Soja em Chicago amplia distância entre preços das safras atual e nova com diferenças de até dois dólares por bushel
A soja resistiu frente às baixas das demais commodities e fechou o pregão desta segunda-feira (27) em campo positivo na Bolsa de Chicago, subindo entre 6,25 e 19,75 pontos nos principais vencimentos. O julho encerra o dia com US$ 16,30 e o setembro, com US$ 14,52 por bushel. A diferença entre o mercado spot e o vencimento mais distante, já como referência para a safra nova americana, se intensifica e já é de quase US$ 2,00/bu.
Para Luiz Fernando Gutierrez, analista da Safras & Mercado, apesar da movimentação positiva deste início de semana, o mercado da soja na CBOT ainda carrega um momento de pressão, com as perspectivas de uma safra cheia a ser colhida pelos EUA nesta temporada, que justifica essa diferença entre contratos mais curtos e mais longos.
"Se de fato os EUA colherem uma safra de 126 milhões de toneladas é uma safra que ajuda a aliviar um pouquinho os estoques e por isso temos que trabalhar com um mercado a frente, principalmente, a partir de setembro", diz.
Ainda neste início de semana, outros dois fatores deram espaço para uma breve recuperação dos futuros da oleaginosa, sendo um deles a vitória decretada por Xangai, na China, contra o covid depois de oito semanas de lockdown, bem como a greve dos caminhoneiros na Argentina que entrou em seu quinto dia.
No entanto, Gutierrez explica ainda que "há algum tempo o mercado vem tirando o peso da Argentina. Obviamente sabemos da importância da Argentina para os subprodutos, ainda são os maiores exportadores do mundo, mesmo perdendo força. Então, por esse lado, pode ter algum impacto".
Mais do que isso, o analista destaca também a espera do mercado pelo novo boletim de área que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta quinta-feira (30), porém, de olho mais ainda sobre as condições de clima no Corn Belt. O clima é favorável neste momento e, como explica o analista, até este momento, dando condições para uma safra regular no país.
No Brasil, um dos destaques continua sendo o dólar. Apesar da baixa desta segunda, a moeda americana ainda encerrou a sessão com R$ 5,23, o que ajuda a garantir que os preços não sejam ainda mais baixos no mercado nacional.
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