Apesar das fortes altas em Chicago, movimento não chegou ao produtor brasileiro que viu prêmios e dólar recuarem
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Entrevista com Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado da Brandalizze Consulting sobre o Fechamento de Mercado da Soja
As altas entre os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago foram de 24,50 a 33,50 no fechamento do pregão desta terça-feira (22). O mercado da oleaginosa acompanhou as demais commodities agrícolas - em especial o trigo - refletindo os problemas geopolíticos e a escalada de tensões entre Rússia e Ucrânia. O maio fechou com US$ 16,35 e o julho com US$ 16,30 por bushel.
Subiram ainda os futuros do óleo de soja, que fechou o dia com mais de 4% de alta na CBOT, bem como farelo, milho e trigo, além do petróleo.
"Esse deve ser um fator de curto prazo, não acredito que seja de longo, porque não acredito que deva haver uma guerra do Ocidente contra a Rússia, acho que vai ficar nessa briga diplomática", acredita Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting, em entrevista ao Notícias Agrícolas.
Na sequência, o mercado deverá seguir monitorando o comportamento da demanda da China, que se mostra um pouco mais contida neste ano. "Hoje, nos valores de Chicago mais prêmios dá margem negativa na China e o principal fator é que o governo chinês não quer inflação. Então, ele vai apoiar o setor com venda de estoques, a China tem mais de 34 milhões de toneladas em estoque e eles vão usar isso como argumento para deixar que o mercado se acomode", explica o consultor.
Os traders também se preparam para receber os novos e primeiros números da safra 2022/23 que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz em seu fórum anual, que acontece entre 24 e 25 deste mês.
No Brasil, os preços seguem testando patamares acima dos R$ 200,00 por saca nos portos, mesmo com a baixa do dólar frente ao real se intensificando.
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