Soja: Cenário de fundamentos justifica negociação entre US$ 11 e US$ 12 em Chicago, explica analista americano
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Entrevista com Aaron Edwards - Consultor de Mercado da Roach Ag Marketing sobre o Fechamento de Mercado da Soja
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O mercado da soja encerrou a segunda-feira (9) acima dos US$ 11,00 por bushel na Bolsa de Chicago, novamente. De acordo com Aaron Edwards, consultor de mercado da Roach Ag Marketing, os preços continuam com potencial para negociação entre US$ 11,00 e US$ 12,00 diante do atual cenário fundamentalista. Todavia, afirma ainda que há a necessidade de se monitorar estes fundamentos e a volatilidade que o mercado possa vir a registrar ao longo do caminho.
"Tanto no Brasil, quanto nos EUA, os preços da soja estão em patamares que justificam ampliar a área. Nestes patamares, nos EUA, se planta soja em áreas onde geralmente não se planta, o mesmo no Brasil. Então, até que haja um ajuste nas expectativas fundamentalistas, essa faixa de negociação pode continuar. Mas esse é um nível de preço que aumenta a oferta", explica Edwards em entrevista ao Notícias Agrícolas.
Enquanto isso, o mercado permanece atento ao clima adverso na América do Sul, em especial no Brasil, bem como a demanda forte concentrada no USDA. Mais do que isso, nesta semana o andamento das cotações também está bastante atrelado ao novo relatório mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta terça-feira, 10 de novembro.
"Geralmente, o relatório de novembro do USDA não é um relatório significativo. Mas estamos em um cenário de estoques mundiais apertados e estoques domésticos apertados também nos EUA. Então, o divisor de águas para esta semana será o relatório do USDA", diz. As expectativas do mercado são de que o boletim traga uma redução da produção, produtividade, estoques finais norte-americanos, bem como um aumento das exportações norte-americanas.
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Sobre o impacto das eleições presidenciais norte-americanas, o consultor explica que trata-se de algo pontual e de efeito mais especulativo.
"A história principal é menos quem assume a presidência e mais quais os impactos disso pro mercado. O impacto mais evidente hoje é de que ambos os presidentes têm falado de uma nova onda de estímulos e estes estímulos tendem a gerar inflação, o que ajuda os preços da commodity. Então, acho que essa expectativa inflacionária seja o principal fator político como consequência das eleições americanas", explica Aaron Edwards.
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