Soja: Cenário de fundamentos justifica negociação entre US$ 11 e US$ 12 em Chicago, explica analista americano

Publicado em 09/11/2020 17:29 e atualizado em 09/11/2020 18:21
Aaron Edwards - Consultor de Mercado da Roach Ag Marketing
Adversidades climáticas na América do Sul, demanda intensa nos EUA no foco dos traders. Mercado, porém, pode sentir alguma volatilidade com mudança entre os fundamentos. Novos números do USDA a serem reportados nesta terça-feira (10), que deve ser o principal marco desta semana.

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Entrevista com Aaron Edwards - Consultor de Mercado da Roach Ag Marketing sobre o Fechamento de Mercado da Soja

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O mercado da soja encerrou a segunda-feira (9) acima dos US$ 11,00 por bushel na Bolsa de Chicago, novamente. De acordo com Aaron Edwards, consultor de mercado da Roach Ag Marketing, os preços continuam com potencial para negociação entre US$ 11,00 e US$ 12,00 diante do atual cenário fundamentalista. Todavia, afirma ainda que há a necessidade de se monitorar estes fundamentos e a volatilidade que o mercado possa vir a registrar ao longo do caminho. 

"Tanto no Brasil, quanto nos EUA, os preços da soja estão em patamares que justificam ampliar a área. Nestes patamares, nos EUA, se planta soja em áreas onde geralmente não se planta, o mesmo no Brasil. Então, até que haja um ajuste nas expectativas fundamentalistas, essa faixa de negociação pode continuar. Mas esse é um nível de preço que aumenta a oferta", explica Edwards em entrevista ao Notícias Agrícolas.

Enquanto isso, o mercado permanece atento ao clima adverso na América do Sul, em especial no Brasil, bem como a demanda forte concentrada no USDA. Mais do que isso, nesta semana o andamento das cotações também está bastante atrelado ao novo relatório mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta terça-feira, 10 de novembro. 

"Geralmente, o relatório de novembro do USDA não é um relatório significativo. Mas estamos em um cenário de estoques mundiais apertados e estoques domésticos apertados também nos EUA. Então, o divisor de águas para esta semana será o relatório do USDA", diz. As expectativas do mercado são de que o boletim traga uma redução da produção, produtividade, estoques finais norte-americanos, bem como um aumento das exportações norte-americanas. 

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Sobre o impacto das eleições presidenciais norte-americanas, o consultor explica que trata-se de algo pontual e de efeito mais especulativo. 

"A história principal é menos quem assume a presidência e mais quais os impactos disso pro mercado. O impacto mais evidente hoje é de que ambos os presidentes têm falado de uma nova onda de estímulos e estes estímulos tendem a gerar inflação, o que ajuda os preços da commodity. Então, acho que essa expectativa inflacionária seja o principal fator político como consequência das eleições americanas", explica Aaron Edwards. 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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