China dá sinais que seguirá comprando soja a partir de critérios econômicos e dentro da necessidade, mesmo após acordo com EUA
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Entrevista com Eduardo Vanin - Analista de Mercado da Agrinvest sobre o Fechamento de Mercado da Soja
DownloadO mercado da soja encerrou esta quarta-feira (18) em estabilidade, com os investidopres acompanhando de perto o comportamento chinês com as compras de soja nos Estados Unidos. Até o momento, o país asiático vem comprando conforme a necessidade, sempre buscando o preço mais barato, seja no Brasil, seja nos Estados Unidos.
Porém, a assinatura da "Fase 1" do acordo poderá implicar em maior volume de compras chinesas, inclusive produtos agrícolas americanos. Há indícios de que essas compras fiquem em torno de US$ 40 bilhões por ano, o que é quase o dobro da quantia que o país comprava antes da guerra comercial, que era cerca de US$ 24 bi.
Ainda não se sabe os termos corretos para o acordo, nem se esses números são reais. Mesmo se forem, a logística desse volume de comercialização seria complicado tanto para o escoamento americano, quanto para o recebimento de cargas na China.
Caso o cenário se confirme, a demanda chinesa nos EUA fará os prêmios no Brasil caírem. Mesmo assim, não há previsão de grandes prejuízos para a comercialização da safra 19/20, já que boa parte dela já foi comercializada e outra boa parte será disputada para o consumo interno. No entanto, para a safra 20/21, o acordo poderá ter maior impacto nas exportações brasileiras.
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