Faltam poucos dias para iniciar o tradicional rally de alta dos preços da soja em Chicago, lembra consultor nos EUA
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Entrevista com Aaron Edwards - Consultor de Mercado da Roach Ag Marketing sobre o Fechamento de Mercado da Soja
Os futuros da soja terminaram o dia com estabilidade na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (19), com um leve movimento de realização de lucros. As oscilações ficaram entre 1,75 e 3 pontos, entre pequenas altas e baixas. O maio concluiu o pregão com US$ 17,16 e o agosto com US$ 16,44 por bushel.
Todavia, para o consultor de mercado Aaron Edwards, da Roach Ag Marketing, os fundamentos ainda dão espaço para que os preços possam testar patamares ainda mais elevados, principalmente com os baixos estoques globais de oleaginosa. Não só o cenário fundamental sinaliza isso, mas também o quadro de gráficos.
"É aquele ponto do ano em que os fundamentos e os gráficos se alinham, pelo grau de incerteza sobre a safra norte-americana", diz. "Seria comum termos ganhos fortes entrando".
Este é um ano que o mercado não permitirá falhas na safra dos Estados Unidos, mas sempre há sustos e de agora em diante a volatilidade tende a se intensificar ainda mais, com um mercado que tende a se mover muito rapidamente. As condições de clima no Corn Belt ainda não são as mais ideais para o plantio e o avanço, portanto, se mostra um pouco mais lento.
"Há regiões do Delta, a primeira a plantar, próxima do vale do Mississippi, está muito molhado e eles já estão atrasados. Para o lado das Dakotas, no oeste do cinturão, está muito seco e frio. A parte principal do cinturão está muito fria, há neve, e a temperatura do solo está congelando ou um pouquinho acima de zero. Então, em todos os EUA há problema para plantar", explica o consultor.
Assim, as atuais condições trazem certa preocupação pela janela ideal para a semeadura. "Não está atrasado, não é crítico, mas a safra começou com o pé esquerdo", diz.
MERCADO BRASILEIRO
Para Edwards, no Brasil, quem tem soja ainda disponível para vender tem que ter também paciência, em especial até a chegada do milho safrinha.
"A decisão difícil para o produtor brasileiro será diante de possíveis altas em Chicago e expectativas sobre se o prêmio vai crescer. Mas, isso é uma preocupação para junho, julho. O que pode ser guardado para o segundo semestre, sem problema financeiro, sem nada, vamos ser paciente. O mundo ainda precisa da soja brasileira", afirma.
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