Soja em Chicago teve dia de realização de lucros após forte valorização nos últimos dias. Mercado segue de olho no clima na América do Sul
Podcast
Fechamento de Mercado da Soja
Os preços da soja fecharam o pregão desta quinta-feira (18) em queda na Bolsa de Chicago. Os principais contratos terminaram o dia com perdas de 10,75 a 11,75 pontos, levando o janeiro a US$ 12,65 e o maio a US$ 12,85 por bushel. Mais cedo, o mercado operou do lado positivo da tabela e os contratos mais longos chegaram a testar os US$ 13,00 por bushel.
Entre os derivados, também houve realização de lucros, com o óleo fechando a quinta-feira com leves baixas e o farelo encerrando os negócios com perdas de mais de 1% entre as posições mais negociadas.
"Não temos nenhum dado negativo que tenha embasado este movimento, foi realmente um movimento de realização de lucros, porque desde o último relatório do USDA - no dia 9 - o mercado ganhou muita força. Então, os principais players aproveitaram para realizar lucros e realinhar suas carteiras", explicou Luiz Fernando Gutierrez, analista de mercado da Safras & Mercado.
Ainda entre os fundamentos, ele destaca para as novas vendas que foram informadas nesta semana pelo USDA - as quais o mercado especula terem sido feitas pela China - e para algumas precoupações que os mapas climáticos mostram para a América do Sul entre dezembro e janeiro. "Temos mapas apontando para chuvas abaixo da média no Brasil e na Argentina, então temos alguns fundamentos que seguram também o mercado".
Gutierrez acredita ainda que o mercado em Chicago, apesar de poder ver a continuidade da realização de lucros, segue encontrando suporte acima dos US$ 12,00 e pode até mesmo segurar os US$ 12,50 caso as compras chinesas continuem aparecendo.
MERCADO NACIONAL
No Brasil, os negócios evoluíram melhor nos últimos dias, com os produtores aproveitando a melhora dos preços. As cotações registraram valorização refletindo a combinação entre os ganhos na CBOT e o dólar ainda valorizado frente ao real. Até mesmo com a soja disponível as vendas avançaram e como explica o analista já há algo entre 94% e 95% vendidos da safra 2020/21.
"O produtor está muito capitalizado este ano, ele vendeu a soja muito bem, em patamares crescentes. E este é o fator que faz ele participar menos, mas quando o mercado tem momentos positivos ele participa. E eu acredito que ele tem que participar um pouco mais de safra nova, porque o quadro está completamente aberto para Brasil e Argentina", diz.
A atenção tem que estar dividida ainda com os custos da safra 2022/23, os quais serão mais elevados e podem exigir mais planejamento.
0 comentário
Pátria: Plantio da soja 2024/25 chega a 83,29% da área
Soja tem cenário de sustentação em Chicago agora, principalmente por força da demanda
USDA informa novas vendas de soja nesta 6ª feira, enquanto prêmios cedem no Brasil
Soja opera estável nesta 6ª em Chicago, mas com três primeiros vencimentos abaixo dos US$ 10/bu
Soja volta a perder os US$ 10 em Chicago com foco no potencial de safra da América do Sul
USDA informa nova venda de soja - para China e demaisa destinos - e farelo nesta 5ª feira