Soja: Vendas da safra 20/21 têm bons momentos até fim do 1º semestre; 21/22 dá boa renda. Diferencial é a estratégia
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Entrevista com Marcos Araújo - Analista da Agrinvest sobre os Negócios para Soja 2021/22
DownloadO atual momento é de forte volatilidade para o mercado internacional da soja e de redefinição para as estratégias de comercialização para os produtores brasileiros, que precisam manter total atenção aos componentes que formam o tripé de preços para a soja nacional: preços em Chicago, prêmios e dólar.
Assim, em entrevista ao Notícias Agrícolas, o analista de mercado Marcos Araújo, da Agrinvest Commodities, traçou os cenários possíveis para o que há ainda para ser comercializado da safra 2020/21 - cerca de 30% da safra - e também como os negócios com a safra 2021/22. A rentabilidade alta continua a ser esperada, porém, tudo depende de boas operações, estruturadas e que contem com boas estratégias.
SAFRA 2020/21
Segundo Araújo, para este volume da safra velha há ainda boas oportunidades de venda para o produtor brasileiro, principalmente até o final deste primeiro semestre.
"O mercado nos mostra que os melhores preços para a soja são até julho, lembrando que a escassez de soja nos EUA se intensifica até agosto, depois começa a colheita. Então, poderia ser um bom momento para o produtor olhar com carinho e fazer um hedge sobre julho e mais o dólar futuro", explica. "Hoje a matemática nos mostra que não compensa manter a soja armazenada para vender em setembro, outubro, novembro", completa.
Mais do que isso, neste período, a competitividade da soja brasileira também segue forte para a oferta da safra atual, com importações, inclusive dos EUA sendo registradas nesta terça-feira.
No Brasil, o mercado está atento à redução ainda do mandatório d o biodiesel de 13% para 10%, o que pode manter a indústria com o pé no freio para novas compras e ajustar o esmagamento brasileiro, alémn de ampliar o volume de soja disponível a ser exportada.
Considerando uma referência para Rio Verde, em Goiás, contabilizando maio/21 em Chicago a US$ 15,53, dólar em R$ 5,40 e prêmio negativo em 20 cents de dólar, se traduz em uma soja de R$ 180,00 no porto e de R$ 168,00 no município em questão, descontando as despesas logísticas.
No vídeo acima, confira o exemplo sendo dado na prática com o apoio da plataforma ProMarket.
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