Soja em Chicago pode recuar mais 20 centavos no curto prazo, diz analista americano
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Entrevista com Jack Scoville - Analista da Price Futures Group sobre o Fechamento de Mercado da Soja
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Após um dia tranquilo, com feriado nos Estados Unidos, o mercado da soja voltou pressionado na Bolsa de Chicago (CBOT) hoje (05), recuando em torno de 13 a 14 pontos nos principais vencimentos. O contrato agosto/19 encerrou a US$8,78/bushel, enquanto o contrato novembro/19, referência para as cotações, encerrou em US$8,90/bushel.
Jack Scoville, analista de mercado da Price Futures Group, destaca que há dois principais fatores que estimularam essa queda. Um deles é o clima, que segue em boas condições para a soja. O outro, a demanda chinesa, que foi anunciada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na semana passada. Essas quedas nos preços poderiam estimular ainda mais a demanda para os próximos dias.
Scoville entende que a situação climática atual pode ajudar o desenvolvimento da oleaginosa em poucos dias. Os norte-americanos estão muito atrasados com o plantio, mas, em sua vantagem, a soja prefere calor e um pouco menos de chuva. Para o milho, entretanto, a situação é considerada um pouco quente. Chuvas com mais frequência serão requisitadas para manter a condição do cereal.
Embora tudo tenha ocorrido "muito tarde esse ano", como aponta o analista, é possível ter uma boa produtividade e uma boa safra, com crescimento dos números que são aguardados para a produção.
A curto prazo, Scoville aposta também em uma baixa para os preços, especialmente no mês de agosto, já que o Brasil também possui soja para vender. A expectativa para o desenvolvimento da safra ainda pode mexer com o mercado, lembra, ressaltando que, pela primeira vez na história, o estado de Wisconsin plantou mais rápido do que o estado de Illinois.
Os chineses, por sua vez, podem ter interesse, em primeiro lugar, na compra de carne suína, já que a produção foi afetada pela febre suína. Posteriormente, quando a produção dos asiáticos voltar a crescer, as compras de farelo, soja e milho devem voltar com mais força.
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