Soja captura carbono e devolve tudo o que o solo dá em energia e alimentos, diz Almir Rebelo (Amigos da Terra)
Bolsonaro diz a Biden que quer eliminar desmatamento ilegal até 2030 (Poder360)
Envia carta ao presidente dos EUA pouco antes de cúpula sobre o clima
O presidente Jair Bolsonaro enviou nessa 4ª feira (14.abr.2021) uma carta a Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, comprometendo-se a eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030.
A mensagem, de 7 páginas, é enviada pouco antes de os Estados Unidos realizarem a Cúpula de Líderes sobre o Clima, que discutirá as mudanças climáticas. Bolsonaro foi convidado para o encontro, marcado para 22 e 23 de abril.
“Queremos reafirmar, nesse ato, em inequívoco apoio aos esforços empreendidos por V. Excelência, o nosso compromisso de eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até 2030”, escreveu Bolsonaro na carta, à qual a Folha de S.Paulo teve acesso.
O conteúdo da mensagem, segundo a publicação, foi discutido entre Bolsonaro e os ministros Carlos França (Relações Exteriores), Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Tereza Cristina (Agricultura).
Bolsonaro disse que o Brasil pode antecipar em 10 anos, para 2050, o objetivo de chegar à neutralidade climática. O presidente afirmou que, para isso, depende da viabilização de “recursos anuais significativos, que contribuam nesse sentido”.
O chefe do Executivo brasileiro reconheceu que o país sofre com aumento do desmatamento da Amazônia desde 2012 –quando o Brasil era governado por Dilma Rousseff (PT).
Biden tem uma forte agenda ambiental. Quando ainda estava em campanha, afirmou que, caso eleito, faria uma coalizão internacional para transferir US$ 20 bilhões para a preservação da Amazônia.
“As florestas tropicais do Brasil estão sendo destruídas. Mais carbono é absorvido naquela floresta do que é emitido pelos Estados Unidos. Vou garantir que vários países se juntem e digam [ao Brasil]: ‘Aqui estão US$ 20 bilhões. Parem de destruir a floresta’”, declarou Biden em 29 de setembro, durante o 1º debate com o agora ex-presidente Donald Trump.
Na época, Bolsonaro respondeu ao democrata que seu governo tem realizado “ações sem precedentes para proteger a Amazônia”. Afirmou que a fala de Biden era lamentável e que a soberania brasileira era inegociável.
“O que alguns ainda não entenderam é que o Brasil mudou. Hoje, seu presidente, diferentemente da esquerda, não mais aceita subornos, criminosas demarcações ou infundadas ameaças. Nossa soberania é inegociável”, afirmou Bolsonaro em 30 de setembro.
“Custo entender, como chefe de Estado que reabriu plenamente a sua diplomacia com os Estados Unidos, depois de décadas de governos hostis, tão desastrosa e gratuita declaração. Lamentável, sr. Joe Biden, sob todos os aspectos, lamentável.”
Agora, Bolsonaro afirmou que está disposto a trabalhar com Biden.
“Reitero o compromisso do Brasil e do meu governo com os esforços internacionais de proteção do meio ambiente, combate à mudança do clima e promoção do desenvolvimento sustentável. Teremos enorme satisfação em trabalhar com V. Excelência em todos esses objetivos comuns”, falou Bolsonaro na carta.
O presidente brasileiro se disse também disposto a dialogar com povos indígenas e membros do 3º setor.
“Queremos ouvir as entidades do 3º setor, indígenas, comunidades tradicionais e todos aqueles que estejam dispostos a contribuir para um debate construtivo”, escreveu.
“Ao sublinhar a ambição das metas que assumimos, vejo-me na contingência de salientar, uma vez mais, a necessidade de obter o adequado apoio da comunidade internacional, na escala, volume e velocidade compatíveis com a magnitude e a urgência dos desafios a serem enfrentados”, continuou.
“Inspira-nos a crença de que o Brasil merece ser justamente remunerado pelos serviços ambientais que seus cidadãos têm prestado ao planeta”, finalizou Bolsonaro.
0 comentário
Pátria: Plantio da soja 2024/25 chega a 83,29% da área
Soja tem cenário de sustentação em Chicago agora, principalmente por força da demanda
USDA informa novas vendas de soja nesta 6ª feira, enquanto prêmios cedem no Brasil
Soja opera estável nesta 6ª em Chicago, mas com três primeiros vencimentos abaixo dos US$ 10/bu
Soja volta a perder os US$ 10 em Chicago com foco no potencial de safra da América do Sul
USDA informa nova venda de soja - para China e demaisa destinos - e farelo nesta 5ª feira