmadas nesta localidade em que possibilitou a compra de uma cana mais barata e os produtores não tinham para quem entregar”, comenta.
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