Farelo de soja na China sobe 7% em abril e se movimento de alta se consolidar, vendas do grão no Brasil devem ganhar ritmo

Publicado em 07/04/2021 16:59 e atualizado em 07/04/2021 19:01
Eduardo Vanin - Analista de Mercado da Agrinvest
Clima favorável ao plantio americano nos próximos 15 dias enfraquece mercado da soja em Chicago

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Preços do farelo de soja na China dão indícios de melhora e se movimento se consolidar, vendas no Brasil devem destravar

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Depois de iniciarem o dia em alta na Bolsa de Chicago, as cotações da soja voltaram a recuar e fecharam o dia em baixa na sessão desta quarta-feira (7). Os futuros da oleaginosa terminaram o dia com perdas de 0,50 a 10 pontos nas posições mais negociadas, levando o maio a US$ 14,08 e o setembro a US$ 13,01 por bushel. 

Parte desta pressão se deu pelas boas condições de clima nos Estados Unidos para o início do plantio da safra 2021/22 do país, começando pelo milho e, na sequência, o da soja. 

"Ao que tudo indica, se o clima continuar assim, teremos um plantio rápido, uma germinação rápida, diferentemente do que se deu nos últimos dois anos, e aí esse clima parece que trará um risco menor em termos de quebra, para o milho neste momento, e para a soja também", explica Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest Commodities. 

Mantendo-se este cenário, as mudanças na área de ambas as culturas podem começar a aparecer, com algum aumento podendo ser registrado. O mês de abril deve ser benéfico, de acordo com as últimas previsões, e isso sinaliza essa pressão sobre as cotações. 

"Neste momento, o weather market é o cartão de visitas. Quando o mercado climático se der como nós conhecemos, vamos ver uma maior volatilidade", diz o analista. Aos poucos, portanto, o mercado vai acompanhando as questões do clima e essa opção do produtor americano pela possibilidade de aumentar a área, o que poderia vir pelos preços ainda altos em Chicago. 

Em contrapartida, os preços do farelo de soja voltando a subir na China sinalizam essa melhora da demanda chinesa, podendo intensificar suas compras no mercado brasileiro ainda para cobrir sua demanda para os meses mais próximos. Caso isso se confirme, o movimento poderia dar mais espaço ao avanço da comercialização no Brasil, inclusive, com uma melhora dos prêmios no mercado nacional. 

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Por:
Aleksander Horta e Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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