Soja: Vendas da safra 20/21 têm bons momentos até fim do 1º semestre; 21/22 dá boa renda. Diferencial é a estratégia

Publicado em 28/04/2021 11:40 e atualizado em 28/04/2021 16:37
Marcos Araújo - Analista da Agrinvest
Marcos Araújo traz exemplos práticos que mostram como a rentabilidade do produtor brasileiro pode ser ainda melhor para a próxima temporada, com vendas e operações de opções ou seguros de alta andando lado a lado. Foco também sobre o mercado futuro de câmbio e nos prêmios, que são ainda positivos para safra nova.

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Entrevista com Marcos Araújo - Analista da Agrinvest sobre os Negócios para Soja 2021/22

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O atual momento é de forte volatilidade para o mercado internacional da soja e de redefinição para as estratégias de comercialização para os produtores brasileiros, que precisam manter total atenção aos componentes que formam o tripé de preços para a soja nacional: preços em Chicago, prêmios e dólar. 

Assim, em entrevista ao Notícias Agrícolas, o analista de mercado Marcos Araújo, da Agrinvest Commodities, traçou os cenários possíveis para o que há ainda para ser comercializado da safra 2020/21 - cerca de 30% da safra - e também como os negócios com a safra 2021/22. A rentabilidade alta continua a ser esperada, porém, tudo depende de boas operações, estruturadas e que contem com boas estratégias. 

SAFRA 2020/21

Segundo Araújo, para este volume da safra velha há ainda boas oportunidades de venda para o produtor brasileiro, principalmente até o final deste primeiro semestre. 

"O mercado nos mostra que os melhores preços para a soja são até julho, lembrando que a escassez de soja nos EUA se intensifica até agosto, depois começa a colheita. Então, poderia ser um bom momento para o produtor olhar com carinho e fazer um hedge sobre julho e mais o dólar futuro", explica. "Hoje a matemática nos mostra que não compensa manter a soja armazenada para vender em setembro, outubro, novembro", completa. 

Mais do que isso, neste período, a competitividade da soja brasileira também segue forte para a oferta da safra atual, com importações, inclusive dos EUA sendo registradas nesta terça-feira. 

No Brasil, o mercado está atento à redução ainda do mandatório d o biodiesel de 13% para 10%, o que pode manter a indústria com o pé no freio para novas compras e ajustar o esmagamento brasileiro, alémn de ampliar o volume de soja disponível a ser exportada. 

Considerando uma referência para Rio Verde, em Goiás, contabilizando maio/21 em Chicago a US$ 15,53, dólar em R$ 5,40 e prêmio negativo em 20 cents de dólar, se traduz em uma soja de R$ 180,00 no porto e de R$ 168,00 no município em questão, descontando as despesas logísticas. 

No vídeo acima, confira  o exemplo sendo dado na prática com o apoio da plataforma ProMarket. 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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