Soja sobe mais de 30 pts nesta 4ª em Chicago e oferta ajustada sinaliza espaço para novos ganhos
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Entrevista com Eduardo Vanin - Analista de Mercado da Agrinvest sobre o fechamento do mercado da soja
Depois de dois dias de baixas agressivas, os futuros da soja voltaram a subir na Bolsa de Chicago e terminaram o pregão desta quarta-feira (16) com altas de mais de 30 pontos e mais uma vez os preços se aproximando dos US$ 16,00 por bushel. O maio concluiu o dia sendo cotado a US$ 15,91 e o julho com US$ 15,89 por bushel.
Os futuros do grão acompanharam as altas entre os derivados, que foram lideradas pelo farelo de soja, os quais terminaram os negócios na CBOT com ganhos superiores a 2%. O mercado do subproduto que já vem passando por estoques globais apertados recebeu ainda a notícia de um incêndio na maior planta esmagadora de soja dos EUA, no estado de Indiana.
Não se trata de um incêndio generalizado na fábrica da Louis Dreyfus, em Claypool, porém, a planta teve as operações paralisadas e a informação acabou trazendo ainda mais espaço ao movimento de altas no farelo e na soja já que a oferta, nos EUA, acaba ficando mais limitada, ao menos por agora, de ambos os produtos.
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Além do "fato novo", o mercado também voltou a subir ao se direcionar novamente aos seus fundamentos, em especial a oferta muito curta na América do Sul. E como explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities, o teto produtivo sul-americano pode vir a ficar ainda mais baixo.
Do lado da demanda, há preocupações com o comportamenot da China, suas compras mais tímidas e lentas neste momento em função das margens ruins de esmagamento por lá, de que forma a dinâmica da nação asiática vai se desenhar ao longo do ano frente a esta situação. Nos últimos dias, o mercado foi reagindo a notícias de soja brasileira sendo revendida pelos chineses no destino, rumores de washout e informações de um leilão que deverá acontecer nos próximos dias.
Assim, embora haja uma demanda mais contida agora, a oferta é muito menor do que o inicialmente projetado, a demanda precisa se adequar a isso e, ainda segundo o analista, "o mercado precisa dar o sinal certo para o produtor, sempre incentivando um aumento de área", primeiro para os produtores norte-americanos que estão definindo seus caminhos para a safra 2022/23.
"Quanto mais alto o preço vai, maior é a volatilidade. O produtor tem que estar atento aos momento de mercado. Quando a soja passou de US$ 16, nós recomendamos algumas vendas para os produtores e se protegerem de mais altas, e é isso que o produtor está fazendo. Ir aproveitando as oportunidades, mas sempre estando protegido", diz. "E o consumidor também tem que se proteger desse momento onde temos uma matéria-prima ficando cada vez mais cara".
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