Com um dos menores estoques da história dos EUA, soja fecha com mais de 30 pts de alta em Chicago
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Entrevista com Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado da Brandalizze Consulting sobre o Fechamento de Mercado da Soja
DownloadOs futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago dispararam mais de 3% no pregão desta terça-feira (10) depois de um relatório altista trazido pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os principais vencimentos subiram entre 33,50 e 35,50 pontos, levando o novembro a US$ 11,38 e o janeiro/21 a US$ 11,41 por bushel.
Os dados revisados pelo departamento americano foram mais uma faísca para o mercado futuro norte-americano. Houve uma redução expressiva na produção, produtividade e estoques finais dos EUA, este último revisado de 7,89 para 5,17 milhões de toneladas.
"Este é um dos mais baixos estoques de soja da história recente dos EUA. Isso é sinal de forte demanda, já que a safra americana teve uma queda, mas não uma queda tão brusca. E é provável que no próximo relatório tenha mais um fator positivo que seja um aumento das importações da China, que ficaram em 100 milhões de toneladas. Então,deve vir mais aperto pela frente", explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting, em entrevista ao Notícias Agrícolas.
Mais do que isso, o USDA ainda trouxe uma correção para menos da safra mundial de soja, a qual passou de 368,5 para 362,64 milhões de toneladas. No entanto, limitou as baixas nos estoques finais globais da oleaginosa.
Para o mercado brasileiro, porém, os ganhos foram limitados pelo dólar em queda frente ao real. A moeda americana está bem mais baixa do que era observado há algumas semanas e assim, internamente, as referências mantiveram alguma estabilidade. Não fosse o câmbio, ainda como explica Brandalizze, as referências para a soja da safra nova nos portos poderia ter alcançado os R$ 145,00 por saca.
Já há um grande volume negociado no país, caminhando para 65 milhões de toneladas, porém, a maior preocupação do sojicultor brasileiro é a falta de chuvas regulares para o avanço adequado para o plantio.
"Isso cria uma dificuldade para o produtor negociar sem ele ter certeza do que vai colher. As cotações melhoraram em dólares, mas não evoluíram muito nos últimos dias nas posições futuras em reais. O pessoal não tem como atender os navios que já estão programados para embarcar em fevereiro, começo de março, devido ao atraso no plantio", diz o consultor.
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