Chuvas chegaram tarde ao Paraguai, mas agora os produtores respiram aliviados: vem colheita boa pela frente!
Os sojicultores da região de Juan Eulogio Estigarribia, área central do Paraguai, começam a se preparar para a colheita deste ano com esperança renovada. Ano passado, com a falta de chuvas, o País sentiu a falta dos grãos e a redução da produtividade afetou a economia do Paraguai. Neste ano, porém, a expectativa é de boa produtividade, conforma conta o gerente da empresa Transagro, Wagner Fausto.
A área de Juan Eulogio Estigarribia, também conhecida como Campo 9, fica entre Foz do Iguaçu e Assunción, e ali estima-se que mais de mil agricultores consigam colher, nesta safra, cerca de 800 mil toneladas de soja, 600 mil toneladas milho e 200 mil toneladas trigo (numa área de 250 mil hectares na regiao de Juan Eulogio Estigarribia, em uma raio de 70 km que atinge outros municipios.
De acordo com Wagner Fausto, a colheita já se iniciou na região sul do Paraguai, mas na área central do país a soja apenas nesse momento começou a "lourar" (amarelar as folhas). As vagens estão cheias e bem formadas, e a colheita deve iniciar no final de janeiro, estendendo-se até pelas primeiras semanas de fevereiro.
"O plantio atrasou, as chuvas chegaram tarde, e a gente conseguiu plantar a maior parte das lavouras somente no início de outubro, e isso acabou atrasando a colheita", explica Fausto. Segundo ele, a expectativa de produtividade para a soja é de, em média, 60 a 65 sacas por hectare.
--"Produtores mais tecnificados terão rendimentos altos", informa ele. De forma geral a soja esta promentendo altos rendimentos. na região central. "Temos áreas de 2.000 has que, em anos bons, colhe-se media de mais de 4300 kg por hectare".
Apesar do atraso nas precipitações, quando a chuva molhou a área central paraguaia a soja respondeu bem nas lavouras cultivadas em solo fértil, argilosos. Na região os solo sao mistos a arenosos (algumas regioes mais outra menos).
Após a safra de soja, os produtores do Campo 9 entram com a safrinha de milho e, posteriormente, o trigo. Em algumas propriedades, há também safrinha de soja.Uma parte do milho de Juan Eulogio Estigarribia é para silagem (A Transagro compra milho em graos para vender como as cerealistas do Brasil).
"A nossa produção, majotritariamente é vendida em porto Assunción(na capital), e o milho-silagem abastece o mercado interno, demandado pela grande bacia leiteira local. No trigo, nós somos de um grupo empresarial que tem moinhos, então a produção que a gente compra vai para moinho e depois é vendida em forma de subprodutos".
De acordo com Fausto, este ano o produtor da região teve baixa pressão de doenças, principalmente com a ferrugem. No início o clima foi um fator limitante, trazendo novas preocupações em todo o País, mas com a volta da umidade no solo as lavouras conseguiram atingir um bom stand.
PREÇOS
--"O que afetou bastante os produtores paraguaios nos últimos anos foi os preços, conforme conta Wagner Fausto. "Como nós vendemos direto em dólar (base Chicago), sentimos as quedas mais do que no Brasil, que vende em real. Pela desvalorização da moeda brasileira, talvez os brasileiros não tenham sentido tanto a queda de Chicago".
Mas este ano não está como os produtores gostariam; está parecido com o que houve anteriormente, só com preços não tão bons como os que eram praticados.
"Nós dependemos diretamente de Chicago, então se baixa lá, baixa para nós. Por isso o nosso produtor acompanha diariamente a Bolsa". A expectativa, agoa, é com a formalização do acordo EUA/Cina que devera trazer alterações no mercado. E as oscilações nos contratos é motivo de ansiedade no interior do Paraguai.
SECA REDUZIU A PRODUTIVIDA NA SAFRA PASSADA
Ano passado, porém, a situação foi pior. O Paraguai teve redução severa na producao devido à seca. Segundo o site Productiva, a safra 2018/2019 foi a safra mais fraca dos ultimos 7 anos. Acompanhe a reportagem:
"Con un volumen global de cosecha de 7,85 millones de toneladas, según el informe estadístico de la Cámara Paraguaya de Exportadores y Comercializadores de Cereales y Oleaginosas (Capeco), los rendimientos de la última zafra apenas registraron 2216 kg en promedio por hectárea. El área de siembra llegó a la mayor cifra de la historia de la soja en Paraguay con 3 544 245 hectáreas.
La peor campaña antes de la 2018/19 fue la registrada en la campaña 2011/12, en la que una severa sequía se llevó gran parte de la cosecha. En aquella zafra apenas se cosecharon 4 millones de toneladas y el rinde promedio fue de 1367 kg por hectárea. El área de siembra en aquella oportunidad llegó a 2 957 408 hectáreas.
En el 2018/19 se tuvo un duro revés luego de dos fructíferas cosechas (2016/17 y 2017/18), en las que se superó la barrera de los 10 millones de toneladas.
Toda la economía está pendiente de los resultados alcanzados en esta campaña de soja que, en caso de ser positiva, puede ayudar a un crecimiento económico de por los menos 3,5 % en el 2020; en cambio, un escenario regular a malo, así como la campaña anterior, puede volver a generar enormes contratiempos al desarrollo económico previsto e incertidumbre respecto a las nuevas inversiones a realizar en el segmento del agronegocio", conclui a reportagem do site Productiva.
ACOMPANHE A MÉDIAS DAS PRECIPITAÇÕES NA PARTE CENTRAL DO PARAGUAI:
DIA DE CAMPO
A Transagro realizará no próximo dia 24 de janeiro um Dia de Campo aberto aos produtores rurais, clientes ou não, que terão acesso a uma troca de conhecimento a respeito de inovação sobre produção, metodologias e integração dos produtores com empresas e entidades do setor.
Ao todo, o grupo Transagro possui cinco unidades com distância de cerca de 70km, localizadas em Campo 9: Três Palmas, Nueva Toledo, Yhú e Casilla Dos, e que recebem a produção das famílias locais, parte de descendentes de brasileiros nascidos no Paraguai, descendentes de alemães e também agricultores paraguaios.
O evento será realizado na unidade de Nueva Toledo, a partir das 8h. A parte da manhã será dedicada a visitas ao campo, com os principais parceiros da empresa trazendo novidades que estão começando a ser usadas no Paraguai e o que vai vir nos próximos anos.
"Nós da Transagro vamos apresentar serviços que prestamos a nossos clientes. É uma jornada tecnológica; estaremos no campo pela manhã, e após o almoço teremos palestras com especialistas para tratar de assuntos específicos, finalizando com bate papo com especialistas, e temos convidados especiais importantes para o nosso setor produtivo", explica.
Segundo Fausto, a intenção é fazer uma interação entre o produtor, que vive a rotina do campo no dia-a-dia, com o setor de empresas e instituições, promovendo uma troca de conhecimento.
Imagens da região central do Paraguai, regão de Juan Eulogio Estigarribia (Campo 9).
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