Lavouras de soja estão em estágios de desenvolvimento muito diferentes pelo Paraná, o que pode trazer problemas lá na frente

1 comentário

• Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR 09/12/2020 05:52

  Ontem precisei me deslocar para Toledo para comprar uma peça. Fui pela BR 369 e voltei por Assis Chateaubriand. Fiquei impressionado que, mesmo após as chuvas dos últimos 10 dias, muitas lavouras estão em péssimas condições. Tenho certeza que se estivéssemos em outubro, todas estas péssimas lavouras seriam replantadas, caso houvessem sementes disponíveis. Tem muito comentário por aí que faltou semente para replantio. Enfim, muita roça de 30 sacos por hectare ao londo das estradas. Outra grande parte de lavouras nos primeiros estágios do desenvolvimento. Lavouras recém emergidas até 4 trifólios. Nessas áreas, safrinha é impossível. A soja será colhida no final de março. Ninguém planta milho depois de 10 de março. Se o preço estiver absurdo de bom, olhe lá se irão plantar depois do dia 01 de março. Pelo que vi nas estradas, onde passei, a safra de milho safrinha vai reduzir em pelo menos 30%. Como disse o presidente da Aprosoja, estas lavouras de soja tardia terão um desafio e tanto no que se refere a pragas e doenças. A ferrugem ainda não apareceu, mas na próxima semana certamente teremos algum caso e os esporos estarão no ar. As aplicações de fungicidas terão que ser feitas a cada 15 dias, que é o período de proteção dos produtos. Então, é plausível que terão que fazer pelo menos 4 aplicações nessas lavouras com a soja pequena. Se for um ano chuvoso, não é fácil controlar ferrugem. Eu já plantei soja em dezembro e sei como é. Talvez a pior parte seja com relação a percevejos. A pressão da praga será grande. Algumas lavouras estarão sendo colhidas e outras vizinhas estarão na formação de vagens e enchimento de grãos. Hoje, 09 de dezembro, conheço produtores que já fizeram 3 aplicações para controlar percevejos com intervalo de 5 a 7 dias entre elas, e ainda restam muitos percevejos. Ninguém sabe o que acontece, se as pragas adquiriram resistência . Imagine isso em fevereiro. Com todos esses problemas e as péssimas condições das lavouras, ainda anunciam recorde de produção de soja e milho safrinha no Paraná. Podem mentir á vontade. Eu vou colher e guardar a soja para o segundo semestre de 2021. O Brasil vai ficar sem soja em agosto do ano que vem, e não em novembro, como aconteceu este ano.

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  • Paulo Roberto Espires Maringá - PR 09/12/2020 10:21

    Certeza de preços melhores para segundo semestre de 21 ???!!!

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  • Fábio Augusto Gouveia Araguari - MG 09/12/2020 20:51

    Preços melhores na CBOT e prêmios!! Agora o câmbio pode atrapalhar no preço final!

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