Soja em Chicago reage com evidências de estresse hídrico nas lavouras nos EUA; condições das áreas vão determinar preços no curto prazo

Publicado em 06/06/2023 17:17 e atualizado em 06/06/2023 18:03
Mário Mariano Moraes Júnior - Diretor Comercial Agrosoya/Novo Rumo Commodities
Para médio e longo prazos, a dificuldade dos americanos de cumprir programa de exportação e uma safra cheia nos EUA podem pesar sobre as cotações

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Soja em Chicago reage com evidências de estresse hídrico nas lavouras nos EUA: condições das áreas vão determinar preços no curto prazo

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Os futuros da soja fecharam o pregão desta terça-feira (6) em campo positivo, testando ligeiros ganhos na Bolsa de Chicago, de 3,25 a 5 pontos nos contratos mais negociados. O julho terminou o dia com US$ 13,53 e o novembro com US$ 11,84 por bushel. Segundo explicou Mário Mariano, diretor comercial Agrosoya/Novo Rumo Commodities, em entrevista ao Notícias Agrícolas, o movimento de suporte dos últimos dias se deu com as notícias melhores sobre o endividamento americano e atento ao clima nos EUA dando alguns sinais de alerta. 

O relatório desta segunda-feira (5) do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) apontou que o plantio da safra 23/24 está na reta final, e que 62% das lavouras americanas estão em boas ou excelentes condições. O número ficou abaixo dos 70% do mesmo período do ano passado e também aquém da média dos últimos cinco anos no caso da qualidade das lavouras. 

"Os fundos que estavam vendidos em função do excesso de oferta na América do Sul começaram a diminuir a pressão sobre vendas na Bolsa de Chicago", disse Mariano. "E com esse possível sinal amarelado para o clima nos EUA, voltaram a fazer compras e compras de realização de lucros, inclusive por conta do relatório USDA que será divulgado na próxima sexta-feira". 

O especialista lembra ainda que a dificuldade dos americanos em cumprir seu programa de exportação ao passo em que uma safra cheia vá se confirmando, um novo momento de pressão sobre os preços poderia se configurar. 

Assim, o mercado segue divivido, mesmo entre seus fundamentos, focado no desenvolvimento da nova safra dos Estados Unidos, na medida em que não deixa de monitorar o comportamento da demanda e o que ainda há de oferta a ser comercializado no Brasil. 

Do mesmo modo, os compradores acompanham também o comportamento do dólar frente ao real e como fica a competitividade tanto da soja brasileira, quanto da norte-americana. E os movimentos da divisa também seguirão como vetores determinantes para a formação dos preços para o produtor brasileiro. 

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Por:
Aleksander Horta e Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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