Aumento pontual de estoques de farelo na China reduz ritmo de compras da soja. Mas chineses estão descoberto para o final do ano
Nesta terça-feira (02), o dia foi de queda significativa para o mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT). As quedas, entretanto, vêm sendo consecutivas. No dia de hoje, foram 10 pontos de baixa nos principais vencimentos.
Marcos Araújo, analista da Agrinvest, relembra que, no feriado de Corpus Christi, a soja para março/19 chegou a bater US$9,60/bushel e foi destacado que seria uma oportunidade de venda futura, uma vez que o período é sazonalmente conhecido por ter maiores preços futuros.
O balde de água fria para este momento, segundo ele, foi a estimativa de área dos Estados Unidos, que é contrária à que o mercado vinha esperando, bem como o Governo norte-americano. Apenas um aumento de área de milho e uma redução da área de soja tiraria a pressão negativa dos grandes estoques.
O aumento do nível de farelo de soja, contudo, foi importante. Foram 240 mil toneladas em três semanas. Essa menor demanda faz com que o preço do farelo suba e que a indústria possa pagar mais caro pela soja em grão.
Mercado interno
Com a China ausente das compras nos Estados Unidos, estas devem ser concentradas na América do Sul. Logo, há uma tendência de alta para os prêmios brasileiros.
Neste momento, o tripé de formação de preços pode oferecer preços bons. Os produtores devem se atentar e fazer proteção contra a baixa do preço em Chicago, bem como monitorar o clima norte-americano para potencializar a sensação de alta.
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