Soja em Chicago tem fundamentos para consolidar novos patamares de preços e pode buscar os US$ 10/bushel, diz Agrinvest
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Entrevista com Marcos Araújo - Analista da Agrinvest sobre o Fechamento de Mercado da Soja
DownloadCom altas superiores a 2% na Bolsa de Chicago e os preços atuando acima dos US$ 9,00 por bushel, prêmios fortes no Brasil e uma alta do dólar superior a 1% levando a moeda americana de volta aos R$ 5,50, os indicativos para a soja no Brasil registraram mais um dia de altas fortes tanto no interior, quanto nos portos.
Segundo informações do Cepea, a disputa entre os importadores e as indústrias nacionais tem se intensificado tanto que a diferença de preço entre interior e porto, no estado do Paraná, é a menor desde 2016.
"A demanda pela soja brasileira segue aquecida, tanto pelas indústrias domésticas quanto pelos importadores, sendo verificada, inclusive, certa disputa entre esses compradores por novos lotes da oleaginosa. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário segue elevando os preços e diminuindo a diferença entre os valores pagos no porto de Paranaguá (PR) e na região do Paraná. Vale destacar que, nos últimos dias, ambos os Indicadores renovaram as máximas e, agora, estão operando nos maiores patamares reais desde setembro de 2012 (as médias mensais foram deflacionadas pelo IGP-DI de julho/20)", explicam os pesquisadores do Cepea.
Assim, já é possível ver os indicativos tanto no interior, quanto nos terminais de exportação, se aproximando dos R$ 130,00 por saca. Todavia, os negócios ficam agora mais pontuais, com os vendedores mais retraídos e os compradores ainda buscando garantir seu produto.
MERCADO INTERNACIONAL
Na Bolsa de Chicago, as cotações terminaram o dia subindo entre 15,50 e 17,25 pontos nos principais vencimentos, levando o setembro a US$ 9,12 e o novembro a US$ 9,15 por bushel.
Segundo Marcos Araújo, analista de mercado da Agrinvest, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago têm fundamentos para consolidar novos patamares de preços e pode buscar os US$ 10 por bushel, entre eles, o dólar, a demanda chinesa forte com retomada na produção de suínos, possível revisão na oferta americana e o Brasil fora das vendas.
O clima nos EUA tem se mostrado um dos principais combustíveis para as cotações internacionais, ainda mais depois da tempestade 'derecho' da semana passada, que devastou inúmeras lavouras, principalmente de milho.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz seu novo boletim semanal de acompanhamento de safras nesta segunda-feira (17), às 17h (Brasília), depois do fechamento do mercado. A expectativa dos traders é de que depois do vendaval e da tempestade da última terça-feira (11) haja uma redução de 2% no índice de lavouras de soja e, principalmente de milho, em boas ou excelentes condições.
Os estragos mais graves foram registrados no estado de Iowa. Campos quase prontos de milho foram acamados, muitas árvores caíram, milhões de pessoas ficaram sem energia, muitos silos foram destruídos e as cidades também registram bastante áreas destruídas.
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Além do clima, a demanda também tem sido importante catalisador para os preços. O mercado espera por novas compras da China podendo acontecer nos EUA nos próximos dias. O consumo continua crescendo e o abastecimento até o final de 2020 deve ser complementado.
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