Carlos Cogo: commodities agrícolas tem novo ciclo de forte recuperação
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Entrevista com Carlos Cogo - Sócio-Diretor da Consultoria Cogo Inteligência em Agronegócio sobre o Fechamento de Mercado da Soja
DownloadO dia que começou com uma realização de lucros intensa para o mercado da soja na Bolsa de Chicago terminou com leves ganhos entre os principais contratos nesta quinta-feira (19), variando entre 0,25 e 1,75 ponto, com o janeiro valendo US$ 11,77 e o março, US$ 11,75 por bushel. Não há notícias novas, se não a já conhecida força do mercado mundial de soja, como explica o sócio-diretor da Cogo Inteligência em Agronegócio, Carlos Cogo.
"Toda essa adversidade climática na América do Sul já está sendo precificada nestes números que estamos vendo", acredita o consultor. E além do volume efetivo que será colhido no hemisfério, o atraso na chegada desta nova oferta também pesa sobre o mercado. "Qualquer tipo de problema é grande em termos globais, e quando os problemas se estendem do Sul do Brasil, para o Cerrado, Argentina, Uruguai, Paraguai, já está precificado. O que ainda não está é saber quanto os EUA vão ganhar de mercado com isso", completa.
O cenário atual de oferta e demanda da soja global não dá espaço para correções muito drástica dos preços. O que poderia exercer alguma pressão sobre as cotações no mercado nacional é o câmbio. "Não vejo nenhum fator que possa reduzir o preço da soja e dos co-produtos no primeiro semestre do ano que vem a não ser o câmbio".
Ainda assim, o consultor lembra ainda que as margens dos produtores brasileiros seguem muito seguras e os próximos negócios que ele efetivará da safra 2020/21 a preços mais elevados do que os já feitos antecipadamente devem equilibrar suas operações. Mais do que isso, ainda como explica Cogo, o foco maior dos sojicultores agora é a safra 2021/22.
"2020/21 está definido, para quem colher está completamente seguro, terá ma rentabilidade assegurada. Supondo que o câmbio venha a R$ 4,00, juntando isso com 60% já negociado, teríamos margem para fazer todos os pagamentos e ainda sobraria uma margem líquida enorme. Assim, as empresas, em algumas culturas, já não querem mais abordar o ano 2020/21, mas só 2021/22", relata.
Assim, já há cerca de 15 a 20% da próxima safra brasileira já comprometida com a comercialização. "Se estamos com esse nível de mercado aquecido com as economias ainda empacadas, imagine quando estiverem em franca recuperação. Evidentemente que isso virá como um fator positivo para todas as commodities agrícolas e é muito provável que veremos mercados mais firmes ainda", acredita.
1 comentário
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Camilo LUCAS DO RIO VERDE - MT
Baseado neste comentário, eu arriscaria a dizer: agricultor brasileiro, não venda seu soja safra 2021 e nem 2022..., não aceite proposta menor que U$ 30,00... e também não venda seu milho, pois se as exportações brasileiras e as americanas forem acima do previsto (e com certeza será) estes preços, num futuro próximo, estarão muito acima do patamar de hoje... Salvo a possibilidade de aparecer alguém pra fazer aparecer - com um passe de mágica - estoque de soja e milho da cartola desse ilusionista que fará todos acreditarem que o que ele mostra ( papel) seja realidade e que o rebanho suíno , bovino e os frangos aprendam a comer papel e não farelo soja e quirera de milho !