EUA tem pior atraso no plantio em mais de 20 anos e soja e milho têm novo dia de altas em Chicago
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Entrevista com Jack Scoville - Analista da Price Futures Group sobre o Fechamento de Mercado da Soja
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Nesta quinta-feira (16), o mercado da soja teve alta de pouco mais de quatro pontos nos principais contratos da Bolsa de Chicago (CBOT). O vencimento julho fechou o dia com US$ 8,39 por bushel.
De acordo com Jack Scoville, analista da Price Futures Group, o mercado está focado no clima ruim, já que os números de plantio nos Estados Unidos não são tão animadores quanto no ano passado. Scoville aponta que essa situação se faz presente principalmente no milho no estado de Illinois, que tem 11% da área plantada - um número baixo de acordo com a média dos últimos cinco anos.
Com isso, ainda não se sabe qual será o tamanho da área destinada para a soja, ao mesmo tempo em que os estoques estão em alta. E as previsões para os próximos dias ainda são de condições desfavoráveis, que mantém os trabalhos de campo ainda se desenvolvendo em ritmo lento ou até permanecendo interrompidos.
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O mapa atualizado do NOAA para o período de 16 a 23 de maio mostra a continuidade das chuvas intensas no Corn Belt. Estados como o Nebraska, Missouri, Iowa e a Dakota do Sul poderiam registrar acumulados de 75 a 100 mm, podendo atrasar ainda mais o avanço dos trabalho de campo.
PREÇOS NO BRASIL
A quinta-feira, mais uma vez, foi de bons preços e bom volume de negócios para a soja no mercado brasileiro. Com prêmios ainda sustentados e variando entre 85 e 92 cents de dólar acima das cotações praticadas em Chicago e mais o dólar na casa dos R$ 4,00 levaram os indicativos nos portos a algo entre R$ 80,00 e R$ 81,00 por saca.
No interior, os preços também subiram e registraram ganhos de pouco mais de 1% nas principais praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas. Em Assis/SP, o preço subiu 2,26% para R$ 68,00 por saca.
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Na Reuters: Dólar dispara acima de R$4 com mercado questionando força do governo
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em firme alta ante o real nesta quinta-feira, acima de 4 reais pela primeira vez em sete meses e meio, com o real consolidando o fim de seu rali pós-eleição, conforme investidores incorporam mais risco diante da piora de perspectiva para a agenda de reformas.
A moeda norte-americana rompeu a barreira dos 4 reais ainda pela manhã. Mas, diferentemente de outros pregões, a disparada para esse nível não atraiu fluxo relevante de tesourarias bancárias e exportadores na ponta de venda.
Com a típica queda de volumes durante a tarde e sem oferta de moeda no mercado, o dólar teve espaço livre para continuar a escalada, em sintonia com um dia negativo para os mercados brasileiros em geral.
Os juros <0#DIJ:> tiveram a maior alta em quase dois meses, e o Ibovespa chegou a perder os 90 mil pontos na última hora de negócios.
Na máxima do dia, o dólar bateu 4,0425 reais, com valorização de 1,16%.
O fechamento não foi muito menor. O dólar à vista terminou a sessão em alta de 1,01%, a 4,0366 reais na venda.
Na B3, o dólar futuro subia 1,00%, a 4,0485 reais.
"Não dá mais para dizer que esse patamar está 'torto'. O nível de risco aumentou, e o mercado se ajusta a isso. É reação à piora de fundamento", disse Ronaldo Patah, estrategista de investimentos do UBS Wealth Management.
Além do cenário externo mais conturbado, o câmbio tem reagido à deterioração do cenário local, com rebaixamentos sequenciais nas projeções para a economia em meio a frequentes reveses na articulação política do governo.
A confiança do mercado após a eleição do presidente Jair Bolsonaro, em outubro do ano passado, levou o dólar a uma mínima em torno de 3,65 reais no fim do último mês de janeiro.
Desde então, contudo, o Executivo tem acumulado derrotas no Congresso, sem uma base consolidada e com ameaças persistentes de diluição adicional da proposta da reforma da Previdência.
Como resultado, o dólar anulou toda a queda vista após a eleição de Bolsonaro. E, desde a mínima deste ano, já sobe 10,33%.
Citando o ambiente piorado para as negociações em prol da reforma da Previdência, o Bank of America Merrill Lynch aumentou nesta quinta-feira a estimativa para o dólar ao fim do ano. O banco agora espera taxa de 3,80 reais ao término de 2019, ante prognóstico anterior de 3,60 reais.
"Crescimento menor, juros mais baixos, real mais fraco", resumiu em nota equipe de estrategistas do BofA.
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