Soja: Mercado se divide entre fundamentos e quadro geopolítico para encerrar dia em Chicago com leves altas
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Entrevista com Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro sobre o fechamento do mercado da soja
O mercado da soja se dividiu entre seus fundamentos e o atual quadro geopolítico e encerrou o dia com pequenas altas nas posições mais negociadas na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa, ao longo do dia, chegaram a testar os US$ 16,00 por bushel, porém, o maio encerrou os negócios com US$ 15,96 e p julho com US$ 15,93 por bushel, com altas de 4,50 a 4,75 pontos nos principais contratos.
Ginaldo Sousa, diretor geral do Grupo Labhoro, explicou que estiveram no radar dos traders o comportamento dos fundos investidores, a nova escalada das tensões entre Rússia e Ucrânia, bem como os fundamentos de oferta, em especial da safra da Argentina, que mostra perdas ainda mais agressivas depois de mais dias quentes e secos.
A demanda também está em foco, causando ainda certa preocupação. "O mercado espera resolver as questões da demanda, mas também olha para as questões da oferta", afirma Sousa. "Sem dúvida a demanda está lenta, a China está lenta, comprando da mão para boca e sabe perfeitamente da quebra da América do Sul, mas não vai sair correndo para comprar", complementa.
PARA O PRODUTOR BRASILEIRO
Na análise do diretor, os produtores brasileiros estão caminhando corretamente, vendendo aos poucos sua nova safra, aproveitando preços nos portos que chegaram a superar os R$ 200,00 por saca, e aproveitar também para garantir as compras dos inusmos para a próxima temporada, os quais continuarão caros.
"O produtor brasileiro tem que trabalhar com a cabeça de que ainda não viu as altas do mercado. Temos pela frente grandes equações a serem resolvidas e elas só serão resolvidas com o tempo", orienta.
Sobre os prêmios no Brasil, ele acredita que os valores podem voltar a subir frente à escassez da oferta e a demanda interna e a exportação ainda disputando os volumes baixos de soja disponível no país.
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